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Em 1953 os EUA criaram um programa que tinha como um de seus objetivos fazer lavagem cerebral, manipular e forçar uma pessoa a fazer qualquer coisa. Na busca por resultados positivos, foram usadas drogas e tortura em pessoas que nem sabiam o que acontecia. Oficialmente o projeto acabou em 1973, mas muitos acreditam que ele continua até hoje...
Já pensou criar assassinos programável, que você dá um comando, a pessoa vai lá, mata alguém e depois não sabe nada do que fez? Fazer uma pessoa confessar tudo o que sabe? Criar memórias nunca vividas? Ser cobaia para testes de vacinas e drogas? E mais, realizar tudo isso em pessoas que nem sabem o que está acontecendo? Esse foi o objetivo dos programas de lavagem cerebral, que começou na Rússia, foi para a China e posteriormente os EUA, com o projeto chamado MKUltra de 1953. Vamos conhecer mais sobre o assunto...
Antes, preciso avisar que não vou entrar nesta postagem na teoria do projeto MKUltra na mídia, como o controle de músicos e artistas. Isso vai ficar para um próximo post. Se quiser ir se informando sobre o assunto, é só assistir o canal do Danizudo.
Os Russos e a Lavagem Cerebral
Assombrados, vamos voltar no tempo, lá no início do séc. XX. Como vocês sabem, existe o capitalismo, liderado pelos americanos e os comunistas, liderado pela união soviética. Cada um queria mostrar ao mundo que sua ideologia era a melhor. Propaganda era usada para isso e ambos sabiam que quem dominasse a mente das pessoas poderia se sair melhor. E a União Soviética mostrou que estava desenvolvendo um processo nesse sentido em três ocasiões diferentes, quando demonstraram que conseguiam manipular a mente das pessoas:
- Processos de Moscovo: Nos anos 30, ocorreu o Grande Expurgo na União Soviética. Entre os eventos ocorridos estavam o Processos de Moscovo, que é como ficaram conhecidos uma série de julgamentos dos opositores de Josef Stálin ocorridos entre 1936 e 1938.
Esse processo resultou na execução de todos os membros do Comitê Central do Partido Bolchevique (à exceção do próprio Stálin), além de vários proeminentes militantes, inclusive dois dos membros da "troika" que governou a URSS entre 1923 e 1925, Grigori Zinoviev e Lev Kamenev.
O incrível nesse caso e o que realmente o tornou famoso foram as "confissões" arrancadas dos acusados! Eles simplesmente confessaram de forma incrível para o juiz que cometeram crimes que na verdade jamais os teriam cometidos. Isso aconteceu graças a tortura, coerção e chantagem. Sob estes métodos, a maioria dos acusados "confessou" conspirar contra a Revolução de Outubro.
Os países do ocidente ficaram então alarmados, pois identificaram que a União Soviética tinha desenvolvido uma técnica de controlar a forma que as pessoas pensavam e agiam.
- O Cardel József Mindszenty: Décadas depois, os aliados venceram a 2ª guerra e a Guerra Fria começava, com o capitalismo americano de um lado e o comunismo soviético de outro. A União Soviética começou a implantar a ideologia comunista nos países do leste europeu. Só que um homem se opôs ferrenhamente a isso, o cardeal húngaro József Mindszenty. Ele foi preso e permaneceu em poder dos comunistas. Então ele apareceu em um julgamento e disse que era na verdade um espião americano e um inimigo do povo!
- A Guerra da Coreia: Meses depois desse caso começou a Guerra da Coréia em 1950, com os Soviéticos apoiando os comunistas e os americanos os capitalistas. Os Soviéticos tiveram então acesso a americanos prisioneiros de guerra e não perderam tempo, iniciando a lavagem cerebral nesses soldados. O que aconteceu? Alguns meses após serem capturados, soldados americanos vieram a público dizer que haviam usado armas biológicas no combate, algo que não era verdade! Isso mostrou que o soldado americano não resistia a técnica empregada pelos russo.
Os governos ocidentais tiveram certeza que a União Soviética tinha desenvolvido uma droga capaz de controlar a mente das pessoas. Eles poderiam ganhar a guerra pela mente das pessoas!
O Projeto MKULTRA
Para fazer frente ao programa soviético de lavagem cerebral, os EUA criaram o seu próprio programa, conhecido como Projeto Bluebird. Só que a CIA queria mais que fazer lavagem cerebral, ela queria estudar métodos de controle de indivíduos. O programa usou narco-hipnose, e posteriormente passou a ser conhecido como Project Artichoke (Projeto Alcachofra). A finalidade do projeto é descrita em um memorando de 1952, onde é dito:
"Podemos obter o controle da mente de um indivíduo até o ponto em que seja possível executar nossos desejos contra a sua vontade ou contra as leis naturais, como a própria proteção?"
Resumindo assombrados: criar um assassino programável.
Esse projeto também queria desenvolver uma forma de fazer as pessoas fossem interrogadas e não se lembrassem de nada.
Como foram adicionando mais objetivos ao programa, ele novamente mudou de nome e dessa vez ficou conhecido como Projeto MKUltra, nascido oficialmente em 13 de abril de 1953. Nos documentos oficiais disse que era o pilar central de uma rede de mais de 140 subprojetos!
A CIA era dirigida por Allen Welsh Dulles, o primeiro diretor civil da CIA, que ordenou começar os procedimentos depois da designação do bioquímico e psiquiatra militar Sidney Gottlieb, diretor da Divisão Química da CIA, como chefe do projeto.
O MKUltra explorou muito o uso do LSD, uma droga que mudava completamente as pessoas.
Em 1964, o MKUltra foi rebatizado de MK-Search e novos subprojetos foram incluídos. Apesar da mudança de nome, o projeto ficou conhecido pelas pessoas como MKUltra.
Com o passar do tempo e com o projeto já em prática, que se desenvolveu praticamente durante mais de duas décadas inteiras (entre os anos 50 até o ano de 1973), as ambições começaram a crescer cada vez mais, ao ponto de gastar milhões e milhões de dólares nele. De fato, em determinado momento, o Projeto MKULTRA chegou a consumir 6% de todo o orçamento da CIA.
Objetivos do Projeto MKUltra
- Formular uma droga o suficientemente potente como para obrigar a qualquer ser humano a dizer toda a verdade em seus interrogatórios.
- Desenvolver meios de aplicar tais drogas sem que a vítima tivesse conhecimento de que estaria sendo drogada.
- Fabricar suicidas ou assassinos por meio da ingestão de drogas e técnicas de hipnose.
- Desenvolver métodos para interrogar pessoas e fazer elas não se lembrarem de nada
- Criar assassinos programáveis.
- Conseguir induzir sentimentos como a ansiedade, melhorar os processos de aprendizagem e desenvolver a memória humana, tudo mediante transes por hipnose.
- implantar lembranças falsas
- incentivar personalidades múltiplas.
Entre muitos outros que provavelmente nunca vamos ficar sabendo...
Métodos Utilizados
As cobaias eram submetidos ao estado vegetativo antes de suas memórias serem apagadas por meio de um coquetel diário de drogas, administrado pelos cientistas da CIA. Para fazer a pessoa entrar em estado vegetativo, foram utilizados diversas metodologias, como:
- Ingestão de LSD, o ácido lisérgico que é uma das mais potentes substâncias alucinógenas conhecidas, uma droga completamente novo e que apresenta resultados diferentes cada vez que usada.
- Abusos e torturas a vítima;
- Confinamento em caixas, gaiolas, caixões, etc, ou enterro (muitas vezes com uma abertura ou tubo de ar de oxigênio);
- Contenção com cordas, correntes, algemas, etc.;
- Afogamento não fatal;
- Extremos de calor e frio, incluindo submersão em água gelada e queima de produtos químicos;
- Fiação em lugares do corpo;
- Luz ofuscante perto dos olhos;
- Ingestão forçada de fluídos corporais ofensivos e matéria, tais como sangue, urina, fezes, carne, etc;
- Deixar a vítima com fome e sede por dias, ou semanas, ou meses;
- A privação de sono;
- Isolamento de percepção (faz com que a vítima não sinta os sentidos de: visão, audição, tato, paladar e olfato);
- Drogas para criar ilusão, confusão e amnésia, frequentemente administradas por injeção intravenosa;
- Em casos, a vítima é abusada propositalmente para engravidar; o feto é, então, abortado para uso qualquer, às vezes o bebê é levado para o sacrifício ou escravidão.
Muitos outros métodos foram utilizados, e eles foram tão eficientes que foram desenvolvidas e incluídas nos Manuais KUBARK, ou "Manuais de Tortura" usados pela CIA e pelas forças militares americanas.
Recrutando Cobaias
E ai assombrados, você gostaria de ser cobaia nesses experimentos? Ninguém queria, assim a CIA teve de quebrar sua regra de só realizar experimentos fora dos EUA e realizar dentro dos EUA, em pessoas que nada sabiam do ocorrido, como doentes mentais, negros, pessoas com depressão, soldados rasos, prostituas, indigentes entre outros. Evidentemente que sem consentimento prévio algum, de forma secreta e totalmente ilegal.
Um desses projetos foi realizado pelo Dr. Harris Isabel, diretor do Hospital de Serviço Público de Lexington, Kentuchy, uma instalação especializada em dependência de drogas. Quando a CIA solicitou que descobrissem uma gama de drogas "sintéticas", Dr. Isabel começou a fazer experiências com residentes negros detentos. Diariamente lhes eram administradas grandes doses de LSD, mescalina, maconha entre outros substâncias. Como recompensa pela participação na experiência, os negros recebiam "doses" de morfina de qualidade.
Outro projeto visava saber a que altura específica durante um encontro sexual um homem estava mais disposto a revelar seus segredos. Um homem chamado George White contratou prostitutas para seduzir os homens e levá-los para casas pré-selecionadas. Lá ele ficava atrás de espelhos observando o que acontecia quando os homens eram dopados com LSD que as prostitutas colocavam na bebida. Os coitados achando que iriam ter uma grande noite de prazer, endoidavam e saiam correndo pela rua, muitas vezes pelados!
Hoje sabe-se que foram milhares as vítimas dos cruéis experimentos, mas são desconhecidas as cifras exatas e igualmente, a quantidade de mortes pelas condições extraordinárias a que os pacientes foram submetidos.
A Morte de Frank Olson
O Dr. Frank Olson era um cientista que trabalhava na Chemical Corps Special Operations Division (Divisão de operações especiais do Exército dos Estados Unidos dedicado à investigação química). Tinha personalidade marcante e sempre bem-humorada.
Em novembro de 1953, ele e outros cientistas haviam participado de uma reunião com Sidney Gottlieb, então diretor técnico da CIA e chefe do MKUltra. Segundo consta, Gottlieb teria colocado LSD na bebida de Olson para testar os efeitos da droga em humanos. Como conseqüência das doses, Olson começou a mudar de comportamento, desenvolvendo sinais de depressão e sintomas psicóticos.
No dia 28 de novembro de 1953, nove dias depois de participar da reunião, Olson se jogou misteriosamente pela janela do décimo andar de um hotel de Nova York. Sua morte foi oficialmente creditada como suicídio, mas para muitos, ele foi a primeira vítima conhecida do projeto MKUltra.
Mas por que ele foi o escolhido? Porque teria descoberto que a CIA estava usando prisioneiros nazistas nas experiências de controle mental. Indignado, ameaçou abandonar o projeto MKUltra. O problema é que Olson já sabia demais. Assim, Gottlieb decidiu não apenas testar o poder do LSD, como também colocou em ação o plano de eliminar uma futura testemunha indiscreta. Com Olson dopado, foi fácil para os capangas da CIA jogarem o cientista pela janela do hotel e simular um suicídio.
Eric Olson, filho do cientista Frank Olson, não tem dúvidas de que seu pai foi eliminado porque pretendia denunciar o uso de humanos no MK Ultra. “Eles (a CIA) não podiam correr o risco de deixar o meu pai envolvido ou, considerando tudo o que ele sabia, permitir que pedisse demissão”, disse Eric em uma entrevista para o jornal London Mail, em agosto de 1998.
MK-Ultra no Canadá
Os experimentos foram transladados ao Canadá quando a CIA recrutou o psiquiatra escocês Donald Ewen Cameron, criador do conceito de "Imposição Psíquica" (Psychic driving) no qual, a CIA estava particularmente interessada. Cameron desejava corrigir a esquizofrenia apagando memórias existentes e reprogramando a psique.
Ele ia de Albany, Nova Iorque a Montreal semanalmente para trabalhar no Allan Memorial Institute da Universidade McGill, sendo pago pela Agência com 69 mil dólares desde 1957 a 1964, para realizar os experimentos MKULTRA.
Seus experimentos foram levados a cabo geralmente em pacientes que haviam entrado no instituto por problemas menores, como os transtornos de ansiedade e a depressão pós-parto, muitos dos quais, sofreram danos permanentes por causa de suas ações.
Durante a investigação sobre privação sensorial, Cameron usou curare para imobilizar seus pacientes. Após um teste, ele observou:
"Embora a paciente estivesse preparada para o isolamento sensorial prolongado (35 dias) e repetidas 'lavagens cerebrais'(depatterning), e, embora ela tenha recebido 101 dias de 'condução psíquica' positiva, resultados favoráveis não foram obtidos."
Além de LSD, Cameron experimentou com várias drogas paralisantes e também, com terapia eletroconvulsiva de 30 a 40 vezes a dose de eletricidade recomendada. Seus experimentos elétricos consistiram em colocar os sujeitos em estado de coma induzido por medicamentos durante semanas (até três meses em um caso) enquanto reproduziam sons repetidos ou simples declarações repetitivas.
Os pacientes foram tratados regularmente com drogas alucinógenas, longos períodos na "sala de sono", e testes no Laboratório de rádio telemetria, que foi construído sob a direção de Cameron. Nesse lugar, os pacientes foram expostos a uma gama de radiofrequências, sinais electromagnéticos e monitoramento das alterações no comportamento.
O tratamentos de Donald Ewen Cameron produziram em suas vítimas incontinência, amnesia, esqueceram como falar, esqueceram os seus pais, ou pensaram que seus interrogadores eram os seus pais.
Mais tarde, foi afirmado por funcionários que haviam trabalhado no Instituto durante esse tempo, que nenhum paciente enviado a esse laboratório, voltou mostrando quaisquer sinais de melhora.
Seus testes foram inspirados e realizados em paralelo as do psiquiatra britânico Dr. William Sargant no Hospital St Thomas’s de Londres, e no Hospital Belmont de Surrey, que também esteve implicado com os Serviços de Inteligência e que experimentou em grande parte sobre seus pacientes sem seu consentimento, causando danos similares a longo prazo.
Descoberta do MK-ULTRA
Em 1973, o diretor da CIA, Richard Helms, finalizou o projeto e ordenou que todos os arquivos do MKULTRA fossem destruídos. Em virtude dessa ordem, a maioria dos documentos da CIA em relação com o projeto foram eliminados, o que faz impossível uma investigação completa do que exatamente foi o projeto MKULTRA.
No ano de 1974, cerca de 1 ano depois que o projeto finalmente chegasse ao fim, sem se conhecer quais foram os verdadeiros resultados, um trabalho de investigação por parte do New York Times, publicou alguma coisa sobre o projeto.
A Pesquisa ilegal da CIA veio a público pela primeira vez em 1975, quando da realização pelo Congresso americano de investigação das atividades da CIA por uma comissão de inquérito do Congresso dos Estados Unidos da América e por um Comitê do Senado americano. Foram os inquéritos chamados de Church Committee e Rockefeller Commission– Comitê Church e Comissão Parlamentar Rockefeller, em Português.
Como quase não encontraram documentos legais, uma vez que foram destruídos em 1973, as investigações do Comitê e da Comissão se basearam no testemunho sob juramento de participantes diretos na atividade ilegal e em um relativamente pequeno número de documentos que restaram após a destruição de documentação ordenada por Richard Helms.
Em 1977, durante uma audiência celebrada pelo Comitê Seleto do Senado sobre Inteligência para aprofundar no MKULTRA, o almirante Stansfield Turner, ex-diretor de Inteligência Central, revelou que a CIA havia encontrado um conjunto de registros, que constava de cerca de 20 mil páginas, que sobreviveram às ordens de destruição de 1973, por terem sido armazenadas em um centro secundário de registros de documentos. Esses arquivos faziam referência ao financiamento de projetos do MKULTRA, e como tal, continham alguns detalhes e se soube bem mais dos segredos que através do relatório do Inspetor Geral de 1963.
Em 1977, o Senador Americano Ted Kennedy, disse no Senado:
"O Vice-Diretor da CIA revelou que mais de trinta (30) Universidades e Instituições participaram em "testes e experimentos " em um programa que incluiu a aplicação de drogas em seres humanos sem o conhecimento ou o consentimento destas pessoas, tanto americanos como estrangeiros. Muitos destes testes incluíram a administração de LSD a indivíduos em situações sociais que não tinham conhecimento de que estavam sendo drogados e posteriormente a aplicação do LSD sem o consentimento destas pessoas, elas não sabiam que estavam sob o efeito da droga. No mínimo uma morte, a de Dr. Olson, ocorreu como resultado destas atividades. A própria CIA diz reconhecer que tais experimentos faziam pouco sentido científico. Os agentes da CIA que monitoravam tais testes com drogas não eram sequer qualificados como cientistas especializados à observação de experiências"
Até o presente, a grande maioria de informação mais específica sobre o Projeto MKULTRA continua classificada como secreta.
No Canadá, o tema demorou bem mais tempo em aflorar, vindo a ser amplamente conhecido em 1984 em um programa da CBC chamado The Fifth Estate (O Quinto estado).
Soube-se que não só a CIA havia financiado os esforços de Cameron, mas sim, talvez até mais chocante, que o governo canadense esteve plenamente consciente e havia emprestado mais tarde outros 500 mil dólares em fundos para continuar os experimentos.
Esta revelação impulsionou em grande parte os esforços das vítimas em processar à CIA e o governo canadense, no qual, finalmente chegaram a um acordo extrajudicial indenizando com 100 mil dólares à cada uma das 127 vítimas. Nenhum dos documentos pessoais do Dr. Cameron de sua relação com o MKULTRA sobreviveu, já que sua família destruiu tudo depois de sua morte causada por um ataque cardíaco enquanto praticava montanhismo em 1967.
Conspirações Atribuídas ao Controle Mental
- Caso Patty Hearst: Patricia Campbell Hearst é uma norte-americana herdeira de um império jornalístico e atriz ocasional. É neta do magnata das comunicações William Randolph Hearst e tornou-se famosa em 1974, quando foi sequestrada por membros do Exército Simbionês de Libertação. Sofreu lavagem cerebral e passou a adotar o nome de Tania, juntando-se aos sequestradores num assalto a banco. Sua atitude é explicada pela Síndrome de Estocolmo, quando a vítima sente simpatia pelo algoz. Ela foi presa e cumpriu parte da pena, até receber um indulto do presidente Jimmy Carter.
- O Assassinato de Robert Kennedy: Lawrence Teeter, advogado de Sirhan Sirhan, o assassino confesso do senador Robert F. Kennedy, acreditava que Sirhan estava sob a influência de hipnose quando disparou sua arma contra o senador em 1968. Teeter vinculou o programa da CIA, às técnicas de controle mental que, segundo o advogado, foram utilizadas para o controle de Sirhan.
- JonesTown: localizado na Guyana, foi o Projeto Agrícola do Templo do Povo, do culto de Jim Jones que culminou em um suicídio em massa em 18 de novembro de 1978. Na época, foi cogitada a hipótese de que Jonestown seria um lugar de testes para experimentos médicos de controle mental MKULTRA, mesmo após o fim oficial do programa. O congressista Leio Ryan, um conhecido crítico da CIA, foi assassinado por membros do Templo do Povo após ele pessoalmente visitar Jonestown para investigar diversas irregularidades.
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- Massacre de Aurora: O Massacre de Aurora de 2012; James Holmes, estudante de neurociência teria entrado no cinema na estréia do filme The Dark Knight Rises e disparado indiscriminadamente contra os presentes. Doze pessoas perderam a vida e 58 ficaram feridas. Em sua audiência, Holmes mostrou um ar aturdido e distante, e segundo fontes, o massacre foi perpetrado com manobras profissionais e armamento de grosso calibre, o que demonstra um ataque premeditado e um comportamento limite do qual, James Holmes não teria ideia de ter realizado segundo sua audiência. Testemunhas descreveram a dois participantes no tiroteio, indicando que uma das bombas de gás lacrimogênio foi lançada do lado oposto do qual havia saído o assassino. Também é evidente que Holmes, ou quem quer que tenha sido o assassino com a máscara de gás, teve um cúmplice. Testemunhas disseram ter visto o assassino atendendo o telefone antes do tiroteio e depois se detendo na porta de saída do cinema, fazendo sinais a alguém mais.
Conclusão
O projeto existiu, isso é um fato. Infelizmente nunca vamos saber a real abrangência do mesmo, uma vez que a grande maioria de seus documentos foram destruídos.
Pelo pouco que sabemos, é de ficar chocado como um país pode fazer coisas absurdas em seus próprios cidadãos.
Eu só fico imaginando o que não ocorre em países não democráticos, como deve ser o MKUltra deles.
Só digo para tomar cuidado com o que você lê ou acredita. Busque alternativas. Nunca acredite cegamente no que outra pessoa diz, por mais que você acredite nela...
Tradução/Adaptação: rusmea.com & Mateus Fornazari
Fontes (Acessadas em 04/02/2017):
- MTL Blog: The Secret Montreal Experiments They Don’t Want You To Know About
- ACHRE Report: Chapter 3: Supreme Court Dissents Invoke the Nuremberg Code: CIA and DOD Human Subjects Research Scandals
- New York Times: MKUltra Documents
- SuperInteressante: Assassinos remotos
- Wikipedia.pt: Projeto MKULTRA
- Wikipedia.en: Projeto MKULTRA
- Wikipedia.pt: Processos de Moscou
- Wikipedia.pt: József Mindszenty
- Wikipedia.pt: Guerra da Coreia
- Wikipedia.pt: LSD
- Wikipedia.en: Frank Olson
- Wikipedia.en: Psychic driving
- Wikipedia.en: Sirhan Sirhan
- Wikipedia.en: 2012 Aurora shooting
- Wikipedia.en: Jim Jones
- Wikipedia.en: United States Senate Select Committee on Intelligence
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Em 1953 os EUA criaram um programa que tinha como um de seus objetivos fazer lavagem cerebral, manipular e forçar uma pessoa a fazer qualquer coisa. Na busca por resultados positivos, foram usadas drogas e tortura em pessoas que nem sabiam o que acontecia. Oficialmente o projeto acabou em 1973, mas muitos acreditam que ele continua até hoje...
Já pensou criar assassinos programável, que você dá um comando, a pessoa vai lá, mata alguém e depois não sabe nada do que fez? Fazer uma pessoa confessar tudo o que sabe? Criar memórias nunca vividas? Ser cobaia para testes de vacinas e drogas? E mais, realizar tudo isso em pessoas que nem sabem o que está acontecendo? Esse foi o objetivo dos programas de lavagem cerebral, que começou na Rússia, foi para a China e posteriormente os EUA, com o projeto chamado MKUltra de 1953. Vamos conhecer mais sobre o assunto...
Antes, preciso avisar que não vou entrar nesta postagem na teoria do projeto MKUltra na mídia, como o controle de músicos e artistas. Isso vai ficar para um próximo post. Se quiser ir se informando sobre o assunto, é só assistir o canal do Danizudo.
Os Russos e a Lavagem Cerebral
Assombrados, vamos voltar no tempo, lá no início do séc. XX. Como vocês sabem, existe o capitalismo, liderado pelos americanos e os comunistas, liderado pela união soviética. Cada um queria mostrar ao mundo que sua ideologia era a melhor. Propaganda era usada para isso e ambos sabiam que quem dominasse a mente das pessoas poderia se sair melhor. E a União Soviética mostrou que estava desenvolvendo um processo nesse sentido em três ocasiões diferentes, quando demonstraram que conseguiam manipular a mente das pessoas:
- Processos de Moscovo: Nos anos 30, ocorreu o Grande Expurgo na União Soviética. Entre os eventos ocorridos estavam o Processos de Moscovo, que é como ficaram conhecidos uma série de julgamentos dos opositores de Josef Stálin ocorridos entre 1936 e 1938.
Esse processo resultou na execução de todos os membros do Comitê Central do Partido Bolchevique (à exceção do próprio Stálin), além de vários proeminentes militantes, inclusive dois dos membros da "troika" que governou a URSS entre 1923 e 1925, Grigori Zinoviev e Lev Kamenev.
O incrível nesse caso e o que realmente o tornou famoso foram as "confissões" arrancadas dos acusados! Eles simplesmente confessaram de forma incrível para o juiz que cometeram crimes que na verdade jamais os teriam cometidos. Isso aconteceu graças a tortura, coerção e chantagem. Sob estes métodos, a maioria dos acusados "confessou" conspirar contra a Revolução de Outubro.
Os países do ocidente ficaram então alarmados, pois identificaram que a União Soviética tinha desenvolvido uma técnica de controlar a forma que as pessoas pensavam e agiam.
- O Cardel József Mindszenty: Décadas depois, os aliados venceram a 2ª guerra e a Guerra Fria começava, com o capitalismo americano de um lado e o comunismo soviético de outro. A União Soviética começou a implantar a ideologia comunista nos países do leste europeu. Só que um homem se opôs ferrenhamente a isso, o cardeal húngaro József Mindszenty. Ele foi preso e permaneceu em poder dos comunistas. Então ele apareceu em um julgamento e disse que era na verdade um espião americano e um inimigo do povo!
- A Guerra da Coreia: Meses depois desse caso começou a Guerra da Coréia em 1950, com os Soviéticos apoiando os comunistas e os americanos os capitalistas. Os Soviéticos tiveram então acesso a americanos prisioneiros de guerra e não perderam tempo, iniciando a lavagem cerebral nesses soldados. O que aconteceu? Alguns meses após serem capturados, soldados americanos vieram a público dizer que haviam usado armas biológicas no combate, algo que não era verdade! Isso mostrou que o soldado americano não resistia a técnica empregada pelos russo.
Os governos ocidentais tiveram certeza que a União Soviética tinha desenvolvido uma droga capaz de controlar a mente das pessoas. Eles poderiam ganhar a guerra pela mente das pessoas!
A ideologia de poder foi a força que fez surgir a lavagem cerebral |
O Projeto MKULTRA
Para fazer frente ao programa soviético de lavagem cerebral, os EUA criaram o seu próprio programa, conhecido como Projeto Bluebird. Só que a CIA queria mais que fazer lavagem cerebral, ela queria estudar métodos de controle de indivíduos. O programa usou narco-hipnose, e posteriormente passou a ser conhecido como Project Artichoke (Projeto Alcachofra). A finalidade do projeto é descrita em um memorando de 1952, onde é dito:
"Podemos obter o controle da mente de um indivíduo até o ponto em que seja possível executar nossos desejos contra a sua vontade ou contra as leis naturais, como a própria proteção?"
Resumindo assombrados: criar um assassino programável.
Esse projeto também queria desenvolver uma forma de fazer as pessoas fossem interrogadas e não se lembrassem de nada.
Sidney Gottlieb, chefe do projeto MKUltra |
A CIA era dirigida por Allen Welsh Dulles, o primeiro diretor civil da CIA, que ordenou começar os procedimentos depois da designação do bioquímico e psiquiatra militar Sidney Gottlieb, diretor da Divisão Química da CIA, como chefe do projeto.
O MKUltra explorou muito o uso do LSD, uma droga que mudava completamente as pessoas.
Em 1964, o MKUltra foi rebatizado de MK-Search e novos subprojetos foram incluídos. Apesar da mudança de nome, o projeto ficou conhecido pelas pessoas como MKUltra.
Com o passar do tempo e com o projeto já em prática, que se desenvolveu praticamente durante mais de duas décadas inteiras (entre os anos 50 até o ano de 1973), as ambições começaram a crescer cada vez mais, ao ponto de gastar milhões e milhões de dólares nele. De fato, em determinado momento, o Projeto MKULTRA chegou a consumir 6% de todo o orçamento da CIA.
Programas já desclassificados de controle da mente executados pela CIA. O programa Stargate teve todos os seus documentos liberados no lote de 13 milhões de páginas liberados recentemente pela CIA. |
Objetivos do Projeto MKUltra
- Formular uma droga o suficientemente potente como para obrigar a qualquer ser humano a dizer toda a verdade em seus interrogatórios.
- Desenvolver meios de aplicar tais drogas sem que a vítima tivesse conhecimento de que estaria sendo drogada.
- Fabricar suicidas ou assassinos por meio da ingestão de drogas e técnicas de hipnose.
- Desenvolver métodos para interrogar pessoas e fazer elas não se lembrarem de nada
- Criar assassinos programáveis.
- Conseguir induzir sentimentos como a ansiedade, melhorar os processos de aprendizagem e desenvolver a memória humana, tudo mediante transes por hipnose.
- implantar lembranças falsas
- incentivar personalidades múltiplas.
Entre muitos outros que provavelmente nunca vamos ficar sabendo...
Patty Hearst sofreu lavagem cerebral e praticou um assalto a banco segurando uma arma. O caso será contado mais adiante. |
As cobaias eram submetidos ao estado vegetativo antes de suas memórias serem apagadas por meio de um coquetel diário de drogas, administrado pelos cientistas da CIA. Para fazer a pessoa entrar em estado vegetativo, foram utilizados diversas metodologias, como:
- Ingestão de LSD, o ácido lisérgico que é uma das mais potentes substâncias alucinógenas conhecidas, uma droga completamente novo e que apresenta resultados diferentes cada vez que usada.
- Abusos e torturas a vítima;
- Confinamento em caixas, gaiolas, caixões, etc, ou enterro (muitas vezes com uma abertura ou tubo de ar de oxigênio);
- Contenção com cordas, correntes, algemas, etc.;
- Afogamento não fatal;
- Extremos de calor e frio, incluindo submersão em água gelada e queima de produtos químicos;
- Fiação em lugares do corpo;
- Luz ofuscante perto dos olhos;
- Ingestão forçada de fluídos corporais ofensivos e matéria, tais como sangue, urina, fezes, carne, etc;
- Deixar a vítima com fome e sede por dias, ou semanas, ou meses;
- A privação de sono;
- Isolamento de percepção (faz com que a vítima não sinta os sentidos de: visão, audição, tato, paladar e olfato);
- Drogas para criar ilusão, confusão e amnésia, frequentemente administradas por injeção intravenosa;
- Em casos, a vítima é abusada propositalmente para engravidar; o feto é, então, abortado para uso qualquer, às vezes o bebê é levado para o sacrifício ou escravidão.
Muitos outros métodos foram utilizados, e eles foram tão eficientes que foram desenvolvidas e incluídas nos Manuais KUBARK, ou "Manuais de Tortura" usados pela CIA e pelas forças militares americanas.
O LSD foi muito estudado no Projeto MKUltra |
Recrutando Cobaias
E ai assombrados, você gostaria de ser cobaia nesses experimentos? Ninguém queria, assim a CIA teve de quebrar sua regra de só realizar experimentos fora dos EUA e realizar dentro dos EUA, em pessoas que nada sabiam do ocorrido, como doentes mentais, negros, pessoas com depressão, soldados rasos, prostituas, indigentes entre outros. Evidentemente que sem consentimento prévio algum, de forma secreta e totalmente ilegal.
Um desses projetos foi realizado pelo Dr. Harris Isabel, diretor do Hospital de Serviço Público de Lexington, Kentuchy, uma instalação especializada em dependência de drogas. Quando a CIA solicitou que descobrissem uma gama de drogas "sintéticas", Dr. Isabel começou a fazer experiências com residentes negros detentos. Diariamente lhes eram administradas grandes doses de LSD, mescalina, maconha entre outros substâncias. Como recompensa pela participação na experiência, os negros recebiam "doses" de morfina de qualidade.
Outro projeto visava saber a que altura específica durante um encontro sexual um homem estava mais disposto a revelar seus segredos. Um homem chamado George White contratou prostitutas para seduzir os homens e levá-los para casas pré-selecionadas. Lá ele ficava atrás de espelhos observando o que acontecia quando os homens eram dopados com LSD que as prostitutas colocavam na bebida. Os coitados achando que iriam ter uma grande noite de prazer, endoidavam e saiam correndo pela rua, muitas vezes pelados!
Hoje sabe-se que foram milhares as vítimas dos cruéis experimentos, mas são desconhecidas as cifras exatas e igualmente, a quantidade de mortes pelas condições extraordinárias a que os pacientes foram submetidos.
Imagem supostamente mostrando uma vítima do MKUltra. |
O Dr. Frank Olson era um cientista que trabalhava na Chemical Corps Special Operations Division (Divisão de operações especiais do Exército dos Estados Unidos dedicado à investigação química). Tinha personalidade marcante e sempre bem-humorada.
Em novembro de 1953, ele e outros cientistas haviam participado de uma reunião com Sidney Gottlieb, então diretor técnico da CIA e chefe do MKUltra. Segundo consta, Gottlieb teria colocado LSD na bebida de Olson para testar os efeitos da droga em humanos. Como conseqüência das doses, Olson começou a mudar de comportamento, desenvolvendo sinais de depressão e sintomas psicóticos.
No dia 28 de novembro de 1953, nove dias depois de participar da reunião, Olson se jogou misteriosamente pela janela do décimo andar de um hotel de Nova York. Sua morte foi oficialmente creditada como suicídio, mas para muitos, ele foi a primeira vítima conhecida do projeto MKUltra.
Mas por que ele foi o escolhido? Porque teria descoberto que a CIA estava usando prisioneiros nazistas nas experiências de controle mental. Indignado, ameaçou abandonar o projeto MKUltra. O problema é que Olson já sabia demais. Assim, Gottlieb decidiu não apenas testar o poder do LSD, como também colocou em ação o plano de eliminar uma futura testemunha indiscreta. Com Olson dopado, foi fácil para os capangas da CIA jogarem o cientista pela janela do hotel e simular um suicídio.
Eric Olson, filho do cientista Frank Olson, não tem dúvidas de que seu pai foi eliminado porque pretendia denunciar o uso de humanos no MK Ultra. “Eles (a CIA) não podiam correr o risco de deixar o meu pai envolvido ou, considerando tudo o que ele sabia, permitir que pedisse demissão”, disse Eric em uma entrevista para o jornal London Mail, em agosto de 1998.
Frank Olson é uma das únicas mortes atribuídas ao MKUltra |
MK-Ultra no Canadá
Dr. Donald Ewen Cameron |
Ele ia de Albany, Nova Iorque a Montreal semanalmente para trabalhar no Allan Memorial Institute da Universidade McGill, sendo pago pela Agência com 69 mil dólares desde 1957 a 1964, para realizar os experimentos MKULTRA.
Seus experimentos foram levados a cabo geralmente em pacientes que haviam entrado no instituto por problemas menores, como os transtornos de ansiedade e a depressão pós-parto, muitos dos quais, sofreram danos permanentes por causa de suas ações.
Durante a investigação sobre privação sensorial, Cameron usou curare para imobilizar seus pacientes. Após um teste, ele observou:
"Embora a paciente estivesse preparada para o isolamento sensorial prolongado (35 dias) e repetidas 'lavagens cerebrais'(depatterning), e, embora ela tenha recebido 101 dias de 'condução psíquica' positiva, resultados favoráveis não foram obtidos."
Além de LSD, Cameron experimentou com várias drogas paralisantes e também, com terapia eletroconvulsiva de 30 a 40 vezes a dose de eletricidade recomendada. Seus experimentos elétricos consistiram em colocar os sujeitos em estado de coma induzido por medicamentos durante semanas (até três meses em um caso) enquanto reproduziam sons repetidos ou simples declarações repetitivas.
Os pacientes foram tratados regularmente com drogas alucinógenas, longos períodos na "sala de sono", e testes no Laboratório de rádio telemetria, que foi construído sob a direção de Cameron. Nesse lugar, os pacientes foram expostos a uma gama de radiofrequências, sinais electromagnéticos e monitoramento das alterações no comportamento.
O tratamentos de Donald Ewen Cameron produziram em suas vítimas incontinência, amnesia, esqueceram como falar, esqueceram os seus pais, ou pensaram que seus interrogadores eram os seus pais.
Mais tarde, foi afirmado por funcionários que haviam trabalhado no Instituto durante esse tempo, que nenhum paciente enviado a esse laboratório, voltou mostrando quaisquer sinais de melhora.
Seus testes foram inspirados e realizados em paralelo as do psiquiatra britânico Dr. William Sargant no Hospital St Thomas’s de Londres, e no Hospital Belmont de Surrey, que também esteve implicado com os Serviços de Inteligência e que experimentou em grande parte sobre seus pacientes sem seu consentimento, causando danos similares a longo prazo.
Documento MKUltra |
Descoberta do MK-ULTRA
Em 1973, o diretor da CIA, Richard Helms, finalizou o projeto e ordenou que todos os arquivos do MKULTRA fossem destruídos. Em virtude dessa ordem, a maioria dos documentos da CIA em relação com o projeto foram eliminados, o que faz impossível uma investigação completa do que exatamente foi o projeto MKULTRA.
No ano de 1974, cerca de 1 ano depois que o projeto finalmente chegasse ao fim, sem se conhecer quais foram os verdadeiros resultados, um trabalho de investigação por parte do New York Times, publicou alguma coisa sobre o projeto.
A Pesquisa ilegal da CIA veio a público pela primeira vez em 1975, quando da realização pelo Congresso americano de investigação das atividades da CIA por uma comissão de inquérito do Congresso dos Estados Unidos da América e por um Comitê do Senado americano. Foram os inquéritos chamados de Church Committee e Rockefeller Commission– Comitê Church e Comissão Parlamentar Rockefeller, em Português.
Como quase não encontraram documentos legais, uma vez que foram destruídos em 1973, as investigações do Comitê e da Comissão se basearam no testemunho sob juramento de participantes diretos na atividade ilegal e em um relativamente pequeno número de documentos que restaram após a destruição de documentação ordenada por Richard Helms.
Em 1977, durante uma audiência celebrada pelo Comitê Seleto do Senado sobre Inteligência para aprofundar no MKULTRA, o almirante Stansfield Turner, ex-diretor de Inteligência Central, revelou que a CIA havia encontrado um conjunto de registros, que constava de cerca de 20 mil páginas, que sobreviveram às ordens de destruição de 1973, por terem sido armazenadas em um centro secundário de registros de documentos. Esses arquivos faziam referência ao financiamento de projetos do MKULTRA, e como tal, continham alguns detalhes e se soube bem mais dos segredos que através do relatório do Inspetor Geral de 1963.
Em 1977, o Senador Americano Ted Kennedy, disse no Senado:
"O Vice-Diretor da CIA revelou que mais de trinta (30) Universidades e Instituições participaram em "testes e experimentos " em um programa que incluiu a aplicação de drogas em seres humanos sem o conhecimento ou o consentimento destas pessoas, tanto americanos como estrangeiros. Muitos destes testes incluíram a administração de LSD a indivíduos em situações sociais que não tinham conhecimento de que estavam sendo drogados e posteriormente a aplicação do LSD sem o consentimento destas pessoas, elas não sabiam que estavam sob o efeito da droga. No mínimo uma morte, a de Dr. Olson, ocorreu como resultado destas atividades. A própria CIA diz reconhecer que tais experimentos faziam pouco sentido científico. Os agentes da CIA que monitoravam tais testes com drogas não eram sequer qualificados como cientistas especializados à observação de experiências"
Até o presente, a grande maioria de informação mais específica sobre o Projeto MKULTRA continua classificada como secreta.
No Canadá, o tema demorou bem mais tempo em aflorar, vindo a ser amplamente conhecido em 1984 em um programa da CBC chamado The Fifth Estate (O Quinto estado).
Soube-se que não só a CIA havia financiado os esforços de Cameron, mas sim, talvez até mais chocante, que o governo canadense esteve plenamente consciente e havia emprestado mais tarde outros 500 mil dólares em fundos para continuar os experimentos.
Esta revelação impulsionou em grande parte os esforços das vítimas em processar à CIA e o governo canadense, no qual, finalmente chegaram a um acordo extrajudicial indenizando com 100 mil dólares à cada uma das 127 vítimas. Nenhum dos documentos pessoais do Dr. Cameron de sua relação com o MKULTRA sobreviveu, já que sua família destruiu tudo depois de sua morte causada por um ataque cardíaco enquanto praticava montanhismo em 1967.
Documento MKUltra |
Conspirações Atribuídas ao Controle Mental
- Caso Patty Hearst: Patricia Campbell Hearst é uma norte-americana herdeira de um império jornalístico e atriz ocasional. É neta do magnata das comunicações William Randolph Hearst e tornou-se famosa em 1974, quando foi sequestrada por membros do Exército Simbionês de Libertação. Sofreu lavagem cerebral e passou a adotar o nome de Tania, juntando-se aos sequestradores num assalto a banco. Sua atitude é explicada pela Síndrome de Estocolmo, quando a vítima sente simpatia pelo algoz. Ela foi presa e cumpriu parte da pena, até receber um indulto do presidente Jimmy Carter.
- O Assassinato de Robert Kennedy: Lawrence Teeter, advogado de Sirhan Sirhan, o assassino confesso do senador Robert F. Kennedy, acreditava que Sirhan estava sob a influência de hipnose quando disparou sua arma contra o senador em 1968. Teeter vinculou o programa da CIA, às técnicas de controle mental que, segundo o advogado, foram utilizadas para o controle de Sirhan.
- JonesTown: localizado na Guyana, foi o Projeto Agrícola do Templo do Povo, do culto de Jim Jones que culminou em um suicídio em massa em 18 de novembro de 1978. Na época, foi cogitada a hipótese de que Jonestown seria um lugar de testes para experimentos médicos de controle mental MKULTRA, mesmo após o fim oficial do programa. O congressista Leio Ryan, um conhecido crítico da CIA, foi assassinado por membros do Templo do Povo após ele pessoalmente visitar Jonestown para investigar diversas irregularidades.
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- Massacre de Aurora: O Massacre de Aurora de 2012; James Holmes, estudante de neurociência teria entrado no cinema na estréia do filme The Dark Knight Rises e disparado indiscriminadamente contra os presentes. Doze pessoas perderam a vida e 58 ficaram feridas. Em sua audiência, Holmes mostrou um ar aturdido e distante, e segundo fontes, o massacre foi perpetrado com manobras profissionais e armamento de grosso calibre, o que demonstra um ataque premeditado e um comportamento limite do qual, James Holmes não teria ideia de ter realizado segundo sua audiência. Testemunhas descreveram a dois participantes no tiroteio, indicando que uma das bombas de gás lacrimogênio foi lançada do lado oposto do qual havia saído o assassino. Também é evidente que Holmes, ou quem quer que tenha sido o assassino com a máscara de gás, teve um cúmplice. Testemunhas disseram ter visto o assassino atendendo o telefone antes do tiroteio e depois se detendo na porta de saída do cinema, fazendo sinais a alguém mais.
O MK-Ultra Acabou?
Muitos acreditam que os pesquisadores não cessaram as experiências depois da investigação no Congresso. Nos anos seguintes, eles teriam obtido resultados significativos com a estimulação eletrônica do cérebro por meio do implante de uma pequena sonda na cabeça. Um dispositivo eletrônico acionado por ondas de rádio controlaria emoções como a ira, o desejo sexual e o cansaço. Novos avanços introduziram as microondas, combinadas com os conhecidos estudos do MK Ultra sobre hipnose. As palavras do hipnotizador chegariam ao cérebro por eletromagnetismo, sem nenhum dispositivo receptor implantado. Assim, o serviço de inteligência interviria na mente a distância, sem que a pessoa controlada percebesse, e acabaria com provas materiais, como chips e sondas.
A CIA afirma que tais experiências foram abandonadas, mas Victor Marchetti, um veterano agente da CIA por 14 anos, tem atestado em várias entrevistas que a CIA jamais interrompeu suas pesquisas em controle da mente humana, tampouco o uso de drogas, mas realiza continuamente sofisticadas campanhas de desinformação seja lançando ela mesma, através dos meios de comunicação, falsas teorias e teorias de conspiração que podem ser ridicularizadas e desacreditadas, o que faz com que o foco de atenção não se volte para a CIA e suas pesquisas clandestinas ou que, caso haja qualquer aparente possibilidade de que suas pesquisas sejam expostas, qualquer revelação possa ser imediatamente desacreditada e/ou ridicularizada.
Muitos acreditam que os pesquisadores não cessaram as experiências depois da investigação no Congresso. Nos anos seguintes, eles teriam obtido resultados significativos com a estimulação eletrônica do cérebro por meio do implante de uma pequena sonda na cabeça. Um dispositivo eletrônico acionado por ondas de rádio controlaria emoções como a ira, o desejo sexual e o cansaço. Novos avanços introduziram as microondas, combinadas com os conhecidos estudos do MK Ultra sobre hipnose. As palavras do hipnotizador chegariam ao cérebro por eletromagnetismo, sem nenhum dispositivo receptor implantado. Assim, o serviço de inteligência interviria na mente a distância, sem que a pessoa controlada percebesse, e acabaria com provas materiais, como chips e sondas.
A CIA afirma que tais experiências foram abandonadas, mas Victor Marchetti, um veterano agente da CIA por 14 anos, tem atestado em várias entrevistas que a CIA jamais interrompeu suas pesquisas em controle da mente humana, tampouco o uso de drogas, mas realiza continuamente sofisticadas campanhas de desinformação seja lançando ela mesma, através dos meios de comunicação, falsas teorias e teorias de conspiração que podem ser ridicularizadas e desacreditadas, o que faz com que o foco de atenção não se volte para a CIA e suas pesquisas clandestinas ou que, caso haja qualquer aparente possibilidade de que suas pesquisas sejam expostas, qualquer revelação possa ser imediatamente desacreditada e/ou ridicularizada.
Conclusão
O projeto existiu, isso é um fato. Infelizmente nunca vamos saber a real abrangência do mesmo, uma vez que a grande maioria de seus documentos foram destruídos.
Pelo pouco que sabemos, é de ficar chocado como um país pode fazer coisas absurdas em seus próprios cidadãos.
Eu só fico imaginando o que não ocorre em países não democráticos, como deve ser o MKUltra deles.
Só digo para tomar cuidado com o que você lê ou acredita. Busque alternativas. Nunca acredite cegamente no que outra pessoa diz, por mais que você acredite nela...
Tradução/Adaptação: rusmea.com & Mateus Fornazari
Fontes (Acessadas em 04/02/2017):
- MTL Blog: The Secret Montreal Experiments They Don’t Want You To Know About
- ACHRE Report: Chapter 3: Supreme Court Dissents Invoke the Nuremberg Code: CIA and DOD Human Subjects Research Scandals
- New York Times: MKUltra Documents
- SuperInteressante: Assassinos remotos
- Wikipedia.pt: Projeto MKULTRA
- Wikipedia.en: Projeto MKULTRA
- Wikipedia.pt: Processos de Moscou
- Wikipedia.pt: József Mindszenty
- Wikipedia.pt: Guerra da Coreia
- Wikipedia.pt: LSD
- Wikipedia.en: Frank Olson
- Wikipedia.en: Psychic driving
- Wikipedia.en: Sirhan Sirhan
- Wikipedia.en: 2012 Aurora shooting
- Wikipedia.en: Jim Jones
- Wikipedia.en: United States Senate Select Committee on Intelligence