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Por Marco Faustino
Esses dias estão sendo bem agitados nos Estados Unidos, e não é por conta das eleições presidenciais e a acirrada disputa entre Donald Trump e Hillary Clinton. Os casos de avistamentos de palhaços continuam ocorrendo em solo norte-americano e inclusive já começaram a ser espalhar para o outro lado do oceano, mais precisamente para a Inglaterra (faremos uma postagem completa sobre isso muito em breve). Porém, também não foi isso que preocupou os cidadãos norte-americanos no início dessa semana. Um excursionista chamado James Rankin, estava fazendo uma caminhada na tarde da última segunda-feira (3), em uma área florestal no condado de Suffolk, no estado de Nova York, quando de repente começou a avistar uma série de cartazes de pessoas desaparecidas fixados em árvores. Não eram apenas um ou dois cartazes, mas cerca de 25 deles, que representavam pessoas reais, pessoas que realmente tinham desaparecido em diversas épocas e nas mais variadas regiões dos Estados Unidos.
Ao analisar as imagens era possível perceber que algumas dessas pessoas já tinham sido encontradas mortas pelas respectivas autoridades locais, sendo que outras até hoje nunca foram encontradas. Para piorar a situação, ele encontrou uma barraca armada numa clareira na mata, enlatados abertos sobre uma espécie de cobertor, e uma espécie de "altar ritualístico" em formato circular. James estava tão assustado, que chegou a pedir no vídeo para que se ele não voltasse com vida, ou seja, não conseguisse divulgar o que estava gravando, que era para enviarem uma equipe de busca até o local. Todavia, James Rankin conseguiu voltar e publicou dois vídeos, totalizando quase 20 minutos, tanto no Facebook quanto no Youtube. Seu primeiro vídeo no Facebook, com quase 12 minutos, rendeu mais de 1 milhão de visualizações e 25 mil compartilhamentos. Já no Youtube, seus dois vídeos já somam mais de 130 mil visualizações.
Conforme vocês podem perceber, o caso viralizou. Rapidamente a mídia norte-americana, e até mesmo sites de notícias de outras partes do mundo, começaram a repercutir a história. Muitos veículos de comunicação passaram a comentar que James Rankin teria encontrado a "Bluxa de Blair" da vida real, fazendo alusão ao filme de mesmo nome, lançado inicialmente em 1999, e considerado um dos filmes independentes de maior bilheteria da história, pioneiro no estilo "found footage". O mesmo foi vendido como um documento real dos últimos dias de três jovens que desapareceram numa floresta. Segundo a "lenda", que sabemos que foi inventada pelos diretores do filme, o local era habitado por uma diabólica bruxa. O filme, que tinha um orçamento de apenas US$ 60 mil, conseguiu um resultado espetacular ao arrecadar quase US$ 250 milhões no mundo todo, se transformando em um modelo de referência para filmes de terror do século XXI. A "terceira parte" de "Bruxa de Blair" foi lançada nos cinemas em meados do mês passado no Brasil e nos Estados Unidos, assim sendo muitos associaram que isso poderia ser, ainda que tardiamente, uma espécie de marketing viral para promover o filme. Contudo, a suposta realidade sobre esse caso é um tanto quanto inusitada. Vamos saber mais sobre esse assunto?
Toda essa história começou quando um homem chamado James Rankin começou a caminhar pelo Berkeley Jackson County Park, na cidade de Huntington, Condado de Suffolk, no estado norte-americano de Nova York, na tarde da última segunda-feira (3). De repente ele se deparou com uma situação muito estranha, que ele nunca tinha visto antes, e começou a registrar em vídeo o que estava vendo. Inicialmente, ele acreditava ter descoberto uma espécie de santuário criado por um "serial killer" ("assassino em série", em português) depois de notar dezenas de cartazes de pessoas desaparecidas fixados em árvores, e ao redor de um abrigo improvisado, como se uma ou mais pessoas estivessem morando no local. Também foi cogitada a hipótese de ser um ponto para a "desova de corpos".
Não se sabia praticamente nada sobre essa história, exceto pelos dois vídeos que James Rankin publicou em sua conta no Facebook, assim como no Youtube, no mesmo dia de sua descoberta, ou seja, no dia 3 outubro. O primeiro vídeo com pouco mais de 12 minutos de duração alcançou mais de 1 milhão de visualizações e 25 mil compartilhamentos em menos de 72 horas. O segundo não teve tanta repercussão, porque basicamente mostrava os mesmos detalhes que o primeiro. Confira esse primeiro vídeo no Youtube (em inglês):
Inicialmente, era possível ler a seguinte descrição relacionada a esse vídeo:
"Aviso: Linguagem Vulgar. Por favor, leia a descrição antes de comentar.
Isso foi algo com que me deparei durante uma caminhada na floresta esta tarde. Havia cerca 25 cartazes de pessoas desaparecidas colados nas árvores, junto com algumas roupas de cama velhas e maltrapilhas, uma pá, uma grande barraca, e uma estrutura de madeira feita à mão ao redor de um buraco que havia sido preenchido. Porém, o vídeo foi interrompido quando ouvi vozes vindo da direção de uma residência vizinha. Gravado na tarde de 3 de outubro de 2016 ( "Dia do Filme Meninas Malvadas") no Condado de Suffolk, NY.
Observação: Por favor, parem de comentar que 'você pode ver carros e ouvir o tráfego'. Isso não é nenhum segredo, e vocês não estão expondo uma farsa. Esta área fica perto do limite do parque."
Agora confira o segundo vídeo publicado por James Rankin, em sua conta no Youtube (em inglês):
Inicialmente, era possível ler a seguinte descrição relacionada a esse vídeo:
"Aviso: Linguagem Vulgar. Por favor, leia a descrição antes de comentar.
Depois de vagar pela floresta por uma hora ou mais, na esperança de escapar de quem quer que fosse o maníaco enlouquecido que pudesse ou não estar à espreita, voltei ao local com o único propósito de salvar a localização no Google Maps, e, possivelmente, ter uma evidência para mostrar para a polícia."
Situação bem estranha, não é mesmo? Se as pessoas já estavam assustadas com avistamentos de palhaços, que estavam tentando levar crianças para áreas florestais, esses vídeos acabaram ganhando uma repercussão ainda maior do que normalmente teria. Porém, ao procurar a polícia, James Rankin teve uma grande surpresa.
É importante dizer que as pessoas desaparecidas nos cartazes eram pessoas reais de todas as partes dos Estados Unidos, e que tinham desaparecido em épocas diferentes. Algumas foram encontradas mortas, outras ainda estão desaparecidas, enquanto algumas acabaram aparecendo anos mais tarde.
De qualquer forma, um tópico sobre o assunto foi criado na rede social Reddit, uma espécie de comunidade de fóruns de discussão muito popular no exterior. O senso comum entre as pessoas, que estavam comentando sobre o caso nesse tópico, era que diversos casos já tinham sido resolvidos, e não havia nenhuma ligação entre os mesmos.
Pouco tempo depois, na manhã da última terça-feira (4), James atualizou o caso para seus seguidores no Facebook. Segundo James, a polícia entrou em contato com o proprietário do terreno apontado no vídeo, e o mesmo disse que a área foi montada para uma festa de Halloween, e que tudo seria desfeito após o dia 31 de outubro.
Entretanto, não pense que isso acalmou os ânimos de diversas pessoas nas redes sociais. Muitos continuam não acreditando que "decorações" tenham sido exclusivamente montadas para o Halloween, visto que os cartazes aparentavam estar desgastados pela ação do tempo, uma opinião que está sendo amplamente aceita nas redes sociais.
"Não está nada certo usar cartazes de pessoas desaparecidas como decoração. Também não vejo qualquer razão para que em 3 de Outubro haja "papéis decorativos resistentes ao tempo" fixados nas árvores. Parece muito incomum", disse James Charlton.
Essa opinião era parecida com a de James Rankin, que chegou a dar a seguinte declaração: "O que eu queria saber é, se aquelas coisas eram decorações para uma 'festa de Halloween', porque estavam penduradas lá por semanas ou meses? É possível notar claramente, que o material estava lá por um bom tempo, e não tinha sido criado recentemente. É exatamente isso que se pode notar nos vídeos. Parece que eles estão usando a época do ano como uma desculpa (apenas a minha opinião). Também queria saber qual é o tipo de pessoa que acha certo usar cartazes reais de pessoas desaparecidas de pessoas que perderam seus entes queridos como decoração de festa."
Uma usuária no Facebook, no entanto, tentou acalmar a situação: "O cara, que é dono da propriedade, é meu amigo, e isso tudo é para uma festa de Halloween. Desculpe desapontar vocês, mas isso não é real. Também estive envolvida na decoração. Ele também fez uma festa de Halloween de verão, em agosto, então o material foi deixado no local desde então. Tudo o que aparece nos vídeos são os adereços", disse a usuária Toni Columbo. A parte sobre uma "festa de Halloween de verão", no entanto, gerou muita polêmica, visto que isso também era bem incomum.
"Para as pessoas associadas aos desaparecimentos reais. Este vídeo não foi feito como forma de entretenimento ou diversão, não foi encenado, e não se destina a mostrar desrespeito à sua tragédia. Na época, eu gravei e postei um vídeo, porque eu não sabia o que era aquilo ou se eu estava em perigo. Descobri isso enquanto estava caminhando e queria expor um "pedido de socorro" na minha rede social caso aquilo fosse algo verdadeiro e algo acontecesse comigo. Meus amigos conseguiram acompanhar as minhas postagens até que eu os informasse que estava fora de perigo, longe da floresta. Os policiais investigaram e aparentemente foram informados pelos moradores de uma casa vizinha, que os cartazes estão sendo usados como decoração para a 'festa de Halloween'. A polícia aceitou essa explicação, e disse que não irá mais tomar nenhuma medida sobre o caso. Os moradores disseram que os cartazes serão removidos, mas ainda não verifiquei essa questão.
IMPORTANTE: Por favor, não tente visitar este local, e não incomodem as pessoas que moram no local! Obrigado."
Caso estranho e meio sombrio, não é mesmo? Será que realmente tudo isso não passou de decoração para uma festa de Halloween? Será que foi uma decisão realmente coerente utilizar cartazes reais de pessoas desaparecidas como decoração? Esse é um assunto para os meus comentários finais.
Quando resolvei trazer esse assunto para o blog AssombradO.com.br não imaginava escrever um comentário final sobre o mesmo. Aparentemente, era apenas mais um caso estranho, mas que acabou sendo apontado como um "preparativo para as festividades do Halloween", nos Estados Unidos. Certamente, esse é apenas o primeiro entre diversos outros casos, que irão surgir ao longo desse mês, o que se torna um desafio para nós em repassarmos as informações mais corretas possíveis para vocês. No entanto, a "decoração" da festa virou motivo de polêmica e questionamento nas redes sociais. Muitos, e de forma totalmente compreensível, disseram que era um absurdo, um verdadeiro desrespeito com a dor dos familiares, que não ainda não possuem quaisquer informações sobre entes queridos desaparecidos. Esse tipo de "decoração" não deveria ser utilizada, era algo de extremo mal gosto, ainda mais pela onda de casos de avistamentos de palhaços, que supostamente ainda tentam fazer com que crianças entrem em florestas por motivos desconhecidos. Por outro lado, muitos citaram que era uma área particular, cujo proprietário tinha o direito de fazer o que quisesse, visto que fixar cartazes de pessoas desaparecidas em árvores, ainda que fossem pessoas reais, não era crime algum. Ambos os lados estavam certos, como resolver esse impasse?
Se você se sente agoniado(a) por ter medo do resultado de algum exame que você fez, seja médico ou simplesmente um mero vestibular, multiplique esse medo por 1 milhão, e você começará a entender como é não ter notícias de uma pessoa que ama, não um amor carnal, mas um amor materno, fraterno ou paternal. Se mães e pais já ficam agoniados por não terem notícias de um filho ou de uma filha por algumas horas durante a noite, e até mesmo durante o dia, imagine o que é não ter notícias durante anos, e ainda conviver com falsas esperanças de informações vazias e repassadas de forma indiscriminada por terceiros, que muitas vezes brincam com o sentimento alheio. Por outro lado, as associações e entidades que lutam pelas famílias de pessoas desaparecidas sempre tentam uma divulgação maior por parte da mídia, para que mais pessoas possam ver os rostos dessas pessoas, e quem sabe finalmente promover um encontro das mesmas. Encontro esse que, infelizmente, muitas vezes se faz perante a uma cruz. Divulgação dos rostos e simulações de como essas pessoas podem aparentar atualmente é fundamental para que haja menos dor. Não existe dia fácil, não existe dia em que não se pense na pessoa. Todo dia é dolorido, e todo dia se acorda com medo e com esperança, uma mistura que resulta em lágrimas e força ao mesmo tempo. Se por um lado a decoração era um absurdo, a divulgação dos rostos em apenas 72 horas pode ter sido maior do que em anos. Ambos os lados continuavam certos, como resolver esse impasse?
Sinceramente, ainda que o caso se provasse como uma mera campanha de marketing, ainda assim teria cumprido uma missão social singular: a de mostrar que o desaparecimento de pessoas é algo real, não é apenas uma história de Hollywood. Famílias sofrem diante desses episódios, e sofrem ainda mais por não terem respostas. Ao exibir alguns rostos por apenas alguns segundos, para uma audiência de milhões de pessoas ao redor do mundo, James Rankin promoveu algo que as grandes emissoras de televisão geralmente não fazem: dar esperança para que as famílias encontrem seus entes queridos. Apesar de soar errado decorar festas com cartazes de pessoas desaparecidas, por mais surreal que isso possa parecer, é algo que estranhamente colabora para que mais pessoas tenham conhecimento dos casos, comentem entre si, e quem sabe ao andarem na rua reconheçam uma dessas pessoas. Sabe a sensação de que algo é errado, mas vale a pena ser tentado para encontrar alguém? Duvido muito que as famílias, que ainda possuem pessoas desaparecidas, tenham achado essa exposição ruim ou vexatória, porque quanto mais pessoas souberem, maiores serão as chances de seus familiares serem encontrados. Esse é um impasse que dificilmente será resolvido. Um impasse que precisa mais de respostas do que perguntas. Um impasse pessoal impulsonado pela dor, que só pode ser resolvido por um abraço apertado ou um até breve ajoelhado.
Até a próxima, AssombradOs.
Criação/Tradução/Adaptação: Marco Faustino
Fontes:
http://www.dailymail.co.uk/news/article-3822898/The-real-life-Blair-Witch-Hiker-terrified-finds-bizarre-shrine-missing-people-middle-woods-altar-twigs.html
http://patch.com/new-york/sachem/s/fwjt6/viral-video-shows-missing-person-shrine-found-in-long-island-woods
https://www.reddit.com/r/videos/comments/55s9uy/long_island_man_finds_strange_campsite_in_forest/#bottom-comments
https://www.facebook.com/dateline420
https://www.youtube.com/watch?v=sZJ7xWTLQqY
https://www.youtube.com/watch?v=0QCgY-XIxmE
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Por Marco Faustino
Esses dias estão sendo bem agitados nos Estados Unidos, e não é por conta das eleições presidenciais e a acirrada disputa entre Donald Trump e Hillary Clinton. Os casos de avistamentos de palhaços continuam ocorrendo em solo norte-americano e inclusive já começaram a ser espalhar para o outro lado do oceano, mais precisamente para a Inglaterra (faremos uma postagem completa sobre isso muito em breve). Porém, também não foi isso que preocupou os cidadãos norte-americanos no início dessa semana. Um excursionista chamado James Rankin, estava fazendo uma caminhada na tarde da última segunda-feira (3), em uma área florestal no condado de Suffolk, no estado de Nova York, quando de repente começou a avistar uma série de cartazes de pessoas desaparecidas fixados em árvores. Não eram apenas um ou dois cartazes, mas cerca de 25 deles, que representavam pessoas reais, pessoas que realmente tinham desaparecido em diversas épocas e nas mais variadas regiões dos Estados Unidos.
Ao analisar as imagens era possível perceber que algumas dessas pessoas já tinham sido encontradas mortas pelas respectivas autoridades locais, sendo que outras até hoje nunca foram encontradas. Para piorar a situação, ele encontrou uma barraca armada numa clareira na mata, enlatados abertos sobre uma espécie de cobertor, e uma espécie de "altar ritualístico" em formato circular. James estava tão assustado, que chegou a pedir no vídeo para que se ele não voltasse com vida, ou seja, não conseguisse divulgar o que estava gravando, que era para enviarem uma equipe de busca até o local. Todavia, James Rankin conseguiu voltar e publicou dois vídeos, totalizando quase 20 minutos, tanto no Facebook quanto no Youtube. Seu primeiro vídeo no Facebook, com quase 12 minutos, rendeu mais de 1 milhão de visualizações e 25 mil compartilhamentos. Já no Youtube, seus dois vídeos já somam mais de 130 mil visualizações.
Conforme vocês podem perceber, o caso viralizou. Rapidamente a mídia norte-americana, e até mesmo sites de notícias de outras partes do mundo, começaram a repercutir a história. Muitos veículos de comunicação passaram a comentar que James Rankin teria encontrado a "Bluxa de Blair" da vida real, fazendo alusão ao filme de mesmo nome, lançado inicialmente em 1999, e considerado um dos filmes independentes de maior bilheteria da história, pioneiro no estilo "found footage". O mesmo foi vendido como um documento real dos últimos dias de três jovens que desapareceram numa floresta. Segundo a "lenda", que sabemos que foi inventada pelos diretores do filme, o local era habitado por uma diabólica bruxa. O filme, que tinha um orçamento de apenas US$ 60 mil, conseguiu um resultado espetacular ao arrecadar quase US$ 250 milhões no mundo todo, se transformando em um modelo de referência para filmes de terror do século XXI. A "terceira parte" de "Bruxa de Blair" foi lançada nos cinemas em meados do mês passado no Brasil e nos Estados Unidos, assim sendo muitos associaram que isso poderia ser, ainda que tardiamente, uma espécie de marketing viral para promover o filme. Contudo, a suposta realidade sobre esse caso é um tanto quanto inusitada. Vamos saber mais sobre esse assunto?
Como Tudo Isso Começou?
Toda essa história começou quando um homem chamado James Rankin começou a caminhar pelo Berkeley Jackson County Park, na cidade de Huntington, Condado de Suffolk, no estado norte-americano de Nova York, na tarde da última segunda-feira (3). De repente ele se deparou com uma situação muito estranha, que ele nunca tinha visto antes, e começou a registrar em vídeo o que estava vendo. Inicialmente, ele acreditava ter descoberto uma espécie de santuário criado por um "serial killer" ("assassino em série", em português) depois de notar dezenas de cartazes de pessoas desaparecidas fixados em árvores, e ao redor de um abrigo improvisado, como se uma ou mais pessoas estivessem morando no local. Também foi cogitada a hipótese de ser um ponto para a "desova de corpos".
Imagem do Google Maps mostrando a localização do Berkeley Jackson County Park, na cidade de Huntington, Condado de Suffolk, no estado norte-americano de Nova York |
Inicialmente, era possível ler a seguinte descrição relacionada a esse vídeo:
"Aviso: Linguagem Vulgar. Por favor, leia a descrição antes de comentar.
Isso foi algo com que me deparei durante uma caminhada na floresta esta tarde. Havia cerca 25 cartazes de pessoas desaparecidas colados nas árvores, junto com algumas roupas de cama velhas e maltrapilhas, uma pá, uma grande barraca, e uma estrutura de madeira feita à mão ao redor de um buraco que havia sido preenchido. Porém, o vídeo foi interrompido quando ouvi vozes vindo da direção de uma residência vizinha. Gravado na tarde de 3 de outubro de 2016 ( "Dia do Filme Meninas Malvadas") no Condado de Suffolk, NY.
Observação: Por favor, parem de comentar que 'você pode ver carros e ouvir o tráfego'. Isso não é nenhum segredo, e vocês não estão expondo uma farsa. Esta área fica perto do limite do parque."
Agora confira o segundo vídeo publicado por James Rankin, em sua conta no Youtube (em inglês):
Inicialmente, era possível ler a seguinte descrição relacionada a esse vídeo:
"Aviso: Linguagem Vulgar. Por favor, leia a descrição antes de comentar.
Depois de vagar pela floresta por uma hora ou mais, na esperança de escapar de quem quer que fosse o maníaco enlouquecido que pudesse ou não estar à espreita, voltei ao local com o único propósito de salvar a localização no Google Maps, e, possivelmente, ter uma evidência para mostrar para a polícia."
Situação bem estranha, não é mesmo? Se as pessoas já estavam assustadas com avistamentos de palhaços, que estavam tentando levar crianças para áreas florestais, esses vídeos acabaram ganhando uma repercussão ainda maior do que normalmente teria. Porém, ao procurar a polícia, James Rankin teve uma grande surpresa.
A Realidade Por Trás da Possível Cena de um Crime: Tudo Não Passava de um Cenário Montado Para uma Festa de Halloween?
É importante dizer que as pessoas desaparecidas nos cartazes eram pessoas reais de todas as partes dos Estados Unidos, e que tinham desaparecido em épocas diferentes. Algumas foram encontradas mortas, outras ainda estão desaparecidas, enquanto algumas acabaram aparecendo anos mais tarde.
De qualquer forma, um tópico sobre o assunto foi criado na rede social Reddit, uma espécie de comunidade de fóruns de discussão muito popular no exterior. O senso comum entre as pessoas, que estavam comentando sobre o caso nesse tópico, era que diversos casos já tinham sido resolvidos, e não havia nenhuma ligação entre os mesmos.
- Seria um marketing viral para o novo filme "Bruxa de Blair";
- Seria uma antiga localização de um set de filmagens de um filme independente, que acabou não limpando o local após as gravações;
- Tinha sido criado por um assassino imitador. "Às vezes sociopatas adoram atos semelhantes aos seus desejos, que já tenham sido (supostamente) cometidos", disse o usuário "heart__of__gold".
Pouco tempo depois, na manhã da última terça-feira (4), James atualizou o caso para seus seguidores no Facebook. Segundo James, a polícia entrou em contato com o proprietário do terreno apontado no vídeo, e o mesmo disse que a área foi montada para uma festa de Halloween, e que tudo seria desfeito após o dia 31 de outubro.
Entretanto, não pense que isso acalmou os ânimos de diversas pessoas nas redes sociais. Muitos continuam não acreditando que "decorações" tenham sido exclusivamente montadas para o Halloween, visto que os cartazes aparentavam estar desgastados pela ação do tempo, uma opinião que está sendo amplamente aceita nas redes sociais.
"Não está nada certo usar cartazes de pessoas desaparecidas como decoração. Também não vejo qualquer razão para que em 3 de Outubro haja "papéis decorativos resistentes ao tempo" fixados nas árvores. Parece muito incomum", disse James Charlton.
Essa opinião era parecida com a de James Rankin, que chegou a dar a seguinte declaração: "O que eu queria saber é, se aquelas coisas eram decorações para uma 'festa de Halloween', porque estavam penduradas lá por semanas ou meses? É possível notar claramente, que o material estava lá por um bom tempo, e não tinha sido criado recentemente. É exatamente isso que se pode notar nos vídeos. Parece que eles estão usando a época do ano como uma desculpa (apenas a minha opinião). Também queria saber qual é o tipo de pessoa que acha certo usar cartazes reais de pessoas desaparecidas de pessoas que perderam seus entes queridos como decoração de festa."
James Rankin questionou o tipo de pessoa que achava certo usar cartazes reais de pessoas desaparecidas de pessoas que perderam seus entes queridos como decoração de festa |
"Para as pessoas associadas aos desaparecimentos reais. Este vídeo não foi feito como forma de entretenimento ou diversão, não foi encenado, e não se destina a mostrar desrespeito à sua tragédia. Na época, eu gravei e postei um vídeo, porque eu não sabia o que era aquilo ou se eu estava em perigo. Descobri isso enquanto estava caminhando e queria expor um "pedido de socorro" na minha rede social caso aquilo fosse algo verdadeiro e algo acontecesse comigo. Meus amigos conseguiram acompanhar as minhas postagens até que eu os informasse que estava fora de perigo, longe da floresta. Os policiais investigaram e aparentemente foram informados pelos moradores de uma casa vizinha, que os cartazes estão sendo usados como decoração para a 'festa de Halloween'. A polícia aceitou essa explicação, e disse que não irá mais tomar nenhuma medida sobre o caso. Os moradores disseram que os cartazes serão removidos, mas ainda não verifiquei essa questão.
IMPORTANTE: Por favor, não tente visitar este local, e não incomodem as pessoas que moram no local! Obrigado."
Caso estranho e meio sombrio, não é mesmo? Será que realmente tudo isso não passou de decoração para uma festa de Halloween? Será que foi uma decisão realmente coerente utilizar cartazes reais de pessoas desaparecidas como decoração? Esse é um assunto para os meus comentários finais.
Comentários Finais
Quando resolvei trazer esse assunto para o blog AssombradO.com.br não imaginava escrever um comentário final sobre o mesmo. Aparentemente, era apenas mais um caso estranho, mas que acabou sendo apontado como um "preparativo para as festividades do Halloween", nos Estados Unidos. Certamente, esse é apenas o primeiro entre diversos outros casos, que irão surgir ao longo desse mês, o que se torna um desafio para nós em repassarmos as informações mais corretas possíveis para vocês. No entanto, a "decoração" da festa virou motivo de polêmica e questionamento nas redes sociais. Muitos, e de forma totalmente compreensível, disseram que era um absurdo, um verdadeiro desrespeito com a dor dos familiares, que não ainda não possuem quaisquer informações sobre entes queridos desaparecidos. Esse tipo de "decoração" não deveria ser utilizada, era algo de extremo mal gosto, ainda mais pela onda de casos de avistamentos de palhaços, que supostamente ainda tentam fazer com que crianças entrem em florestas por motivos desconhecidos. Por outro lado, muitos citaram que era uma área particular, cujo proprietário tinha o direito de fazer o que quisesse, visto que fixar cartazes de pessoas desaparecidas em árvores, ainda que fossem pessoas reais, não era crime algum. Ambos os lados estavam certos, como resolver esse impasse?
Se você se sente agoniado(a) por ter medo do resultado de algum exame que você fez, seja médico ou simplesmente um mero vestibular, multiplique esse medo por 1 milhão, e você começará a entender como é não ter notícias de uma pessoa que ama, não um amor carnal, mas um amor materno, fraterno ou paternal. Se mães e pais já ficam agoniados por não terem notícias de um filho ou de uma filha por algumas horas durante a noite, e até mesmo durante o dia, imagine o que é não ter notícias durante anos, e ainda conviver com falsas esperanças de informações vazias e repassadas de forma indiscriminada por terceiros, que muitas vezes brincam com o sentimento alheio. Por outro lado, as associações e entidades que lutam pelas famílias de pessoas desaparecidas sempre tentam uma divulgação maior por parte da mídia, para que mais pessoas possam ver os rostos dessas pessoas, e quem sabe finalmente promover um encontro das mesmas. Encontro esse que, infelizmente, muitas vezes se faz perante a uma cruz. Divulgação dos rostos e simulações de como essas pessoas podem aparentar atualmente é fundamental para que haja menos dor. Não existe dia fácil, não existe dia em que não se pense na pessoa. Todo dia é dolorido, e todo dia se acorda com medo e com esperança, uma mistura que resulta em lágrimas e força ao mesmo tempo. Se por um lado a decoração era um absurdo, a divulgação dos rostos em apenas 72 horas pode ter sido maior do que em anos. Ambos os lados continuavam certos, como resolver esse impasse?
Sinceramente, ainda que o caso se provasse como uma mera campanha de marketing, ainda assim teria cumprido uma missão social singular: a de mostrar que o desaparecimento de pessoas é algo real, não é apenas uma história de Hollywood. Famílias sofrem diante desses episódios, e sofrem ainda mais por não terem respostas. Ao exibir alguns rostos por apenas alguns segundos, para uma audiência de milhões de pessoas ao redor do mundo, James Rankin promoveu algo que as grandes emissoras de televisão geralmente não fazem: dar esperança para que as famílias encontrem seus entes queridos. Apesar de soar errado decorar festas com cartazes de pessoas desaparecidas, por mais surreal que isso possa parecer, é algo que estranhamente colabora para que mais pessoas tenham conhecimento dos casos, comentem entre si, e quem sabe ao andarem na rua reconheçam uma dessas pessoas. Sabe a sensação de que algo é errado, mas vale a pena ser tentado para encontrar alguém? Duvido muito que as famílias, que ainda possuem pessoas desaparecidas, tenham achado essa exposição ruim ou vexatória, porque quanto mais pessoas souberem, maiores serão as chances de seus familiares serem encontrados. Esse é um impasse que dificilmente será resolvido. Um impasse que precisa mais de respostas do que perguntas. Um impasse pessoal impulsonado pela dor, que só pode ser resolvido por um abraço apertado ou um até breve ajoelhado.
Até a próxima, AssombradOs.
Criação/Tradução/Adaptação: Marco Faustino
Fontes:
http://www.dailymail.co.uk/news/article-3822898/The-real-life-Blair-Witch-Hiker-terrified-finds-bizarre-shrine-missing-people-middle-woods-altar-twigs.html
http://patch.com/new-york/sachem/s/fwjt6/viral-video-shows-missing-person-shrine-found-in-long-island-woods
https://www.reddit.com/r/videos/comments/55s9uy/long_island_man_finds_strange_campsite_in_forest/#bottom-comments
https://www.facebook.com/dateline420
https://www.youtube.com/watch?v=sZJ7xWTLQqY
https://www.youtube.com/watch?v=0QCgY-XIxmE