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Corrida Espacial 2.0? Cientistas Russos Estão Treinando Macacos para Viajarem até Marte em 2017

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Os macacos ajudaram a abrir o caminho para que o homem pudesse chegar à Lua. Agora, os cientistas russos estão esperando que eles sejam fundamentais para que se tenha mais detalhes de como estabelecer uma colônia humana em Marte. Especialistas da Academia Russa de Ciências estão treinando quatro macacos rhesus, para viajarem pelo espaço, e pousar no planeta vermelho. Esta formação, que inclui o uso de um joystick (controle) e a solução de quebra-cabeças, deve torná-los capazes de realizar uma missão dentro dos próximos dois anos.

De fato isso é uma notícia bem triste, apesar de todo dilema ético envolvido sobre o assunto. Isso porque não é a primeira vez que o envio de animais ao espaço acontece. Inicialmente, pensei apenas em divulgar este caso, mas essa notícia será dividida em quatro partes, porque também irei comentar sobre os primeiros primatas que foram ao espaço, o programa espacial soviético Bion e qual foi o real destino da cadela Laika, que ficou famosa no final da década de 50. Vamos saber mais sobre esse assunto?

Sinceramente essa notícia não é bem novidade, mas isso nunca foi abordado aqui no Assombrados, então eu resolvi fazer essa espécie de mini especial para comentar dessa nova notícia que está circulando na mídia internacional. Da mesma forma abordarei casos anteriores, até chegar na cadela Laika, que é um episódio muito triste para ser contado e espero ter fôlego para conseguir escrever sobre ela. Bom, continuemos.

Para projetos científicos como esses, os macacos são criados em locais especiais, onde só os mais inteligentes são selecionados para participar da pesquisa. Os cientistas explicaram, que todos os quatro macacos rhesus deste último estudo, foram escolhidos por suas habilidades cognitivas e devido a uma aprendizagem rápida.

Quando os macacos completam a tarefa com sucesso, eles são recompensados com um pequeno gole de suco
Todos os dias uma equipe liderada por Inessa Kozlovskaya, treina os macacos para manusear e controlar um joystick e acertar um alvo destacado com a ajuda de um cursor (indicador usado para mostrar a posição em um monitor de vídeo). Quando eles completam a tarefa com sucesso, eles são recompensados com um pequeno gole de suco. Uma vez que eles tenham dominado esta tarefa, os macacos serão treinados para resolver cálculos matemáticos simples e quebra-cabeças.

Os cientistas explicaram que todos os quatro macacos rhesus deste último estudo foram escolhidos por suas habilidades
cognitivas e suas habilidades de aprendizagem rápida
Ao final de seus treinamentos, os macacos devem se tornar capazes de completar uma programação diária de tarefas por conta própria. Os cientistas esperam que este objetivo seja atingido até 2017, sendo que Dra. Kozlovskaya disse que o objetivo principal é ensinar macacos para executarem uma determinada quantidade de tarefas que eles sejam capazes de se lembrar. Assista ao vídeo abaixo:



"O que estamos tentando fazer é torná-los tão inteligentes quanto possível. para que possamos usá-los para explorar o espaço além da nossa própria órbita", disse a Dra. Kozlovskaya.

A equipe pretende ir mais além, porque também está esperando que os macacos cosmonautas sejam capazes de treinar outros macacos e integrá-los na equipe. Macacos normalmente têm uma expectativa de vida de cerca de 25 anos, por isso espera-se que se tenha tempo suficiente para treiná-los adequadamente, para que possam sobreviver à viagem de seis meses até Marte, acrescentou a equipe.

Entretanto, muitos jornais internacionais estão comparando a iniciativa russa com a antiga corrida espacial, uma espécie de nova Guerra Fria, e que segundo as opiniões desse jornais, poderia levar a uma crise sem precedentes.

Os Primeiros Primatas a Serem Enviados Para o Espaço


O primeiro primata a ir para o espaço foi "Albert I", em junho de 1948, em foguete militar V2 dos Estados Unidos. A missão foi um fracasso, pois ele sufocou e morreu durante o voo, que alcançou somente entre 48 a 63km de altitude

Albert II sendo preparado para seu voo histórico
Um ano depois, em 14 de junho de 1949, Albert II foi enviado ao espaço e alcançou uma altitude de 134km. Dessa vez o foguete conseguiu retornar a Terra, mas Albert II morreu no impacto após uma falha no paraquedas. Albert III morreu a 10,7km de altitude devido a explosão do seu foguete V2 em 16 de setembro de 1949.

Em 8 dezembro daquele mesmo ano, Albert IV foi enviado para o espaço com fios presos em seu corpo, e que ficavam ligados em equipamentos que monitoravam seus sinais vitais. Ele não sofreu nenhuma complicação enquanto estava no espaço, mas assim como Albert II, ele morreu devido ao impacto durante o retorno de seu foguete, novamente por uma falha no paraquedas.

Em 18 de abril de 1951, um macaco, possivelmente chamado Albert V, morreu devido a mais uma falha no paraquedas.

Em 20 de setembro de 1951, um macaco chamado Yorick, também conhecido como Albert VI, juntamente com 11 ratos de laboratório, se tornaram os primeiros animais a sobreviverem a um voo de foguete. Entretanto, no Yorick morreu 2 horas após o pouso. Dois dos ratos também morreram após o período de recuperação. Acreditava-se que todas as mortes estavam relacionadas ao superaquecimento na cápsula selada, que ficou exposta no sol escaldante do Novo México, enquanto aguardavam para que a cápsula fosse aberta. Entretanto, ele chegou apenas a uma altitude de 70km, abaixo da definição de voo espacial.

Muitos macacos de diversas espécies foram enviados para o espaço pelos Estados Unidos na década de 1950 e 1960. Foram implantados sensores nos macacos para monitorar seus sinais vitais, e muitos estavam sob anestesia durante o lançamento. A taxa de morte entre macacos, nesta fase, era muito elevado: cerca de dois terços dos macacos morreram no curso das missões ou logo após o pouso.

Em 31 de janeiro de 1961, um chimpanzé chamado Ham (também apelidado de Sam) participou do Projeto Mercury, em uma missão chamada MR-2. Seu foguete decolou do Cabo Canaveral, na Flórida, em um vôo suborbital. Ham teve seus sinais vitais, bem como seu desempenho durante a realização de tarefas sendo monitorados constantemente usando computadores na Terra.

O chimpanzé Ham, que em 31 de janeiro de 1961, participou do Projeto Mercury, em uma missão chamada MR-2. Ele teve seus sinais
vitais, bem como seu desempenho durante a realização de tarefas sendo monitorados constantemente usando computadores na Terra.
A cápsula sofreu uma perda parcial da pressão durante o voo, mas o traje espacial de Ham impediu que ele sofresse qualquer tipo de dano. O desempenho de Ham ao empurrar uma simples alavanca foi apenas uma fração de segundos mais lenta do que ele fazia na Terra, demonstrando que atividades poderiam ser desempenhadas sem maiores problemas no espaço.

A cápsula de Ham caiu no Oceano Atlântico e foi recuperado por um navio de resgate mais tarde naquele dia, mas dessa vez, felizmente ele sobreviveu, tendo apenas um nariz quebrado. Seu voo teve cerca de 16 minutos e 39 segundos de duração.

Ham foi enviado para o Parque Zoológico Nacional, em Washington DC, em abril de 1963 onde viveu por 17 anos e foi visitado por mais de 50 milhões de pessoas. Em 1980, devido a queixas de ativistas que se preocupavam com o fato de que o chimpanzé estava sofrendo por estar solitário em seu recinto, Ham foi transferido para um zoológico na Carolina do Norte, onde ele se tornou parte de uma colônia social de chimpanzés. Ham pesava 80 quilos e estava com a barba quase toda branca, mas ainda sim fez amigos e ainda encontrou uma outra chimpanzé, que se tornou sua parceira. O relacionamento não durou muito, pois Ham faleceu em 17 de janeiro de 1983.

O Projeto Soviético Russo de Enviar Macacos ao Espaço Começou na Década de 80


Não é de hoje que os russos testam macacos, enviando-os ao espaço. Um programa espacial soviético chamado Bion, conduzido nas décadas de 1980 e 1990, realizava testes utilizando somente macacos rhesus.

Abrek e Bion foram os primeiros macacos soviéticos a serem enviados ao espaço em 14 de dezembro de 1983. Depois de uma longa viagem eles pousaram no Cazaquistão em 20 de dezembro do mesmo ano. Dois anos depois, em 1985, os macacos Verny e Gordy passaram cerca sete dias no espaço (entre 10 de julho e 17 de julho de 1985).

Dryoma e Yerosha passaram duas semanas na órbita
da Terra, no ano de 1987
Em 1987, os macacos Dryoma e Yerosha passaram duas semanas em órbita. Depois de voltar do espaço, Dryoma foi apresentado ao líder cubano da época, Fidel Castro. Ainda houve mais três voos espaciais de duas semanas em 1989, 1992 e 1996-1997. Em seguida, o projeto foi encerrado, porque a Rússia não tinha dinheiro suficiente para o programa, e vamos explicar o porquê.

Lapik e Multik, que participaram da missão Bion 11, foram os últimos macacos a serem enviados ao espaço, antes do Irã enviar outro no ano de 2013. Multik morreu após uma inalação de vômito, enquanto estava anestesiado durante uma biópsia realizada pelos Estados Unidos a fim de obter algumas amostras de sangue e tecidos. Lapik quase morreu durante um procedimento idêntico a este.

Isso não era um bom sinal e atrapalhava os planos americanos, que decidiram cancelar o suporte financeiro, que neste caso era dado a Rússia, após a queda do regime soviético. A continuidade do programa ficou seriamente comprometida, e posteriormente foi encerrado. Agora, os experimentos são conduzidos na Terra, em condições que simulam a ausência de peso.

Em uma notícia publicada em abril de 2008 pela BBC, foi dito que os macacos seriam os primeiros a experimentarem a radiação, que representava um grande risco para os cosmonautas russos, que tinham o objetivo de pisar no solo do planeta vermelho. Apontava ainda que o Instituto de Primatologia Médica de Sochi, em Vesyoloye, próximo do Mar Negro, tinha uma "história orgulhosa" de envolvimento no programa espacial soviético/russo.

"As pessoas e macacos têm uma sensibilidade praticamente idêntica a pequenas e grandes doses de radiação", explicou Boris Lapin, diretor do instituto na época. "Por isso, é melhor testar em macacos, mas não em cães ou outros animais", completou.

O macaco de nome Krosh, que foi enviado ao espaço
pela Rússia, no ano de 1992
O instituto na época iria selecionar macacos que podem, eventualmente, viajar até Marte antes dos seres humanos. Após dois anos de experimentos, os 40 macacos mais propícios de desempenhar tal missão, seriam enviados ao Instituto para Problemas Biomédicos em Moscou, onde cientistas estudam biomedicina aeroespacial. Além dos efeitos da radiação, os cientistas queriam verificar como os macacos reagiam as condições de imponderabilidade prolongada, isolamento e uma dieta especial de sucos e comida na forma de purê.

Hoje em dia, a Rússia é um dos poucos países onde experiências com primatas são realizadas.

"A humanidade sacrifica mais de 100 milhões de animais por ano em nome da saúde e da beleza. É hora de pensar em uma alternativa para experimentos com animais", disse Andrei Zbarsky, que ao menos naquela época, pertencia a um grupo internacional de conservação da natureza, a WWF.

"Tenho certeza que os cientistas vão repetir a história de Laika, o primeiro cão no espaço", completou.

Boris Lapin admitiu na época, que o seu instituto recebeu algumas objeções de seus colegas europeus preocupados com as experiências envolvendo animais. Aliás, alguns anos atrás, a própria Agência Espacial Europeia (ESA) se mostrou contra os experimentos com primatas, dizendo que não consideraria os resultados do estudo russo como parte do projeto, que visa a futura colonização do planeta vermelho.

"Com certeza eu sinto pena dos macacos. Eles podem morrer, mas as experiências são necessárias para preservar a vida dos cosmonautas, que vão viajar para Marte no futuro", disse Anaida Shaginyan, um dos pesquisadores do Instituto de Primatologia Médica de Sochi.

O macaco Lapik ao retornar de voo de duas semanas ao espaço, em 1997.
Em outra notícia publicada em 2009, pelo jornal britânico Telegraph, apontava mais uma vez que a Rússia continuava fazendo planos de enviar macacos para Marte.

"Temos planos para voltar ao espaço", disse Zurab Mikvabia, que ao menos na época era diretor do Instituto de Terapia e Patologia Experimental, na Geórgia, e que forneceu macacos para o programa espacial soviético na década de 1980.

"No início do programa espacial, visávamos enviar cosmonautas a Marte. Entretanto, considerando a duração do voo a Marte, e os raios cósmicos para os quais não temos proteção adequada devido a uma viagem tão longa, as discussões centraram-se recentemente sobre o envio de um macaco ao invés de uma pessoa", completou.

Enfim, ao longo do tempo várias notícias foram publicadas sobre essa intenção dos russos, e agora temos um vídeo publicado pelo Daily Mail, que acaba com qualquer dúvida de como os testes estão sendo realizados. De qualquer forma, muitos animais já foram enviados ao espaço. Entre eles eu gostaria de destacar um animal, a cadela soviética Laika. Também gostaria de ressaltar que texto que virá a seguir é algo que se você gosta de animais, dificilmente não irá se emocionar. Se quiser pule essa parte, e desde já agradeço sua leitura até esse ponto.

A História da Cadela Laika, Um Experimento Para Nunca Mais Ser Repetido


Em 3 de novembro de 1957, uma vira-lata chamada Laika tornou-se o primeiro animal a orbitar a Terra. Ela foi lançada na Sputnik 2 (clique aqui para visualizar a espaçonave, o compartilhamento inferior foi onde ela ficou), uma espaçonave de uma missão, que reforçou a enorme vantagem que o programa espacial soviético tinha sobre os americanos nos primeiros anos da corrida espacial. Sua viagem histórica se tornou um marco importante para a exploração espacial, e ela tornou-se símbolo internacional do triunfo sobre as probabilidades impossíveis.

Entretanto, há um lado bem sombrio em relação a esta imagem heroica, que muitos ainda tem sobre o mais famoso dos cosmonautas caninos. Poucas horas depois que ela corajosamente foi onde nenhum cão tinha ido antes, Laika fez história pela segunda vez, tornando-se o primeiro animal a morrer em órbita.

A cadela Laika, nascida em 1954, tornou-se o primeiro animal a orbitar a Terra
Durante décadas, os oficiais soviéticos mentiram sobre o tempo, a causa e a forma como Laika morreu, alegando que ela morreu sem sentir nenhuma dor, alguns dias após o lançamento. Alguns até mesmo alegaram que ela teria sobrevivido durante uma semana inteira. Entretanto, em 2002, Dimitri Malashenkov, que participou da missão Sputnik 2, colocou meio século de rumores bem próximo do fim, admitindo que Laika morreu durante a quarta volta ao redor da Terra, cerca de cinco a sete horas após o lançamento.

Os soviéticos podem ter tido uma vantagem sobre os americanos, mas não significava que a sua espaçonave estava completamente pronta. O Sputnik 2 foi lançado às pressas, em menos de um mês após o Sputnik 1, e Laika nunca foi destinada a sobreviver a essa viagem. O plano era sacrificá-la com comida de cachorro envenenada após vários dias de testes, mas em vez disso, uma avaria no sistema de controle de temperatura resultou em sua morte por estresse e superaquecimento.

Ao longo de tudo isso, Laika estava absolutamente aterrorizada. Seu coração estava batendo três vezes mais rápido do que seu ritmo normal, durante a fase de lançamento. Sem ter como confortá-la, assim como eles faziam em testes na centrífuga, ela levou muito mais tempo do que o habitual para se acalmar. Mal o estresse do lançamento tinha terminado, e por um erro grotesco, Laika foi exposta ao calor e umidade, bem acima dos 40ºC, que a matou lentamente.

A cadela Laika em seu compartimento dentro da Sputnik 2
É insuportável imaginar esta pobre cadela, de apenas 3 anos de vida, que nasceu abandonada e perdida nas ruas de Moscou, morreu sozinha e assustada no espaço sideral. É de partir o coração pensar no fato de que ela confiava em seus tratadores, que ficaram completamente alheios aos seus planos finais para ela. Vladimir Yazdovsky, um dos cientistas da missão, por exemplo, a levou para casa para brincar com seus filhos antes do lançamento. "Laika era calma e encantadora, eu queria fazer algo de bom para ela. Ela teve tão pouco tempo para viver", disse Yazdovsky em seu livro sobre a medicina espacial soviética.

Para as pessoas que apoiam os direitos dos animais, assim como a agressiva exploração do espaço, Laika representa uma forte crise de consciência. Por mais que ela represente um cartaz de uma "menina adorável" devido as conquistas no início da era espacial, ela também é um profundo símbolo do debate ético sobre a experimentação em animais em prol do avanço científico.

Selo romeno lançado em 1959 em homenagem a cadela Laika
Sim, ela ganhou um lugar invejável na história do espaço. Porém, enquanto cosmonautas russos e os astronautas americanos poderiam avaliar se colocariam ou não suas vidas em risco, Laika não tinha a capacidade de fazer o mesmo. Ela morreu sem saber onde estava, o porquê ela não sentia o peso do próprio corpo ou se ela voltaria para casa novamente. Seu caixa de 4 metros de altura permaneceu 162 no espaço, dando 2.570 voltas na Terra, reentrando e queimado na atmosfera em 4 de abril de 1958.

Todos os 36 cães soviéticos enviados ao espaço, antes de Yuri Gagarin se tornar o primeiro ser humano a orbitar a Terra, eram vira-latas, escolhidos devido a suas vidas na pobreza das ruas. Outros cães tinha ido ao "espaço" antes Laika, mas apenas em lançamentos sub-orbitais.

Monumento erguido em homenagem a Laika, inaugurado em
11 de abril de 2008 em frente a uma instalação militar em Moscou
A natureza de dois gumes da história de Laika foi reconhecida imediatamente, e sua morte provocou um debate global sobre os direitos dos animais. Muitos argumentaram que o medo e a dor que ela sofreu nunca poderiam ser redimidos por sua contribuição substancial para o voo espacial por parte dos seres humanos.

Em 1998, até mesmo Oleg Georgievich Gazenko, que trabalhou em uma estreita colaboração com Laika durante a sua formação, admitiu que se arrependeu de mandá-la para a morte.

"Quanto mais o tempo passa, mais eu me culpo sobre isso", disse Oleg, em uma conferência em Moscou, no final dos anos 90. "Nós não aprendemos tanto assim com esta missão para justificar a morte dela", completou.

Os cães são os campeões indiscutíveis de lealdade e de amor, e sempre será doloroso aceitar que a confiança cega de Laika em seus tratadores foi traída.

Ao mesmo tempo, alcançar a Lua é a conquista mais espetacular na história da humanidade, e que provavelmente nunca teria sido alcançada sem sacrificar as vidas de dezenas de animais, assim como de alguns astronautas "humanos". Fato é que um cão humilde de rua, continua a simbolizar essa luta, que ao mesmo tempo é comovente e reconfortante.

Laika nunca vai voltar para casa. Entretanto, os sonhos, ideias e controvérsias que ela inspirou, sempre vão ficar na memória da humanidade. Um feito para ser lembrado, um feito para nunca mais ser repetido, independente de qual seja o animal.

Criação/Tradução/Adaptação: Marco Faustino

Fontes:
http://motherboard.vice.com/read/why-we-still-want-laika-the-space-dog-to-come-home
http://www.nbcnews.com/id/24069819/#.VFeyQPTF9qY
http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/7341211.stm

http://time.com/3546215/laika-1957/
http://www.telegraph.co.uk/news/science/space/6864142/Monkey-to-be-sent-to-Mars.html
http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-3291456/Monkeys-heading-MARS-Russian-scientists-training-macaques-solve-puzzles-travel-space-2017.html
https://en.wikipedia.org/wiki/Monkeys_and_apes_in_space
Livro "Remembering: A Guide to New Mexico Cemeteries, Monuments and Memorials" de Margaret M. Nava.


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