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Ataque de "Chupa-Cabras"? Demônio? Homem Alega ter Lutado Usando os Próprios Punhos Contra Estranha Criatura, no Equador!

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Por Marco Faustino

Se tem algo que faço questão de trazer ao conhecimento de vocês, são casos relacionados a América Latina, visto que sou um verdadeiro aficionado quando se trata de assuntos que envolvam todo folclore e a riqueza cultural dos nossos vizinhos (embora nem todos os países sejam fronteiriços ao nosso). Apesar de não ser completamente apaixonado por lendas, admiro a forma como elas teriam sido supostamente originadas, o que os antigos povos indígenas pensavam, além da maneira pela qual todo um determinado contexto começou a ganhar outras formas e conotações conforme as regiões foram colonizadas e outras religiões acabaram predominando sobre as mesmas. Além disso, existe todo um fortíssimo conjunto socioeconômico, que tem poderosa influência em casos pretensamente paranormais e sobrenaturais, que geralmente ocorrem em regiões isoladas, ou até mesmo em cidades e bairros com condições muito difíceis, precárias ou que foram completamente abandonados pelo poder público, que acabam sendo divulgados pelos mais diversos veículos de comunicação. Como se tudo isso não bastasse, esses mesmos veículos de comunicação normalmente não fazem muita questão de irem a fundo nas histórias que propagam ou então distorcem a conotação e o contexto original, fazendo com que o restante do mundo acredite somente em uma determinada versão, e não nas versões mais humanas e mais prováveis.

Já em relação ao "chupa-cabras", acredito que a última vez que falei propriamente sobre essa lendária criatura foi exatamente há um ano, em uma postagem que comentei sobre três supostas ocorrências do "chupa-cabras", em diferentes localidades do mundo. A primeira ocorrência teria sido no cemitério da cidade de Merrimack, em New Hampshire, nos Estados Unidos. O segundo caso teria acontecido na cidade de Piracicaba, no interior do Estado de São Paulo, aqui mesmo no Brasil. Já o terceiro caso era uma história bem estranha, que vinha do vilarejo de Rukshyn, na Ucrânia. Resumindo? Três localidades completamente diferentes e distantes entre si, que moradores ou a mídia local estavam apontando como se os casos estivessem relacionados ao "chupa-cabras". Evidentemente, assim como costumamos fazer, investigamos cada um dos casos para apresentar a mais provável verdade por trás de cada um deles. Foi uma postagem bem extensa, porém bem detalhada, e que vale muito a pena que vocês confiram (leia mais: Coincidência? Três Supostos "Chupa-Cabras" Foram Registrados em Localidades Diferentes ao Redor do Mundo em Menos de Uma Semana!).

Recentemente, no entanto, me deparei com um caso completamente inusitado e peculiar, que teria acontecido no povoado de Armenia, na província de Pichincha, no Equador. Um senhor chamado Casimiro Flores, 59 anos, disse ter sido atacado por uma criatura peluda, com cerca de 1 metro de altura e que possuía asas, enquanto atravessava um riacho próximo ao local onde morava, em plena luz do dia! Para vocês terem uma ideia, teriam sido momentos de pânico, porque ele alega ter lutado por cerca de 10 minutos com a criatura, valendo-se apenas dos seus próprios punhos. Em um determinado momento, a suposta besta, que Casimiro acreditava ser um chupa-cabras, teria o derrubado no riacho e tentado arrastá-lo. Teriam sido momentos de pânico, onde Casimiro teria rezado pela própria vida. Ele acabou contando maiores detalhes de sua história, com exclusividade para um jornal equatoriano. O que será que teria atacado Casimiro? Vamos saber mais sobre esse assunto?

Algumas Informações Iniciais e Essenciais Sobre a Localidade e o Veículo de Comunicação que Começou a Propagar Toda Essa História


Antes de abordamos o caso propriamente dito é necessário que vocês conheçam o local onde tudo teria ocorrido. Afinal de contas, nada melhor do que se situar e saber um pouco mais sobre o lugar onde um determinado caso ocorre, não é mesmo?  Bem, o povoado de Armenia (que na verdade é interpretado como se fosse uma espécie de "bairro") está localizado na Paróquia de Nanegalito, que por sua vez pertence a Província de Pichinha, cuja capital é simplesmente Quito, que também é a capital do Equador.

Um detalhe curioso é que Nanegalito também pertence ao chamado Distrito Metropolitano de Quito devido a sua proximidade, aproximadamente 35 km (em linha reta) ou quase 70 km (distância na prática, que é percorrida em 1h40 de carro). Confira abaixo um mapa interativo do Google Maps:



Aliás, é interessante notar que para chegar até Nanegalito é necessário utilizar uma via secundária chamada de E28, se encaminhando assim para uma região predominantemente rural, repleta de fazendas, campos abertos e ao mesmo tempo de mata fechada, além de pequenos comércios à beira da estrada.  Ao longo da E28 nota-se pequenos povoados, sendo que um deles é justamente o povoado de Armenia. Conseguiram entender a localização?

Mapa mostrando a exata localização da Paróquia de Nanegalito, assim como as demais divisões administrativas
que existem nos arredores de Quito, capital do Equador
Imagem aérea mostrando um trecho da Paróquia de Nanegalito
Foto do centro da Paróquia de Nanegalito
Por outro lado é possível encontrar na região diversos hotéis e spas com acomodações modernas e até mesmo luxuosas, visto que a localidade abriga diversas reservas ambientais, e esse contato com a natureza acaba atraindo muitos turistas e moradores de Quito que buscam um pouco de tranquilidade diante do cotidiano agitado da capital.

Para vocês terem uma ideia, a Paróquia de Nanegalito (composto pelos povoados de Tulipe, Santa Elena, Cartagena, Miraflores, La Armenia, Tandayapa, San Tadeo. Los Dos Puentes e San Sebastián del Pachijal) possui aproximadamente 4.000 habitantes, então estimamos que somente o povoado de Armenia (lembrando que esses povoados podem ser considerados como se fossem "bairros") tenha muito menos do que isso.

Mapa mostrando a localização do povoado de "La Armenia", em relação a Paróquia de Nanegalito
Uma das principais atividades comerciais em Nanegalito é justamente a venda de artesanato local
Além das atividades comerciais, que incluem a venda de artesanato local, os moradores basicamente sobrevivem através da exploração madeireira e de práticas agrícolas, entre elas a produção de frutas cítricas, mamão, tomate, yuca e banana, assim como a produção e comercialização de leite. Tudo isso a 1.500 metros de altitude e uma temperatura média de 18 a 20ºC. Enfim, aparentemente, esse seria um local bem agradável de se passar um fim de semana caso a pessoa gostasse de estar literalmente no meio da natureza.

Agora que já conhecem um pouco mais sobre o local onde tudo teria acontecido, precisamos contar a vocês, que o caso foi divulgado com exclusividade por um jornal chamado Diario Extra, no Equador. Na verdade, esse jornal é uma espécie de tabloide de caráter sensacionalista, que costuma divulgar imagens sem qualquer tipo de censura, principalmente envolvendo assuntos policiais, se é que vocês me entendem. Não é nem preciso dizer, que vira e mexe, esse jornal arruma problemas com as autoridades do Equador, principalmente políticos. Além disso, eles geralmente eles fazem nenhuma questão de ratificar o que publicam, o que acaba gerando a imposição de diversas multas.

Na verdade, esse jornal é uma espécie de tabloide de caráter sensacionalista, que costuma divulgar imagens sem qualquer tipo de censura, principalmente envolvendo assuntos policiais, se é que vocês me entendem
Não é nem preciso dizer, que vira e mexe, esse jornal arruma problemas com as autoridades do Equador, principalmente políticos. Além disso, eles geralmente eles fazem nenhuma questão de ratificar o que publicam, o que acaba gerando a imposição de diversas multas
Inicialmente, eles tinham uma vertente bem erotizada, porém com o passar do tempo, adotaram um tom mais moderado, embora quase sempre é possível encontrar a imagem de alguma mulher ou modelo seminua estampando a primeira capa do jornal. Enfim, o jornal tem mesmo esse "caráter popular", fazendo com que o mesmo seja um dos jornais diários mais vendidos do país.

Conheça o Caso Relacionado ao Encontro do Morador Casimiro Flores com um Suposto "Chupa-Cabras", no Povoado de Armenia, no Equador


No dia 14 de junho desse ano, o site do jornal "Diario Extra" publicou uma matéria intitulada "Se dio de puñetes con el 'chupacabras'" ("Deram Socos no Chupa-Cabras", em uma tradução livre para o português), relatando que o solo debaixo dos pés de um homem chamado Casimiro Flores, 59 anos, havia sido abalado, quando ele sentiu que algo havia "caído" atrás dele, no dia 6 de junho desse ano. Ao se virar para ver o que tinha acontecido, ele teria se deparado com um estranho animal exibindo presas afiadas. A suposta criatura era da altura da cintura de Casimiro, que por sua vez mede 1,70 m.

Em um movimento rápido, a suposta criatura avançou em direção a Casimiro que, assustado, deixou sua machete (uma espécie de facão) cair no riacho, no qual ele estava atravessando. Portando-se como um verdadeiro boxeador, Casimiro teria começado a dar socos no focinho da tal criatura. Em entrevista para o jornal, Casimiro disse que, em um determinado momento, sua mão esquerda raspou no dente da criatura, cortando assim o seu dedo médio. O homem também disse que o animal estava arranhando o seu corpo, e não queria deixá-lo ir embora. Casimiro contou que começou a rezar, clamando por ajuda divina. Para vocês terem uma ideia, a situação teria sido tão desesperadora, que ele chegou a pensar, que aquela presença era uma "obra do demônio", porque os olhos da suposta criatura pareciam arder (ou queimar), em um tom avermelhado e intenso.

No dia 14 de junho desse ano, o site do jornal "Diario Extra" publicou uma matéria intitulada "Se dio de puñetes con el 'chupacabras'" ("Deram Socos no Chupa-Cabras", em uma tradução livre para o português), relatando que o solo debaixo dos pés de um homem chamado Casimiro Flores, 59 anos, havia sido abalado, quando ele sentiu que algo havia "caído" atrás dele, no dia 6 de junho desse ano.
Durante a "luta", por assim dizer, esse senhor teria percebido que seu "oponente" tinha cerca de três dedos com garras afiadas, porém seu rosto se parecia mais com um cachorro, de coloração marrom, e com as orelhas pontiagudas. Além disso, a suposta criatura tinha asas negras, um torso bem peludo, e ficava em pé com a ajuda de apenas duas patas bem finas.

Entretanto, durante essa "luta", Casimiro caiu de costas na água e, mesmo assim o suposto animal não o deixava ir, muito pelo contrário, a criatura teria se aproveitado da aparente "vulnerabilidade" do homem para arrastá-lo como se fosse "saco de penas", ou seja, com muita facilidade. Desesperado, ele conseguiu pegar uma pedra do riacho, e atirou na cabeça da tal criatura. O suposto animal teria emitido um som, semelhante um a cachorro ganindo, aberto suas asas e então voado para longe.

Então, Casimiro teria levantado, e percebido que suas roupas estavam completamente encharcadas e repletas de lama. Imediatamente, ele começou a correr pelo meio da floresta, rezando a oração do "Pai Nosso". Ele chegou em casa, após cerca de uma hora, totalmente pálido, para o espanto de sua esposa, chamada Elsa Flores.

Entretanto, durante essa "luta", Casimiro caiu de costas na água e, mesmo assim o suposto animal não o deixava ir, muito pelo contrário, a criatura teria se aproveitado da aparente "vulnerabilidade" do homem para arrastá-lo como se fosse "saco de penas", ou seja, com muita facilidade
De acordo com um infográfico publicado pelo site do jornal "Diario Extra", que apresentaremos em seguida, devidamente traduzido para vocês, Casimiro teria saído de casa por volta das 6h da manhã, chegando, após 15 minutos até um caminho conhecido como "El Chaquiñán", seguindo por uma trilha passando por dentro de uma região florestal. O ataque teria começado por volta das 6h30, enquanto ele cruzava o rio Alambi, e durado cerca de 10 minutos. Após cerca de 1h o homem teria chegado em casa.

"Ele espumava pela boca. Tive que ampará-lo e colocá-lo no quarto", lembrou sua esposa, cerca de uma semana após o suposto ataque. Ela o colocou na cama, e correu para a cozinha onde pegou um "ovo", e realizou uma espécie de ritual xamânico de purificação em seu marido.

Infográfico devidamente traduzido do "Diario Extra" mostrando como teria sido a sequência de acontecimentos
O Corpo de Bombeiros também teria sido chamado, e paramédicos teriam comparecido a casa de Casimiro. Entre eles estaria uma paramédica chamada Silvia Dávalos, que teria confirmado que o homem tremia muito. Os paramédicos teriam aferido a pressão de Casimiro, que estava muito alta. Além disso, seu coração estava bem acelerado. Silvia teria dito, que os sintomas apresentados por Casimiro indicavam que ele tinha passado por um "medo extremo." Porém, ela não quis confirmar se poderia ter sido ou não o ataque de um animal.

Casimiro, que trabalha como mestre de obras, ainda não havia superado o medo. No seu peito e no seu abdômen ainda estavam as marcas de arranhões. Ele fez questão de levantar sua camisa, e apontar os ferimentos que teria sofrido diante das câmeras. Sua voz tremulava ao descrever o que aconteceu. Ele chegava a fazer uma breve pausa, antes de contar cada passagem de sua história.

Mapa mostrando a região de Nanegalito, assim como diversos outros povoados. Na imagem também são mostradas algumas outras localidades, teleféricos, estradas, vias secundárias, locais de hospedagem, trilhas e os animais que habitam as respectivas regiões.
"Naquele dia, eu me levantei às 6h para trabalhar. Para chegar ao trabalho é necessário atravessar uma estrada conhecida como El Chaquiñán", disse Casimiro. Em relação ao dia do ataque, ele se recordou de ter tomado uma xícara de café, vestido uma camisa antiga do Barcelona, um time da Espanha, colocado um chapéu na cabeça, pegado uma machete e, então, saído de casa. Enquanto isso, sua esposa, a Elsa, deu início as suas tarefas domésticas.

"Tive um forte pressentimento, e isso foi confirmado quando meu marido chegou como se estivesse possuído pelo Diabo", disse Elsa, pressionando a mão contra o peito. O incidente, no entanto, acabou gerando uma certa apreensão nos moradores de Armenia, vistos que os mesmos continuavam contando como tinha sido a luta entre Casimiro e o suposto "chupa-cabras" devido as características físicas mencionadas por ele.

O incidente, no entanto, acabou gerando uma certa apreensão nos moradores de Armenia, vistos que os mesmos continuavam contando como tinha sido a luta entre Casimiro e o suposto "chupa-cabras" devido as características físicas mencionadas por ele.
Uma mulher conhecida por "Lady Nicolalde", que possui um restaurante na entrada do povoado, acreditava que essa mesma "besta" tinha atacado uma ovelha poucos dias depois, no dia 10 de junho, sendo que o animal se encontrava na fazenda onde seu marido trabalhava. Naquele dia, ou seja, no dia 10 de junho, os funcionários da fazenda encontraram-na com a parte superior do pescoço totalmente dilacerada. No dia seguinte, o animal veio a falecer. Como prova do que havia ocorrido, "Lady Nicolalde" apresentou uma foto, dizendo que, apesar dos ferimentos, não havia a presença de sangue. De qualquer forma, o "chupa-cabras" não foi localizado.

De qualquer forma, o apelido de "chupa-cabras", não tinha sido o único nome, no qual esse "ser estranho" havia sido "batizado." Muitos moradores passaram a chamá-lo simplesmente de "Diabo". Já outros, no entanto, consideravam que o mesmo seria uma espécie de gárgula, um ser considerado mitológico, que apresentaria "características grotescas".

Uma mulher conhecida por "Lady Nicolalde", que possui um restaurante na entrada do povoado, acreditava que essa mesma "besta" tinha atacado uma ovelha poucos dias depois, no dia 10 de junho, sendo que o animal se encontrava na fazenda onde seu marido trabalhava. Naquele dia, ou seja, no dia 10 de junho, os funcionários da fazenda encontraram-na com a parte superior do pescoço totalmente dilacerada.
Brenda Castillo, proprietária de uma fazenda na região, também ouviu falar sobre o caso de Casimiro. Porém, ela disse tinha ouvido, que a vítima tinha sido levada para um hospital, e que suas roupas teriam sido rasgadas, algo que, a princípio, era muito diferente do que foi contado pelo próprio Casimiro. Embora tivesse dito que não sentia medo diante do ocorrido, ela disse que o incidente lhe despertava curiosidade. Ela chegou a mencionar, que poderia se tratar de uma nova espécie de animal, mas que não havia nada confirmado nesse sentido.

Fernando Proaño, ex-líder comunitário de Armenia, organizou uma busca na região florestal onde o suposto ataque ocorreu. Na segunda-feira retrasada (12), ele e os outros moradores chegaram ao local munidos de machetes, com o objetivo de investigar as redondezas e acalmar a população. Ele explicou que a região não era adequada para abrigar "tal tipo de animal". Além disso, os morcegos seriam os únicos animais, que tinham as características descritas por Casimiro. Por outro lado, segundo Fernando Proaño, eles seriam demasiadamente pequenos. De qualquer forma, ele contou que, algum tempo atrás, eles capturaram um puma negro, que estava comendo as ovelhas, acrescentando que essa espécie de mamífero rondava a região, assim como jaguatiricas e raposas.

De qualquer forma, ele contou que, algum tempo atrás, eles capturaram um puma negro, que estava comendo as ovelhas, acrescentando que essa espécie de mamífero rondava a região, assim como jaguatiricas (à esquerda) e raposas (à direita).
Casimiro Flores participou das buscas, porém nada foi encontrado. Ele contou que, por ser obrigado a passar pelo mesmo local que "havia lutado com o Diabo", todas as manhãs, ele passou a fazer uma oração pedido proteção divina. Ao cruzar o local, ele também passou a pedir a Deus para que o suposto monstro não aparecesse novamente.

De acordo com Óscar Pacheco, coordenador de atendimento pré-hospitalar do Corpo de Bombeiros de Quito, no Equador, Casimiro Flores apresentava ferimentos em seu corpo, que poderiam ter sido causados por pedras ou galhos. O morador teria explicado aos bombeiros, que caiu no riacho e, em seguida, correu em meio à vegetação.

De acordo com Óscar Pacheco, coordenador de atendimento pré-hospitalar do Corpo de Bombeiros de Quito, no Equador, Casimiro Flores apresentava ferimentos em seu corpo, que poderiam ter sido causados por pedras ou galhos
"Se um animal tivesse o atacado, o mesmo teria deixado um padrão em suas marcas", disse Óscar Pacheco. De acordo com ele, os arranhões apresentariam uma espécie de padrão, não como aquelas cicatrizes que Casimiro tinha em sua barriga e no peito. Além disso, animais silvestres causariam ferimentos muito mais profundos, e não apenas superficiais. Resumindo? Casimiro, teoricamente, não teria sobrevivido a um ataque desse nível. Apesar de Óscar Pacheco mencionar, que os bombeiros não foram notificados de casos semelhantes na região, ele não quis comentar sobre que tipo de animal poderia ter causado os ferimentos apresentados por Casimiro.

Curiosamente, Óscar admitiu que o terror, que Casimiro teria vivenciado, parecia ter sido mesmo autêntico. Ele alegou que não era possível fingir o medo, que Casimiro aparentava, visto que o corpo humano apresentaria sinais de estresse intenso diante de situações de perigo. Segundo Óscar, a pressão aferida em Casimiro foi de 180 por 80 (18 por 8), quando o normal seria 120 por 80 (12 por 8). Um indício, segundo ele, que algo muito estranho teria acontecido aquela manhã.

Para Andrés Ortega, diretor do Hospital Veterinário da Universidade São Francisco de Quito, os ferimentos sofridos por Casimiro poderiam ter sido causados por uma águia andina. Andrés Ortega teria ficado sabendo do caso, e contou o que achava de tudo aquilo. Inicialmente, ao ser informado sobre o aspecto físico do animal, ele logo associou ao maior morcego do mundo, a grande raposa-voadora (Pteropus vampyrus), que habita o Sudeste Asiático, principalmente as Filipinas. Ele comentou que esses animais possuíam uma envergadura de cerca de 1,5 m, mas pesavam apenas 1,2 kg, ou seja, o corpo era relativamente pequeno.

Andrés Ortega (no centro), diretor do Hospital Veterinário da Universidade São Francisco de Quito recebendo uma espécie de reconhecimento dado a essa entidade por seu trabalho em ajudar a preservar o meio ambiente, em março desse ano
Foto de uma das salas de atendimento do Hospital Veterinário da Universidade São Francisco de Quito
Inicialmente, ao ser informado sobre o aspecto físico do animal, Andrés logo associou ao maior morcego do mundo, a grande raposa-voadora (Pteropus vampyrus), que habita o Sudeste Asiático, principalmente as Filipinas.
De qualquer forma, tal criatura não habitava o Equador, sendo que a única possibilidade seria da chegada dos mesmos através do tráfico ilegal de animais. Além disso, os mesmos seriam frugívoros, ou seja, só comeriam frutas. De acordo com Andrés Ortega, os arranhões eram semelhantes aqueles causados por uma água andina, que por sua vez possui entre 50 e 60 cm de altura.

No entanto, ainda de acordo com Andrés, também seria possível descartar essa hipótese, visto que a águia andina atacaria somente quando sua própria integridade estivesse ameaçada.

De acordo com Andrés Ortega, os arranhões eram semelhantes aqueles causados por uma água andina,
que por sua vez possui entre 50 e 60 cm de altura
No entanto, ainda de acordo com Andrés, também seria possível descartar essa hipótese, visto que a águia andina atacaria somente quando sua própria integridade estivesse ameaçada
Em relação aos ferimentos que a ovelha apresentava, Andrés disse que o causador era possivelmente um animal chamado "urso-de-óculos" (também conhecido por "urso-andino). A razão para essa suspeita, era que esse mamífero atacaria pelas costas e pelas laterais de sua presa. Já um puma, no entanto, concentrava-se na região da veia jugular.

Em relação aos ferimentos que a ovelha apresentava, Andrés disse que o causador era possivelmente um animal chamado "urso-de-óculos" (também conhecido por "urso-andino). A razão para essa suspeita, era que esse mamífero atacaria pelas costas e pelas laterais de sua presa
Foto mostrando as características físicas de um urso-de-óculos
Aliás, se tais animais tivessem atacado o Casimiro, provavelmente ele não teria sobrevivido para contar sua história. Andrés Ortega ainda fez questão de ressaltar, que ambos os animais atacavam os seres humanos apenas quando se sentiam ameaçados.

No dia 15 de junho, o site do jornal "Diario Extra" voltou a comentar sobre esse mesmo assunto dizendo que Brenda Castillo tinha sido muito enfática ao falar que seus funcionários não deveriam matar quaisquer animais estranhos, mas apenas capturá-lo o preservando da melhor foram possível. Segundo ela, não foram tomadas quaisquer outras medidas além dessa. Foi mencionado que Brenda, referindo-se a si mesma como uma pessoa conservacionista, disse que era muito ligada a natureza. Também foi citado que Brenda era proprietária da fazenda há cinco anos e tinha sido a primeira vez que ela ouviu falar sobre algo assim.

Brenda Castillo tinha sido muito enfática ao falar que seus funcionários não deveriam matar quaisquer animais estranhos, mas apenas capturá-lo o preservando da melhor foram possível.
Essa visão de "preservar a suposta criatura" não estava sendo compartilhada pelos moradores locais que ficaram assustados com a situação, visto que a criação de gado é comum na área e muitos trabalhadores costumam trabalhar durante a madrugada, principalmente na ordenha das vacas. Geralmente, um trabalhador buscava uma vaca, enquanto outro preparava o local para a ordenha, porém do ocorrido com Casimiro Flores, os trabalhadores se recusavam a sair sozinhos durante a noite e passaram a sair em duplas.

Essa visão de "preservar a suposta criatura" não estava sendo compartilhada pelos moradores locais que ficaram assustados com a situação, visto que a criação de gado é comum na área e muitos trabalhadores costumam trabalhar durante a madrugada, principalmente na ordenha das vacas.
Um morador local chamado Wilson Chico, dizendo que também ficou sabendo do que teria acontecido com Casimiro Flores
De qualquer forma, o Corpo de Bombeiros de Quito, que possui uma unidade de resposta às emergências, em Nanegalito, voltou a confirmar que não tinham sido relatados outros casos semelhantes ao que teria ocorrido com Casimiro. Segundo os bombeiros, o mais comum eram incidentes rodoviários. O caso mais incomum teria acontecido há um ano quando uma vaca teria caído em cima de um veículo após fugir de sua fazenda. Apesar dos moradores terem organizado grupos de buscas no local onde Casimiro disse ter sido atacado, Christian Rivera, diretor do Centro de Operações de Emergências (COE), disse que a recomendação era que as pessoas não tentassem capturar uma espécie exótica. Isso porque a criatura poderia reagir violentamente.

"Neste ano, até o presente momento, tivemos dois relatos de ataques ao gado em Nanegalito e Atahualpa (mais a noroeste). Quem viu disse que tinha sido obra de chupa-cabras. Porém, após a realização de buscas na região, descobriu-se que tinha sido a ação de cães dessas mesmas comunidades", disse Christian Rivera.

Existe Mais Alguma Explicação Para Tentar Entender o que Teria Acontecido com Casimiro Flores?


Sinceramente, quando me deparei com esse caso fiz uma pergunta muito simples: ninguém do Diario Extra, do Equador, pensou que seria extrememente importante gravar um vídeo sobre essa história?  Foram divulgadas apenas pouquíssimas fotos, algo que tive que complementar para tornar essa notícia um pouco mais "ilustrativa" para vocês. Inicialmente, cheguei a pensar que o caso teria acontecido em "La Armenia", uma espécie de subúrbio homônimo na região sudeste de Quito, visto que o mesmo fica bem próximo de uma trilha conhecida como "El Chaquiñán", que é muito utilizada por ciclistas. Contudo, o local do incidente seria mesmo próximo a Nanegalito, e "chaquiñán" nada mais é do que uma denominação comum para uma rota normalmente utilizada por criadores de cabras, em regiões rurais, como uma espécie de atalho, ou seja, qualquer caminho com essa finalidade pode ser chamado dessa forma. Em relação ao local onde tudo teria acontecido, aparentemente não restaria nenhuma dúvida.

Quanto ao suposto ataque existem muitas lacunas a serem preenchidas. Casimiro disse ter lutado com uma estranha criatura alada, de 1 metro de altura, que teria um focinho de cachorro e olhos avermelhados, e que ele teria cortado seu dedo no que "acreditava" ser o dente da criatura. Isso me lembrou rapidamente do caso do "Homem-Mariposa", principalmente devido a descrição dos supostos "olhos avermelhados". Lembro que havia sido cogitado, naquela ocasião, a possibilidade de ser apenas um grou-canadense (leia mais: O Lendário "Homem-Mariposa": Tudo sobre os Primeiros Relatos, Ataques, Conexão com o Fenômeno "OVNI" e Supostos Avistamentos!). Assim sendo, ao procurar por animais, que tivessem o porte e características semelhantes, que pudessem habitar os Andes, e ainda se encaixassem com o relato de Casimiro, o mais próximo que encontrei foi o condor-dos-andes. Ele é o símbolo nacional da Colômbia, Equador, Bolívia e Chile, e integra os brasões oficiais destes países, além de cumprir um importante papel no folclore e na mitologia das regiões andinas da América do Sul. Essa ave pode ter uma envergadura de cerca de 3,2 metros, possuir entre 1 e 1,3 m de altura, pesar aproximadamente 14 kg, e voar cerca de 300 km por dia.

Ao procurar por animais, que tivessem porte e características semelhantes, que pudesse habitar os Andes e ainda se encaixasse com o relato de Casimiro, o mais próximo que encontrei foi o condor-dos-andes. É o símbolo nacional da Colômbia, Equador, Bolívia e Chile, e integra os brasões oficiais destes países, além de cumprir um importante papel no folclore e na mitologia das regiões andinas da América do Sul
Curiosamente, o condor-dos-andes possui uma cabeça sem penas e pequena em relação ao corpo, geralmente avermelhada, embora possa mudar de coloração dependendo do estado emocional do animal. Embora seja uma espécie geralmente necrófaga, ou seja, que se alimenta de carniça, não é incomum que a mesma ataque animais ainda vivos, basta ver alguns vídeos ou imagens disponíveis na própria internet (leia mais, clicando aqui).

Curiosamente, o condor-dos-andes possui uma cabeça sem penas e pequena em relação ao corpo, geralmente avermelhada, embora possa mudar de coloração dependendo do estado emocional do animal. Aliás, notem o efeito dos olhos avermelhados dependendo do ângulo e da luminosidade do ambiente e a presença de patas com três "dedos" com garras afiadas.
De qualquer forma, o condor-dos-andes é uma espécie ameaçada pelos próprios seres humanos devido eao nvenenamento secundário de animais mortos por caçadores e a sua perseguição, na maioria das vezes, na percepção equívoca dos agricultores de que a mesma seja a responsável por ataques aos animais. Resumindo, poderia ter sido um condor-dos-andes? Casimiro teria tentando espantá-la ou até mesmo caçá-la, e a mesma tentado se defender? Tudo teria acontecido exatamente da forma como Casimiro disse? Deveríamos confiar cegamente em seu relato? Será que ele seria capaz de reconhecer um condor-dos-andes se visse um bem de perto, ainda mais em uma região onde pudesse ter morado a vida toda e nunca ter ficado frente a frente com um? Será que ele contaria que tentou caçar uma espécie ameaçada?

Poderia ter sido um condor-dos-andes? Casimiro teria tentando espantá-la ou até mesmo caçá-la, e a mesma tentado se defender? Tudo teria acontecido exatamente da forma como Casimiro disse? Será que ele seria capaz de reconhecer um condor-dos-andes se visse um bem de perto, ainda mais em uma região onde pudesse ter morado a vida toda e nunca ter ficado frente a frente com um?
Os ferimentos apresentados por Casimiro são bem superficiais e a história ganhou outra dimensão, visto que começaram a espalhar, que ele tinha ido parar no hospital, suas roupas teriam sido rasgadas, entre outros detalhes que, na realidade, nunca existiram. Uma vez que a única testemunha é o próprio Casimiro, e nenhuma pegada ou rastro da suposta criatura foi encontrado, fica difícil saber a realidade dessa história. Aliás, mesmo correndo, supostamente na direção de casa (que seria o mais lógico), ele disse ter demorado cerca de 1h para retornar, sendo que havia demorado apenas cerca de meia hora, andando calmamente, para chegar ao local do suposto ataque. Então, o que ele teria feito no restante do tempo? Ninguém o questionou sobre isso? Estranho, não é mesmo?

Particularmente, acredito que possa ter sido apenas uma águia andina ou até mesmo um condor-dos-andes, muito embora seja difícil entender tanto a motivação do suposto animal quanto a de Casimiro, em lutarem, teoricamente, por cerca de 10 minutos (o suposto tempo decorrido, de acordo com a consciência de Casimiro, é claro). E vocês, o que acham de toda essa história?

Até a próxima, AssombradOs!

Criação/Tradução/Adaptação: Marco Faustino

Fontes:
http://gvillacism.blogspot.com.br/2009/03/parroquia-nanegalito.html
http://parroquiaruraldenanegalito.blogspot.com.br/
http://www.elcomercio.com/actualidad/ecuador/personas-tres-comunas-busca-del.html
http://www.extra.ec/actualidad/chupacabras-nanegalito-pihincha-ecuador-YA1453537
http://www.extra.ec/actualidad/hombre-peleo-con-chupacabras-pichincha-quito-JX1415182

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