A história de Carmen Winstead é uma lenda urbana sobre uma garota de 17 anos que foi empurrada em uma boca de esgoto por cinco meninas que ela achava que eram suas amigas. A lenda urbana é contada e repassada na forma de "e-mail-corrente", no qual, quem não acredita e não repassa a mensagem, teria um destino idêntico ao de Carmen Winstead...
Finalizada a hora do almoço escolar, a professora comunicou aos alunos que a junta diretiva havia planificado um simulacro de incêndio em que todos deviam participar.
Pouco depois, soou o alarme e os alunos saíram para se reunir no pátio. Era um dia caloroso, com o céu claro e um sol que ardia na pele, enchendo as testas dos estudantes com pequenas gotas de suor.
A professora começou a fazer a chamada. Todos levantavam a mão e diziam "presente" de forma mecânica, consumidos pelo tédio. No entanto, uma garota de um grupo de cinco amigas se fixou no fato de que Carmen (uma colega de classe) estava de pé do lado de uma boca de esgoto que estava sem tampa há semanas, e ainda faltava bastante para que a professora lesse o seu nome.
Seus olhos brilharam. Carmen Winstead estava entre as últimas da longa lista organizada em ordem alfabética: O que aconteceria quando a chamassem, se ela caísse no esgoto?
"Carmen está no esgoto!", todos poderiam fazer coro e então todos soltariam gargalhadas e a pobre Carmen seria o alvo do deboche.
Quem sabe, inclusive poderiam terminar batizando-a de "A Garota do esgoto". Era a oportunidade de quebrar o tédio e fazer uma história perfeita, de modo que comunicou discretamente a ideia a suas quatro amigas e todas começaram a se comprimir em torno de Carmen, fingindo tropeços desajeitados para assim, empurrá-la sem que aquilo parecesse premeditado...
A manobra foi perfeita, Carmen mal emitiu um som de queixa quando a derrubaram e quando foi a vez da sua chamada, as cinco garotas começaram a gritar: "Ela está no esgoto! Ela está no esgoto!".
Um mar de gargalhadas desatou-se, mas os risos começaram a silenciar quando a professora se aproximou para ver e, antes de que emitisse palavra alguma, girou e olhou a todos com a expressão impregnada de angústia e terror.
A situação não inspirava riso alguma: Carmen havia caído de cabeça no buraco e ao bater no fundo, sua cabeça virou para um lado em uma posição totalmente impossível, seu rosto estava quase sem pele após ter raspado contra as paredes do buraco na queda e estampava uma careta horrível como se tratasse de gritar e não tivesse tido tempo suficiente. O sangue escorria em uma poça que se misturava com o excremento úmido e fedorento que impregnava todo o seu corpo.
As cinco garotas se aproximaram para ver. Uma lágrima correu timidamente na bochecha da autora da piada enquanto seus olhos atônitos contemplavam como uma barata jazia sobre o que alguma vez foi o rosto de Carmen, movendo suas antenas como para ver se tudo estava bem. Mas nada estava bem, e ela e cada uma de suas amigas se sentiram como um daqueles repulsivos insetos quando a polícia veio e determinou que Carmen havia quebrado o pescoço e estava morta.
Segundo disseram, Carmen ao cair chocou contra as escadas metálicas, de tal forma que perdeu o rosto e depois quebrou o pescoço ao bater contra o cimento.
Minutos depois levaram o cadáver de Carmen, acompanhado por uma procissão de moscas cujos zumbidos eram quase o único ruído no meio do fúnebre silêncio. Naquele dia houve um interrogatório e todos deviam comparecer.
No interrogatório as cinco garotas disseram que foi um acidente e que elas foram testemunhas. A polícia acreditou e o caso de Carmen Winstead foi fechado, mas algo ainda mais sinistro havia começado...
Meses depois, colegas de classe da falecida Carmen começaram a receber e-mails intitulados: "Empurraram-na" e o texto dizia que Carmen havia sido empurrada, que sua morte não havia sido um acidente. Também, as mensagens diziam que os culpados deviam assumir a responsabilidade do crime, pois caso contrário haveria terríveis consequências. A maioria pensou que e-mails eram uma farsa elaborada por alguém que queria se divertir causando temor, mas outros não estavam tão certos.
Passados alguns poucos dias depois da corrente de e-mails, a garota que criou o plano para ridiculizar Carmen estava tomando banho quando de repente ouviu uma estranha risada. Fechou o chuveiro para ouvir melhor: a risada parecia vir do interior da ducha.
Talvez estava ficando louca? Aterrorizada, se secou rapidamente, se vestiu, deu boa noite a sua mãe nervosamente e foi dormir mais cedo que de costume. Cinco horas depois, sua mãe se acordou ao ouvir a porta de entrada bater. Sua filha não estava no quarto nem em local algum da casa.
Chamou à polícia, mas os agentes pouco podiam fazer a respeito, já que não podia ser feita uma denúncia de pessoas desaparecidas até que decorressem 48 horas, mesmo assim prometeram à desconsolada mãe patrulhar as ruas próximas para achar a sua filha. A procura dos familiares e amigos também não teve sucesso e a garota não apareceu aquela noite.
Na manhã seguinte, enquanto o servente do colégio limpava as folhas secas do pátio, viu que a tampa do esgoto (que haviam voltado a colocar após a trágica morte de Carmen) havia sido levantada e colocada a um lado. Ao se aproximar, descobriu algo realmente aterrorizante. Ao que parecia, a garota desaparecida havia removido a tampa antes de se jogar de cabeça no buraco onde se encontrava no fundo com o pescoço quebrado marcada pelos impactos sofridos contra as escadas metálicas ao cair. Uma morte quase idêntica à que sofreu Carmen.
O mesmo destino esperava às outras quatro culpadas da morte de Carmen. Depois da morte de mais uma de modo idêntico, uma equipe da prefeitura soldou a tampa de esgoto para que ninguém mais pudesse abri-la. No entanto isso não pareceu impedir à terceira vítima de arrancá-la do chão, algo que requeria uma força descomunal. Evidentemente que isso foi a gota d'água e decidiram colocar vigilância durante 24 horas naquele perigoso ponto de encontro para "suicidas".
As duas vítimas restantes morreram da mesma forma, mas o espírito de Carmen nessas ocasiões, teria guiado elas até os bueiros próximos de seus domicílios, sem que a vigilância pudesse frustrar seus planos. Uma por uma caíram nos esgotos, perdendo o rosto e quebrando o pescoço. Todas dormiam antes de suas trágicas mortes, nesse momento quando se encontravam mais vulneráveis, Carmen aproveitava para possuir seus corpos e guiá-las como fosse um caso de sonambulismo levando-as para uma morte tão cruel como a que ela havia sofrido.
Mas a sequência de mortes não parou aí, já que posteriormente outros colegas de classe de Carmen também foram encontrados mortos em diferentes esgotos, com o pescoço quebrado. Eles e elas também estavam dormindo antes de aparecerem mortos...
É muito perturbador pensar que todos os outros colegas mortos não haviam acreditado nos e-mails que afirmavam que Carmen havia sido empurrada. Talvez o espírito de Carmen estivesse se vingando? Poderia isso explicar mortes tão estranhas em que ninguém entendia como os corpos haviam ido parar nos esgotos sem que ninguém notasse as vítimas se dirigindo ao lugar derradeiro?
O espírito de Carmen Winstead andava solto e, quem não acreditasse que ela havia sido empurrada, corria o risco de ser castigado com uma morte semelhante à de Carmen, morte que cairia sobre ele ou ela durante as horas do sono...
Nota: O AssombradO.com.br, sentiu que precisava investigar esta lenda urbana e a conclusão é que se trata apenas de um conto:
Em outubro de 2006, uma história assustadora sobre uma adolescente morta por uma queda em um esgoto após cinco outras meninas a empurrarem, começou a circular em e-mails e na rede social MySpace.
Mas nenhuma adolescente chamada Carmen Winstead morreu de tal forma, em Indiana, EUA, local assinalado como origem do incidente nas irritantes correntes de mensagens em redes sociais estadunidenses.
Às vezes, essa mensagem chega na caixa de entrada de e-mails com alterações, tais como o nome da vítima ser Jessica Smith, assim como o lugar ser outro em qualquer estado Norte-americano. Ainda assim, não existem reportagens ou mesmo quaisquer registros de um incidente com essas características ter acontecido na terra do Tio Sam.
Se trata apenas de uma história fictícia repassado em forma de corrente nas redes sociais que se tornou viral por volta de 2006, assim como recentemente o marketing viral do filme The Gallows ("A Forca"), foi ultra-compartilhado nas redes sociais na forma do desafio "Charlie Charlie Challenge", apenas que o modo da corrente apela para a "má sorte" conforme a mensagem não seja repassada e dando o exemplo de que "fulano não repassou e acabou morto em circunstâncias terríveis."
Tradução/Adaptação: rusmea.com & Mateus Fornazari
Fontes: