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A Maior "Cauda" Humana? Jovem de 18 anos Passa por Operação na Índia para Retirar um "Vestígio de Nossa Evolução"

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Por Marco Faustino

No fim do mês de março desse ano publicamos uma matéria sobre alguns "vestígios evolutivos" presentes no corpo humano e até mesmo um simples teste que comprovaria a teoria da evolução. Naquela época, um vídeo foi postado YouTube, pelo canal "Vox", que por sua vez pertence a um site norte-americano de notícias de interesse geral, cujo objetivo seria explicar as mais diversas notícias que são destaque, tanto nos Estados Unidos quanto no restante do mundo. Esse vídeo, que atualmente possui quase 20 milhões de visualizações, retrata justamente alguns vestígios, de certa forma pouco conhecidos, que ainda carregaríamos em nossos corpos, e que seriam claros indicativos do "processo evolutivo" que o ser humano vem sofrendo ao longo do tempo (leia mais: Os Vestígios Evolutivos Presentes no Corpo Humano e Um Simples Teste que Comprovaria a Teoria da Evolução!). Não é nem preciso dizer que o assunto se tornou bem polêmico ao redor do mundo, e não poderia ser diferente em nosso canal no YouTube. O motivo é um pouco óbvio, visto que esses "vestígios evolutivos" geram um grande embate entre duas correntes principais que tentam explicar de onde viemos: o Criacionismo e o Evolucionismo.

O Criacionismo é a teoria que explica a origem do Universo, da Terra e de todos os seres vivos que nela habitam, basicamente a partir da ação de uma entidade divina. Do outro lado temos o Evolucionismo, a teoria que defende o processo de evolução das espécies de seres vivos, através de modificações lentas e progressivas consoantes ao ambiente em que habitam. Um dos maiores nomes do Evolucionismo foi o naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882), que desenvolveu no século XIX um conjunto de estudos que deram origem ao Darwinismo, teoria considerada por muitos como sinônimo do Evolucionismo. Apesar da ampla aceitação da chamada "Teoria da Evolução" por parte da comunidade científica, muitas pessoas permanecem céticas em relação ao processo evolutivo, mesmo nos dias atuais, embora certamente não seja por falta de provas.

De qualquer forma, um dos pontos mais polêmicos dos chamados "vestígios evolutivos"é o chamado "cóccix" também conhecido popularmente como "osso da cauda". Isso porque para os evolucionistas o cóccix não teria nenhuma função crítica aparente, visto que existem casos em que as pessoas precisam remover o mesmo, e seguem vivendo uma vida feliz e normal. Além disso, durante a quinta e sexta semana de gestação o embrião humano possui uma cauda com cerca de 10 a 12 vértebras caudais, porém ela acaba regredindo e se dissolvendo na absoluta maioria das vezes. Os evolucionistas dizem que isso é uma das provas, que mostram um vestígio evolutivo da espécie humana. Já os criacionistas acusam os evolucionistas de propagar uma informação falsa, visto que o cóccix teria importantes funções no corpo humano, e assim sendo não poderia ser considerado como vestígio evolutivo. Além disso, a maioria das chamadas "caudas humanas" seriam "pseudocaudas", ou seja, apenas deformidades congênitas, e não um verdadeiro prolongamento do cóccix. Para alimentar ainda mais essa discussão, na semana passada, um jovem de 18 anos foi operado na Índia para retirar sua "cauda" com cerca de 18 cm de comprimento, que ele mantinha há muito tempo. Seus pais acreditavam que a "cauda" era sinônimo de sorte, porém isso passou a prejudicar o bem-estar do rapaz. Enfim, vamos saber mais sobre esse assunto?

Uma Rápida Análise do Cóccix: A Eterna Discussão Entre Criacionistas e Evolucionistas


Antes de começar a contar para vocês esse recente caso que aconteceu na Índia, sinto que devo abordar o ponto de vista dos dois lados principais dessa história (criacionistas e evolucionistas), algo que acabei não fazendo anteriormente, na matéria publicada em 29 de março desse ano, em relação ao cóccix.

Ao longo da linha do tempo, ou seja, ao longo de milhões de anos, a necessidade de possuir uma cauda foi desaparecendo. É justamente nesse ponto que é necessário um cuidado ao transmitir uma pequena, porém relevante informação. Popularmente chamamos todos os primatas de macacos, mas na verdade, os macacos são aqueles que têm cauda. Gorilas, orangotangos, chimpanzés e bonobos, por exemplo, são chamados de "antropoides superiores" ou "primatas superiores" (vale lembrar que "antropoide" significa "que se parece com o homem"), e se você prestar bem atenção, eles não possuem caudas, assim como os seres humanos.

É claro que ficaríamos horas discutindo essa questão e as respectivas classificações dos primatas, mas nesse momento é importante que você saiba que até hoje ainda não está claro a razão pela qual a cauda simplesmente desapareceu em relação aos primatas. Acredita-se, ainda, que tenha sido na África que surgiram os primeiros primatas sem cauda.

Popularmente chamamos todos os primatas de macacos, mas na verdade, os macacos são aqueles que têm cauda. Gorilas, orangotangos, chimpanzés e bonobos, por exemplo, são chamados de "antropoides superiores" ou "primatas superiores" (vale lembrar que "antropoide" significa "que se parece com um homem"), e se você prestar bem atenção, eles não possuem caudas, assim como os seres humanos
Existem diversas teorias que tentam explicar o desaparecimento da cauda. Se você parar para pensar sobre alguns animais com caudas, você pode notar que eles tendem a se movimentar em quatro patas (assim como um gato ou um cachorro) ou usar a própria cauda para a locomoção (assim como os peixes). Caudas em animais costumam ter uma função, tais como equilíbrio, afastar insetos ou pegar até mesmo pegar objetos. Uma possível explicação é que os seres humanos se tornaram bípedes, ou seja, passaram a andar usando seus dois membros posteriores, e portanto a necessidade de uma cauda desapareceu com o tempo.

Conforme mencionamos anteriormente, a parte interessante é que entre a quinta e sexta semana de gestação de um bebê humano, o embrião possui uma espécie de cauda com cerca de 10 a 12 vértebras caudais. Esta cauda acaba regredindo pela redução do número de vértebras e acabam se fundindo, deixando então um "cóccix vestigial". A cauda geralmente desaparece na oitava semana da gestação, embora o momento exato do desaparecimento seja variável. Contudo, isso nem sempre acontece. Apesar de ser extremamente raro na literatura médica (pouco mais de 100 casos documentados), ocasionalmente um bebê pode nascer com uma "cauda", popularmente conhecida como "rabo". Esses apêndices caudais são divididos entre "caudas verdadeiras" e as chamadas "pseudocaudas".

Localização do cóccix, também conhecido como "osso da cauda"
Uma "cauda verdadeira" surge provavelmente como um remanescente vertebral embrionário e, portanto, uma estrutura vestigial. Teriam existido casos documentados de "caudas verdadeiras" contendo cartilagem, nervos, músculos ou até mesmo cerca de cinco vértebras (sendo que infelizmente encontrei apenas um caso em relação a essa última possibilidade, e sem maiores informações ou fotos). Porém, a situação mais comum seria da chamada "pseudocauda", basicamente uma cauda "mole", que não possui vértebras, ossos, notocorda ou medula espinhal, e que seria apenas composta de pele e tecido adiposo (gordura).

Imagens de embriões, da esquerda para direita: humano, rato, aligátor e galinha
É interessante notar nesse ponto, o relatório de um caso que aconteceu na Índia, e que for publicado em 2013, no periódico "South African Journal of Child Health". Nesse relatório é possui encontrar a informação, que alguns autores consideravam essa condição rara e ao mesmo tempo curiosa, por ser uma suposta evidência da evolução do homem a partir de sua relação com outros animais, enquanto que outros abordavam o assunto de uma forma mais "supersticiosa".

Já em um relatório de 1984, realizado pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, em conjunto com os Institutos Nacionais de Saúde, também dos Estados Unidos, foram discutidos 34 casos de caudas humanas, que poderiam ter até 13 cm de comprimento, e que ocorreria mais frequentemente em homens do que em mulheres (o dobro de chances).

Imagens reais de crianças que nasceram com uma pequena cauda, que por sua vez não possui ossos,
e contém apenas os vasos sanguíneos, músculos e nervos
Existe até mesmo um vídeo de apenas 23 segundos publicado no ano de 2007, no YouTube, por um canal chamado "tellnothing" onde supostamente mostraria o primeiro caso de um "ser humano que teria a capacidade de mover a própria cauda". O vídeo apontaria um homem de 20 anos de idade chamado "Oleg Polovski", morador da cidade de Moscou, na Rússia. Assista a esse vídeo:



Entretanto, muitos usuários no Youtube acreditam que o vídeo seja falso, ou seja, a "cauda" seria complemente falsa. Um usuário identificado como "PaulRevere731" levantou algumas hipóteses nesse sentido. De acordo com o usuário, se a cauda fosse real, a mesma deveria estar mais próxima da parte final do cóccix, porém isso nem sempre acontece. Outra possibilidade é que ele poderia até ter uma "cauda", mas estaria movendo a mesma com a utilização de fios de nylon. Ainda segundo esse usuário, o que estaríamos vendo no vídeo também poderia ser apenas uma sobra de tecido adiposo, que protegeria a coluna vertebral durante a gestação de um bebê humano. Esse mesmo vídeo foi replicado novamente no Youtube em 2011 por um outro canal, porém não teve a mesma repercussão.

Anteriormente, havia feito uma rápida pesquisa sobre esse assunto, e não encontrei nenhuma referência concreta sobre uma pessoa que supostamente se chamaria "Oleg Polovski" e nenhuma informação científica dizendo sobre a possibilidade de controle muscular de uma "cauda humana". Portanto, é muito provável que o vídeo seja falso. Uma questão bem maior do que essa, no entanto, é que o cóccix humano se tornou objeto de discussão entre criacionistas e evolucionistas, e vamos explicar o porquê para vocês.

É possível encontrar em alguns sites de vertente criacionista (leia mais aqui e aqui), que no século XIX cerca 180 órgãos presentes no corpo humano eram considerados "vestigiais", e destituídos de função pelo simples fato de que suas funções não eram conhecidas. Esse número teria sido reduzido substancialmente ao longo do tempo com a evolução da medicina. A crença no caráter vestigial e não funcional de órgãos e estruturas teria estado na base de muitos erros médicos e teria atrasado substancialmente a investigação a respeito da função desses órgãos no corpo humano. Segundo a argumentação dos criacionistas, se baseando em conceitos amplamente difundidos no passado, inclusive no meio científico, uma estrutura que parece não ter qualquer função em uma espécie, mas é homóloga a um órgão funcional em outras, seria denominada vestigial.

Com seu diafragma pélvico, o cóccix manteria fixos muitos órgãos em nossa cavidade abdominal,
evitando que eles literalmente "caíssem por entre as nossas pernas"
Para os criacionistas, atualmente já são conhecidas e descritas diversas funções do cóccix. Com seu diafragma pélvico, ele manteria fixos muitos órgãos em nossa cavidade abdominal, evitando que eles literalmente "caíssem por entre as nossas pernas". Alguns dos músculos do diafragma pélvico também seriam importantes para o controle da eliminação dos resíduos do organismo através do reto. Além de ser o local de inserção de vários músculos, ligamentos e tendões, ele também serviria como uma "perna do tripé", que forneceria suporte de sustentação de peso para uma pessoa nas posições ereta e sentada. Embora o conhecimento a respeito desse órgão tenha avançado muito nos últimos anos, ainda assim pouco se sabe sobre sua anatomia e funcionalidade.

Para os evolucionistas a história não é bem assim. O cóccix ou "osso da cauda" seria algo simplesmente vestigial, um órgão ou uma característica em seres humanos, que perdeu a sua função original através da evolução. O "osso da cauda" seria parte de um grupo maior de funcionalidades, que caíram em desuso, tiveram sua função reduzida ou simplesmente modificada. Além disso, apesar de extremamente raro, teríamos casos de bêbes que nasceram com caudas ósseas, e não somente com tecido adiposo. Isso sem contar as diversas pessoas que tiveram que remover o cóccix por alguma razão (a chamada "coccigectomia"), e que continuaram vivendo normalmente suas vidas sem maiores complicações.

Para os evolucionistas a história não é bem assim. O cóccix ou "osso da cauda" seria algo simplesmente vestigial, um órgão ou uma característica em seres humanos, que perdeu a sua função original através da evolução
Os evolucionistas apontam que vestigial não significa que o órgão ou estrutura não tenha função, pode-se sim ter alguma nova função, mas com vestígios de uma função antiga presente em algum outro ser vivo com um grau de parentesco. O processo de adaptação seria a causa de um órgão perder ou mudar a sua função, ganhando um novo recurso, ou perdendo a função ancestral, dirigida pela deriva genética e/ou pela seleção natural, ocorrendo modificações graduais de estruturas já existentes. Mesmo que o "vestígio" aparecesse no desenvolvimento embrionário, o mesmo poderia desaparecer durante essa fase e não se apresentar na vida adulta, assim como nos casos envolvendo "caudas humanas". As estruturas vestigiais seriam uma assinatura da evolução, uma evidência de que a evolução existiria, e a história dessa evolução estaria escrita nos corpos de todos os seres vivos.

Como vocês podem ver, talvez essa discussão só acabe com mais estudos sobre o cóccix ou até que ele desapareça complemente ao longo do processo evolutivo do ser humano. Esse é um debate de ideias e pensamentos muito acirrados, porém considero relevante e interessante que você conheça um pouquinho de cada lado, e tenha sua própria opinião sobre o assunto. De qualquer forma, vamos ao assunto principal dessa postagem!

Jovem Indiano Passa por Cirurgia para Remover Sua "Cauda" Com Cerca de 18 cm de Comprimento


Esse caso passou a ser divulgado para o mundo na semana passada, principalmente devido aos tabloides ingleses, que se apoiaram nas informações cedidas pela Caters News Agency, uma agência internacional e independente de notícias. Assim como a maioria das agências de notícias, a Caters compra e vende contéudo, incluindo histórias, vídeos ou fotos de pessoas, e as repassam para dezenas ou centenas de veículos de imprensa que buscam nessas agências, notícias interessantes para serem publicadas. É uma cadeia absolutamente normal da informação, porém muitas vezes isso significa que algo acaba sendo publicado sem ser verificado. Afinal, caso algo "dê errado" isso acaba não se tornando um "problema" do tabloide, mas da agência de notícias da qual a notícia foi extraída.

Um exemplo de notícia que já questionamos em nosso blog, cujo material foi oriundo da Caters, foi a postagem relacionada ao suposto "rosto de um demônio" que teria sido fotografado em uma das casas mais "mal-assombradas" da Inglaterra (leia mais:O "Rosto de um Demônio" Foi Fotografado em uma das Casas Mais "Mal-Assombradas" da Inglaterra?). Lembram desse caso? Pois bem, a notícia sobre o jovem indiano, que teria a maior cauda humana já registrada, partiu da agência Caters, portanto tudo cuidado era pouco. No entanto, aparentemente, a notícia é mesmo verdadeira, exceto, é claro, pela polêmica entre criacionistas e evolucionistas sobre essa questão relacionada as "caudas humanas".

A notícia dizia que um jovem de 18 anos, morador da cidade de Nagpur, no estado de Maharashtra, na Índia, teria passado por um procedimento cirúrgico para remover uma espécie de cauda, com cerca de 18 cm de comprimento, aparemente a maior "cauda humana" já registrada, no Sri Sathya Sai Institutes of Higher Medical Sciences, popularmente conhecido como Super Specialty Hospitals (SSH), cujas instalações fornecem atendimento a pacientes sem distinção de casta, classe, credo, sexo, religião ou nacionalidade, de forma totalmente gratuita. A cirurgia teria acontecido no domingo passado (2).

Em entrevista concedida na terça-feira passada (4), o Dr. Pramod Giri, o chefe do departamento de Neurocirurgia e da equipe responsável pela operação, disse que a família tinha conhecimento sobre a "cauda", porém eles acabaram não levando o rapaz a um médico devido ao estigma social e da superstição atrelada a mesma. Contudo, quando a situação se tornou bem problemática e começou a afetar o seu cotidiano, visto que ele começou a sofrer muitas dores para se sentar e se deitar, a família acabou levando o jovem ao hospital para que os médicos pudessem avaliar o caso.

"Esse é um caso extremamente raro, e não tínhamos visto tal anormalidade por aqui anteriormente. Ele acabou sendo internado somente após ter se queixado de uma dor extrema na parte inferior das costas, tal como apresentando problemas para se deitar ou sentar", disse o Dr. Pramod Giri.

"O rapaz também estava sofrendo de um problema psicológico grave, uma vez que a cauda estava crescendo, então ele sempre tinha que ajustar a cauda em sua roupa quando precisava se sentar. A família sempre teve consciência do problema, mas se recusava consultar um médico, uma vez que eles eram supersticiosos, e consideravam isso como um amuleto de boa sorte para o rapaz", continuou.

"Eles esconderam sua condição por todos esses anos devido a preocupação com o estigma social e também porque não estava resultando em qualquer problema de saúde para ele até o presente momento. Ele está muito feliz. Agora está bem mais confortável para dormir e se sentar. Ele diz que se sente mais confiante sobre si mesmo agora", completou.

Durante a cirurgia, o Dr. Pramod Giri foi assistido por dois médicos do departamento de Neurocirurgia, a Dra. Divik Mittal e o Dr. Vivek Agrawal, e os anestesistas, Dra. Lulu Fatema Vali, o Dr. Abhay Ganar e o Dr. Vaibhav Chauhan. O jovem, que não teve seu nome divulgado, recebeu alta no fim da semana passada.

A cirurgia para remover a "cauda" foi relativamente simples, visto que não havia nenhum osso ou tecido muscular em sua cauda. Resumindo? Aparentemente, se tratava de um caso de uma "pseudocauda". Confira mais detalhes no vídeo divulgado pela agência de notícias Caters, em um canal de terceiros no YouTube:



Assista também a essa rápida reportagem divulgada pelo canal da ETV Andhra Pradesh, no YouTube, no dia 4 de outubro desse ano:



O site "India Times" se mostrou surpreso, uma vez que o rapaz "não teria usado sua cauda como fator para impulsionar sua vida", considerando que crianças com malformações ou deformidades congênitas são adoradas como deuses em algumas partes da Índia, onde o senso comum ainda não tem prevalecido.

Enfim, pelo visto esse debate em relação ao cóccix e eventuais "caudas humanas" não tem prazo final para se encerrar. Sinceramente, acredito que existe algo bem mais importante do que isso, que é a consciência de que essas "anomalias" não são "presentes divinos", mas sim algo muito mais mundano. Somente os deuses daquele rapaz sabem o que ele passou durante todos esses anos, tendo que conviver e tentando aceitar que sua anomalia fosse um amuleto de prosperidade. Talvez agora, extirpando toda uma crença vestigiosa de seu corpo, e que não possui nenhuma relação com sua crença interior, ele consiga ver a vida com outros olhos. Não que ele precise ignorar seus deuses, mas que ele entenda, que para ter boa sorte, não é necessário acreditar em algo pendurado no seu corpo. Poderia ser simplesmente algo pendurado no retrovisor interno de um carro. Afinal, qual a diferença?

Até a próxima, AssombradOs!

Criação/Tradução/Adaptação: Marco Faustino

Fontes:
http://boblucascarvalho.blogspot.com.br/2015/03/coccix-vestigio-de-uma-cauda.html
http://escola.britannica.com.br/article/480629/antropoide
http://indiatribune.com/doctors-remove-18-cm-tail-from-nagpur-boys-back/
http://scienceline.ucsb.edu/getkey.php?key=4555
http://timesofindia.indiatimes.com/city/nagpur/18cm-long-human-tail-removed-surgically-from-18-year-old-boy/articleshow/54665239.cms
http://www.amarujala.com/photo-gallery/bizarre-news/world-of-wonders/doctors-removed-vestigial-tail-from-18-years-old-boy-back-in-nagpur?pageId=7
http://www.bbc.co.uk/newsbeat/article/37591115/a-teenager-in-india-has-a-20cm-tail-removed-from-his-back
http://www.criacionismo.com.br/2015/06/o-coccix-e-suposta-cauda-vestigial.html
http://www.dailymail.co.uk/health/article-3823461/The-teenager-7-inch-TAIL-18-year-old-finally-growth-removed-painful-sit-sleep.html
http://www.indiatimes.com/news/india/doctors-just-removed-a-18-centimetre-long-tail-from-this-18-year-old-boy-s-back-263068.html
http://www.sajch.org.za/index.php/SAJCH/article/view/456/389
https://www.britannica.com/list/7-vestigial-features-of-the-human-body
https://www.youtube.com/watch?v=vfQWpRNa4WQ

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