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O corpo de um homem encontrado nas margens de uma represa com características muito estranhas, leva pesquisadores a creditar sua morte como sendo resultado da ação de extraterrestres, pela semelhança com os casos de mutilação animal. As fotos são chocantes. Vamos saber mais sobre o Caso Guarapiranga...
Assombrados, me lembro quando era adolescente, lá em 1997 e fui na banca de revistas procurar material voltado ao desconhecido e me deparo com a revista Extra, com uma capa mostrando a foto de um homem faltando pedaços do rosto, além de outras bizarrices. Eu comprei na hora e ela fez parte da minha coleção particular por anos, até que um dia eu vendi e infelizmente não encontro mais em nenhum sebo para comprar. Eu li a história e fiquei pensativo quando as coisas que os extraterrestres poderiam fazer com os humanos. Eis que semanas atrás, o ufólogo Thiago Ticchetti me passou pelo whatsapp um link de uma matéria da revista UFO publicada em 2002 com um desfecho diferente deste caso, tratando os ferimentos não como ação e extraterrestres, mas sims de animais. Assim, resolvi resgatar esse caso, que acredito que muitos desconheçam e trazer um resumo aqui e vídeo para o canal no Youtube. Vamos saber mais sobre o Caso Guarapiranga.
O Artigo da Revista UFO nº 25
Nesta edição da Revista UFO, publicada em setembro de 1993, um artigo bombástico foi publicado pela articulista estreante em UFO Encarnación Zapata Garcia. No artigo ela escreva sobre um homem que havia sido encontrado com estranhas marcas de mutilação em seu corpo, semelhante àquelas encontrada em casos de mutilações de animais em todo o mundo, e que frequentemente são ligadas a fenomenologia de natureza ufológica, ou seja, aos tripulantes de OVNI`s.
O artigo esta liberado para leitura gratuita no site da Revista UFO, e resumindo, Encarnación Zapata Garcia diz que tomou conhecimento do caso através do conceituado médico paulista, o dermatologista Rubens Góes, que obteve informações dele através de seu primo (Rubens Silvestre Marques ) perito criminal do Governo de São Paulo, na época. Rubens Góes mostrou a Encarnación Zapata, as fotografias do corpo de um homem estranhamente mutilado, em cujo cadáver mutilado, ele percebera a semelhança com as marcas encontradas em animais comprovadamente mutilados por tripulantes de OVNI`s e registrados em todo o mundo pela casuística ufológica. Eram sete fotografias, coloridas do corpo do mutilado. Encarnación, então, ligou para o Dr. José Roberto Cuenca, promotor de Justiça do Estado de São Paulo, o qual era responsável pelo caso.
Foi então marcada um dia para uma entrevista. Através do Dr. José R. Cuenca, Encarnación quase conseguiu a fortuita exumação do cadáver. Infelizmente, ele já havia sido exumado e transferido para outro cemitério pela família do morto. Dois meses depois, entretanto, o Dr. Cuenca conseguiu localizar o processo do caso, e colocou-o à disposição de Encarnación.
Segundo a pesquisadora, o documento revelava que o cadáver fora encontrado em 29 de setembro de 1988, vestindo apenas uma cueca. Ele teria 40 anos e apresentava várias marcas pelo corpo devido à ação de urubus. Foi, então, instaurado inquérito policial para investigar-se o caso. O Boletim de Ocorrência (B.O.) afirmava que não haviam sinais de violência ou luta corporal.
Ainda, segundo Encarnación, o Corpo de Bombeiros improvisou uma maca para a retirada do corpo do local. Esta maca aparece no fundo das referidas fotografias. O Laudo do Corpo de Delito, também adquirido por Encarnación, trazia informações importantes a favor da legitimidade ufológica do caso.
E mais, a vítima apresentava características de reação vital, ou seja: sofreu tortura. Simplesmente, a vítima estava viva quando foi atacada e teve seus órgão (pelo menos alguns deles) tocados, cortados e removidos.
Após analisar as Sete fotos acima com lupas, Encarnación relacionou os ferimentos com as marcas deixadas em animais durante as mutilações animais, tema que já explorei aqui no blog. Diversos tipos de animais mutilados por alienígenas tiveram lábios, línguas e orelhas cortados e extraídos cirurgicamente, além de ânus, reto e partes moles do corpo. Exatamente como aconteceu com o homem desconhecido e enterrado como indigente. Portanto, o pobre homem tinha sido vítima de extraterrestres!
As Sete Fotografias
As imagens são fortes, e não posso colocar elas aqui, portanto vou colocar com efeito. Para ver as fotos, acesse o site Fenomenum. Aliás, a descrição das fotos aqui é a mesma de lá, com ligeiras adaptações.
Na foto acima temos uma ampliação da fotografia da face do cadáver. |
Detalhe mostrando uma incisão na virilha esquerda do cadáver. Esta incisão é idêntica às encontradas nos outros casos de mutilação de animais. |
Conclusão de Encarnacion
No artigo publicado na revista, ela conclui dizendo:
Dentro do padrão das mutilações de animais, o corpo de Guarapiranga não apresentava sinais de ter sofrido ação de predadores - que nunca se aproximam de carcaças tratadas por alienígenas
Igualmente, fica descartada de antemão qualquer hipótese que envolva animais predadores. Tudo indica que os urubus mencionados pelo delegado de plantão apenas sobrevoaram o corpo sem atacá-lo, a exemplo do que acontece nos casos de mutilação por ETs, de forma alguma poderiam ter sido eles - ou quaisquer outros predadores de carniça - os causadores dos cortes, pela precisão exemplar com que foram ministrados. Por outro lado, se o homem tivesse sido vítima de assassinato comum, seus restos com certeza estariam destroçados pela ação dos urubus e outros carniceiros - que, neste caso, permaneceram à distância. Isso é muito significativo, pois de lugares onde há pouso de UFOs e aparecimento de ETs, animal nenhum se aproxima até vários meses ou anos após o ocorrido. E no caso das mutilações de animais, as carcaças podem ser encontradas sem sinais de depredação ou mesmo de apodrecimento após vários dias. Coincidências? Duvido.
No parecer dos diversos médicos que avaliaram este caso, ainda pairam muitas dúvidas quanto ao tipo de manchas de estranha coloração que circundavam os ferimentos. Quanto a ação de animais, sugerida na carta, creio que as hipóteses de pássaros ou roedores não explicaria o tipo de cortes aqui apresentados. No que diz respeito à primeira pergunta, os legistas foram unânimes: "Desconhecemos máquina com tal capacidade", responderam ao delegado da Equipe F, Por fim, em resposta à quarta pergunta, declararam: "Sim. existem vários casos semelhantes..." Isso é simplesmente estarrecedor!
É claro que a conclusão de Encarnación não convenceu muita gente, que dizia que simplesmente as marcas no corpo eram ação de predadores e nada mais. Já a 25ª Delegacia de Polícia (DP) tinha concluído que o corpo havia sido mutilado por urubus e ratos.
Quatro anos depois o caso ganhou a mídia novamente. O Caso Guarapiranga foi noticiado no jornal Notícias Populares em de 27 de abril de 1997, Diário Popular, de 20 de julho, e na revista Extra, que me referi acima, em agosto do mesmo ano. Em 15 de outubro de 1997 uma grande surpresa, no Programa do Ratinho, quando o pesquisador e jornalista Saulo Gomes, que também investigou o Caso Guarapiranga, anunciou, com exclusividade para todo o Brasil, que o caso ocorreu na Represa Billings, e não na Guarapiranga.
O Artigo da Revista UFO nº 80
Passados 9 anos da publicação desse artigo, a revista UFO publicou na sua edição de julho de 2002 um novo artigo sobre o caso, escrito por Claudeir Covo, com novas informações esclarecem o macabro Caso Guarapiranga, onde o polêmico caso da ufológica brasileira foi desmistificado com o emprego da apropriada investigação científica.
Claudeir Covo, co-editor da revista e reconhecido como um dos principais pesquisadores brasileiros, nunca se convenceu da hipótese apresentada em UFO 25, reabriu o caso Guarapiranga e investigo-o a fundo. O resultado de suas diligências são tranquilizadores: a vítima do polêmico incidente não contou com a ajuda de ETs. Bastou uma bela dose de Gardenal com bebida alcoólica para que caísse morto, e os predadores fizeram o resto. O artigo esta liberado no site da UFO para você eler ele completo.
A pesquisa de Claudeir tem bastante informações novas e inicia identificando a vítima, Joaquim Sebastião Gonçalves, que sofria do mal de Chagas e de epilepsia. Ele tomava o medicamento Gardenal. Lamentavelmente bebia muito, e quando morreu tinha 53 anos. Ele não morava próximo do local onde foi encontrado, mas sempre ia lá pescar. Estava desaparecido havia três dias. Ele chegou em um dos braços da Represa Billings, no Jardim Recanto do Sol, Bairro Bororó, São Paulo, tirou a roupa, ficando só de cueca, e a colocou em uma maleta, que escondeu no meio da mata. Atravessou a represa, que tem uns 80 m, e foi pescar do outro lado. Contornando-se o braço da represa é possível chegar ao outro lado por terra. A mistura do medicamento com álcool provavelmente provocou seu desmaio, no meio da mata. Sem ninguém para socorrê-lo, o corpo ficou à mercê dos ratos e urubus por cerca de 24 horas. Como não tinha qualquer reação, acabou sendo atacado vivo e devorado parcialmente pelos animais predadores.
Durante o dia, um garoto que estava caminhando na mata, caçando passarinhos com um estilingue, encontrou o corpo coberto de urubus. Saiu de lá rapidamente, contornou o braço da represa e avisou os moradores das proximidades. Um deles ligou para a polícia e agentes da 25ª DP, de Santo Amaro, compareceram ao local, requisitando em seguida o Corpo de Bombeiros. Sob o comando do bombeiro sargento Milton de Souza Guedes, os sargentos Elifas Morais Alves e Urban chegaram no local e atravessaram o braço da represa com o auxílio de um barco. Como havia vários curiosos, Antônio Gomes Filho, que mora nas proximidades e aluga barcos para pescadores, emprestou um barco para aquelas pessoas. Com uma lona e dois caibros, os bombeiros levaram o corpo de Joaquim para a margem oposta, onde a polícia o fotografou. Ana Joaquim Bevilaqua Rosa e seu irmão, Alcides Bevilaqua Joaquim, também acompanharam tudo de perto.
Na investigação, fuma pergunta surgiu: foi ação de urubus e ratos? Para tirar a dúvida o perito criminal Eduardo Roberto Alcântara Del Campo, que, juntamente com o sargento Guedes, do Corpo de Bombeiros, fez um levantamento detalhado do local onde a vítima foi encontrada. Em seu laudo, Del Campo é taxativo quando narra o depoimento do sargento Guedes. “Disse que, ao chegar para resgatar o corpo, este estava desnudo, apenas trajando cuecas de malha, e que, sobre o corpo, havia cerca de vinte urubus, aves reconhecidamente necrófagas”. Aqui é muito importante ressaltar que os urubus estavam sobre o corpo, ou seja, em contato físico. As aves espetam as unhas na carne do corpo e vão comendo as partes moles. Del Campo requisitou o corpo de um cachorro à prefeitura e o levou para o local. Durante três dias acompanhou o que estava acontecendo. Os urubus e os ratos atacaram. Em apenas dois dias não havia mais nada. Até os ossos desapareceram. Uma das fotos do corpo desse cachorro foi anexada ao processo.
O sargento Guedes nos confirmou que, quando chegou no local, havia uma grande quantidade de urubus comendo o corpo da vítima. Cerca de dez dias depois, atendeu uma ocorrência exatamente igual, esta sim na Represa Guarapiranga. Disse ainda que narrou com detalhes a Del Campo o que viu: a vítima havia perdido muito sangue pelos diversos buracos existentes em todo seu corpo. O bombeiro e sargento Elifas, atualmente segundo tenente, também confirmou que os urubus estavam atacando o cadáver. Ele ainda ficou muito surpreso com a hipótese extraterrestre. Segundo ele, naquela época era bastante comum a desova de cadáveres à beira das Represas Billings e Guarapiranga. Entre 1970 e 1998, foram mais de mil cadáveres nessas condições só na grande São Paulo, sendo uma boa parte à beira das represas citadas.
O doutor Del Campo também afirmou ter observado um grande número de animais e insetos necrófagos no local, principalmente pequenos roedores e urubus, que atacam primeiramente as partes moles e pregas naturais, pela facilidade de ataque, ou aquelas onde o odor é mais intenso, pela atração que exercem nesses animais, como pálpebras, olhos, orelhas, nariz, lábios, bolsa escrotal, ânus, cicatriz umbilical, pregas interdigitais e axilas.
Testemunhas viram urubus comendo o homem. Uma delas é Antônio Gomes Filho, 83 anos, que mora no local há mais de quinze, lembra detalhadamente do dia em que encontraram o corpo. Ele afirma ter visto os urubus e carcarás comendo “aquele coitado”. Fatos semelhantes seriam bastante comuns na região. Ana Joaquim Bevilaqua Rosa, 53 anos, moradora do local há mais de vinte, também acompanhou tudo de perto. Ela contou ainda que, há menos de um ano, viu um cachorro com problemas em uma das patas, do outro lado da represa, que estava sendo atacado vivo pelos urubus. Em outra ocasião, há uns seis meses, um cavalo morreu às margens da represa. Curiosa, ela se aproximou para observar. E ficou assustada ao ver a barriga do cavalo se mexendo. Logo depois, começaram a sair vários urubus de dentro dela. “Nunca vi nada igual”. Seu irmão, Alcides Bevilaqua Joaquim, 55 anos, acompanhou tudo de longe, e afirmou nunca ter visto nada de estranho na região, nem Chupacabras, nem disco voador.
Portanto, conclui, nada de ataque extraterrestre, mas sim, ataque de animais.
Outras Mutilações Estranhas
Outras estranhas ocorrências também foram levadas para a casuística ufológica sem uma pesquisa mais aprofundada.
- Olívio Correia: Um desses casos envolveu o agricultor Olívio Correia, de Estância Velha (RS), que tinha problemas mentais. Em julho de 1995, Olívio bebeu muito e, ao retornar para casa, desmaiou no meio da mata. Talvez tenha entrado em coma alcoólico. Quando acordou, estava sem os dois globos oculares. A própria polícia investigou a possibilidade do agricultor ter sido atacado por urubus, por alguma quadrilha de roubo de órgãos ou mesmo ter sido vítima de rituais de magia negra. A polêmica ficou ainda maior quando o Instituto Médico Legal (IML) de Porto Alegre concluiu o laudo, informando que os olhos foram retirados cirurgicamente — o que foi desmentido posteriormente pelo doutor Marco Aurélio Becker, presidente do Conselho Regional de Medicina local. Assim, alguns jornalistas acabaram publicando que ETs haviam roubado os globos oculares de Olívio. Um ano depois, o inquérito policial concluiu que os olhos do agricultor tinham sido arrancados por predadores naturais.
- Alzira Maria de Jesus: Outro fato semelhante envolveu Alzira Maria de Jesus. Em 24 de junho de 1999, na cidade de Santa Izabel, relativamente próxima a São Paulo, ela foi encontrada morta na cama, sem o rosto. Autoridades disseram que a pele, o nariz, a língua, os olhos e a orelha esquerda tinham sido retirados com precisão cirúrgica. Os dois médicos legistas do IML, que assinaram o laudo 473/99, afirmaram que Alzira faleceu devido a uma pneumonia bilateral e a um choque séptico. Sua face, segundo eles, teria sido desfigurada por roedores.
Alzira Maria de Jesus sem o rosto! |
Fontes (Acessadas em 25/08/2018):
- Revista UFO: Mutilação de Humanos - Caso Guarapiranga: será esta a temida seqüência das mutilações de animais?
- Revista UFO: Novas informações esclarecem o macabro Caso Guarapiranga
- Revista UFO 25
- Revista UFO 80
- Resumo Blog: O Caso Guarapiranga
- BURN: Caso Guarapiranga