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Contato Extraterrestre? Um Intrigante Sinal de Rádio Teria Vindo da Estrela "HD 164595", na Constelação de Hércules?

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Por Marco Faustino

Em meados de janeiro desse ano, escrevi sobre a possibilidade do sinal "Wow!" ("Uau!", em português) ter vindo de cometas e não de civilizações extraterrestres. Naquela ocasião, realizei uma postagem bem completa sobre esse sinal que foi captado pelo radiotelescópio "Big Ear", que pertencia a Universidade Estadual de Ohio e ficava localizado no Observatório Perkins, na cidade de Delaware, Ohio, nos Estados Unidos, na noite de 15 de agosto de 1977, quando o astrônomo americano Jerry R. Ehman estava trabalhando no projeto SETI, procurando evidências de que civilizações alienígenas podiam estar tentando se comunicar conosco usando ondas de rádio. Ele tomou um verdadeiro susto ao olhar os dados impressos, visto que no papel havia um sinal muito diferente do que qualquer outro que ele havia captado naquela noite. Era algo tão particular e fascinante, que ele o circulou e escreveu "Wow!" em vermelho. Um sinal cuja principal sequência ficou conhecida como "6EQUJ5". Desde então foram realizadas diversas outras buscas na esperança de detectar novamente esse sinal, porém ele nunca mais foi detectado. Ao longo do tempo também surgiram diversas teorias para explicá-lo, e nenhuma conseguiu fornecer explicações suficientes. Aliás, esse é um dos maiores mistérios que ainda "assombra" o mundo da Astronomia, mesmo nos dias de hoje. Você pode conferir mais detalhes sobre o sinal "Wow!" ao acessar a referida postagem: O Misterioso "Sinal Wow!" Pode Ter Vindo de Cometas, não de Civilizações Extraterrestres

O principal motivo que me levou a escrever sobre o sinal "Wow!" foi justamente um artigo realizado por Antonio Paris, professor de Astronomia da Faculdade de São Petersburgo, no estado da Flórida, nos Estados Unidos, onde ele e seu colega Evan Davies, pertencente ao "The Explorers Club", em Nova York, também nos Estados Unidos, acreditavam ter resolvido o mistério de quase 40 anos sobre o sinal "Wow!".  Para Antonio Paris e Evan Davies, o "sinal" poderia estar vindo do cometa 266P/Christensen ou do P/2008 Y2. Estes dois cometas não tinham sido detectados até o ano de 2006, portanto, os cometas e suas respectivas nuvens de hidrogênio não tinham sido considerados na época da detecção do sinal "Wow!". Para provar que pode estar certo, Antonio Paris propôs que os astrônomos observem a mesma região do sinal "Wow!" quando esses dois cometas estiverem de volta naquela mesma direção. O cometa 266P/Christensen será o primeiro a transitar pela região em 25 de Janeiro de 2017. Em seguida teremos o P/2008 Y2 (Gibbs) em 7 de Janeiro de 2018. Interessante, não é mesmo?

Para minha surpresa, anteontem me deparei com um assunto muito interessante, e que também envolvia um forte sinal de rádio, que teria sido captado pelo radiotelescópio RATAN-600, em Zelenchukskaya, uma localidade rural no Distrito da República da Carachai-Circássia, uma divisão federal da Rússia, não muito longe da fronteira com a Geórgia, no Cáucaso. O sinal estaria vindo da direção de uma estrela chamada "HD 164595", na constelação de Hércules. A princípio, essa estrela seria muito semelhante ao nosso Sol, visto que possui cerca de 0,99 massas solares, uma idade estimada de 6,3 bilhões de anos e uma metacilidade praticamente idêntica. Para ser mais preciso, sua temperatura média seria um pouco mais quente que o nosso Sol, e cerca de 100 milhões anos mais jovem que a nossa estrela. Aliás, ela estaria a "apenas" a 95 anos-luz de distância da Terra. Não se sabe exatamente a quantidade de planetas que estariam orbitando a estrela HD 164595, porém ao menos um corpo celeste que a orbita é conhecido: o "HD 164595 b", que é um planeta com 0.05 da massa de Júpiter, e com um período de translação de apenas 40 dias. Ele também é conhecido por ser uma espécie de "Netuno quente" (um tipo de exoplaneta que se situa próximo à estrela ao redor da qual orbita), e possui uma órbita circular. Contudo, será que esse sinal poderia estar vindo de algum planeta ainda não detectado dessa estrela? Será essa finalmente uma prova de um contato extraterrestre com a nossa civilização? Vamos saber mais sobre esse assunto?

Como Toda Essa História Começou


Particulamente, nunca tinha lido nada a respeito de um sinal de rádio que estivesse vindo da direção de uma estrela chamada "HD 164595", porém sua história começou a ser divulgada recentemente pelo astrônomo norte-americano Paul Gilster, membro do SETI, em uma postagem intitulada "An Interesting SETI Candidate in Hercules" ("Um interessante candidato para SETI em Hércules", em português), em seu blog chamado "Centauri Dreams". Na postagem é mencionado, que ele não era apenas um sinal potencialmente candidato a ser investigado pelo SETI, era também um sinal de boas-vindas de que os esforços nesse sentido poderiam um dia acabar compensando.

Foi citado que uma equipe internacional de pesquisadores teria anunciado a detecção de "um forte sinal vindo da direção da estrela HD164595", numa espécie de estudo que estava circulando pela comunidade astronômica, e que estava sendo "enviado" por uma pessoa chamada Alexander Panov. Conforme dissemos anteriormente, a detecção teria sido realizada pelo radiotelescópio RATAN-600, em Zelenchukskaya, uma localidade rural no Distrito da República da Carachai-Circássia, uma divisão federal da Federação Russa, não muito longe da fronteira com a Geórgia, no Cáucaso.

Imagem do Google Maps mostrando a localização de Zelenchukskaya, uma localidade rural no Distrito da República da Carachai-Circássia, uma divisão federal da Federação Russa

Foto aérea do radiotelescópio RATAN-600 pertencente a Academia de Ciências da Rússia

Foto do Irradiador do radiotelescópio RATAN-600


O sinal teria sido captado em 15 de maio de 2015 as 18:01:15.65 (hora sideral), num comprimento de onda de 2,7 cm, que resultaria em cerca de 11 Ghz, uma banda cuja frequência é considerada super alta. Além disso, a amplitude estimada do sinal era de 750 MJY. É importante frisar nesse ponto, que ninguém estava afirmando que fosse um sinal de uma civilização extraterrestre, porém certamente valia a pena a realização de um estudo mais aprofundado sobre esse sinal.

Em relação a intensidade, os pesquisadores disseram que se o sinal estivesse vindo de um vetor isotrópico, somente um civilização "Kardashev Tipo II" (explicaremos rapidamente sobre a "escala Kardashev" na parte final dessa postagem) teria capacidade para emitir um sinal dessa magnitudade. Se fosse um sinal de "feixe estreito", direcionado apenas para o nosso Sistema Solar, poderia indicar a capacidade tecnológica de uma civilização "Kardashev Tipo I".

Imagem divulgada no estudo enviado a diversos pesquisadores do SETI sobre um forte sinal
que teria vindo da direção da estrela HD 164595
A possibilidade de que fosse apenas um ruído, de uma forma ou de outra, também não podia ser descartada, sendo que pesquisadores do Observatório de Paris, na França, liderados pelo astrônomo Jean Schneider, estavam considerando que o sinal fosse o resultado de um fenômeno natural chamado microlentes gravitacionais, em que a gravidade de uma estrela "se fortalece e concentra os sinais" a uma distância maior. A questão é que o sinal era tão intrigante, que os pesquisadores do radiotelescópio RATAN-600 pediram que a estrela fosse constantemente monitorada em outros locais, ou seja, pelos equipamentos a disposição do SETI.

O estudo em questão ainda será discutido num encontro do Comitê Permanente do IAA SETI, que será realizado durante o 67º Congresso Internacional de Astronáutica (IAC), em Guadalajara, no México, no mês que vem, mais precisamente no dia 27 de setembro. Porém, antes mesmo que isso acontecesse, o SETI rapidamente se organizou para poder "escutar" eventuais sinais oriundos da direção da estrela HD 164595. Mais informações e outros comentários de membros do SETI também foram divulgados por sites internacionais especializados em Astronomia.

O SETI Rapidamente se Organizou Para Monitorar a Estrela HD 164595


De acordo com uma matéria publicada no site de notícias GeekWire, os pesquisadores do SETI estariam bem agitados em relação a um intenso pico nos sinais de rádio, que parecia vir da direção de uma estrela, semelhante ao nosso Sol, na constelação de Hércules, conhecida como HD 164595.  Curiosamente, o sinal se encaixava de modo concebível com o perfil para uma transmissão intencional de uma fonte extraterrestre, mas também poderia estar relacionado a uma interferência de rádio terrestre ou de um fenômeno natural chamado "microlentes gravitacionais".

Os pesquisadores do SETI estariam bem agitados em relação a um intenso pico nos sinais de rádio, que parecia vir da direção de uma estrela, semelhante ao nosso Sol, na constelação de Hércules, conhecida como HD 164595

Não se sabe exatamente a quantidade de planetas que estariam orbitando a estrela HD 164595, porém ao menos um corpo celeste que a orbita é conhecido: o "HD 164595 b", que é um planeta com 0.05 da massa de Júpiter, e com um período de translação de apenas 40 dias. Ele também é conhecido por ser uma espécie de "Netuno quente", e possui uma órbita circular
De qualquer forma, independentemente do que viesse a ser, o sinal teria despertado interesse por parte do SETI, e por aqueles que se "especializam" na busca por uma eventual inteligência extraterrestre, assim como Paul Gilster, do blog "Centauri Dreams", que trouxe o caso para o conhecimento público nesse último fim de semana. Na noite de anteontem (28), ao menos dois grupos de pesquisa do SETI tentaram apontar seus respectivos equipamentos com o objetivo de monitorar a estrela HD 164595.

O Instituto SETI teria utilizado o "Allen Telescope Array" ("Conjunto de Telescopios Allen", em português), no norte da Califórnia, nos Estados Unidos, enquanto uma equipe do METI Internacional (Messaging Extraterrestrial Intelligence) tentou utilizar o "Boquete Optical SETI Observatory" (o "Observatório Óptico do SETI, localizado na cidade de Boquete, no Panamá).

O "Allen Telescope Array" ("Conjunto de Telescopios Allen", em português),
localizado no norte da Califórnia, nos Estados Unidos

O "Boquete Optical SETI Observatory" (o "Observatório Óptico do SETI,
localizado na cidade de Boquete, no Panamá).
Em um email enviado ontem (29) para o site "Universe Today", Douglas Vakoch, presidente do METI International, sediado em São Francisco, na Califórnia, nos Estados Unidos, disse que o Conjunto de Telescopios Allen já havia completado seu reconhecimento inicial da HD 164595, porém "sem indicações de tecnologias extraterrestres em freqüências de rádio", e que agora o passo seguinte seria procurar em outras partes do espectro electromagnético. Já em relação ao Observatório Óptico do SETI, o mesmo não pode ser utilizado devido a fortes tempestades que estavam assolando a região em que ele está instalado, no Panamá. Assim sendo, eles teriam que aguardar por uma noite com céu limpo para procurar por pulsos curtos de laser. Na verdade, seria reservado cerca de uma hora para observar na direção da constelação de Hércules logo após o pôr do sol.

Ainda segundo a GeekWire, o caso estava sendo comparado ao sinal "Wow!", de 1977, e o mais recente mistério envolvendo a estrela KIC 8462852, também conhecida por "Tabby’s Star", em que algumas pessoas acreditam que possa existir uma megaestrutura alienígena hipotética denominada "Esfera de Dyson". Nós já falamos sobre a KIC 8462852 anteriormente, e frequentemente atualizamos vocês em relação as novidades divulgadas sobre a mesma. A parte "estranha", no entanto, é que até então, mesmo após 15 meses após ter sido registrado, ninguém nunca sequer comentou sobre a existência desse sinal. A parte "boa"é que o sinal seria discutido em um congresso no mês que vem.

Douglas Vakoch, presidente do METI International, sediado em São Francisco, na Califórnia, nos Estados Unidos
Os pesquisadores por trás da detecção, liderados por Nikolai Bursov, do Observatório Astrofísico Especial da Academia de Ciências da Rússia, teriam realmente recomendado que a estrela fosse permanentemente monitorada, portanto é basicamente isso que o SETI está tentando fazer. Em um outro email enviado para o site GeekWire, Douglas Vakoch também explicou o porquê ele e outros cientistas do SETI tinham a obrigação de acompanhar esse caso:

"Os protocolos padrões do SETI dizem que a confirmação de possíveis sinais precisa ser realizada a partir de um observatório a parte. Isso ajuda a garantir que o sinal original não tenha surgido de uma falha técnica no observatório original, e isso ajuda a descartar uma farsa perpetuada por alguns alunos de pós-graduação visando o experimento SETI.

No passado, o entendimento do SETI em relação a 'observações de acompanhamento' manteve seu foco sobre a confirmação do sinal original, buscando por um sinal de repetição com a mesma frequência. Isso é um passo crítico para a confirmação - e ainda não temos evidências de que esse tipo de acompanhamento aconteceu em relação a estrela HD 164595.

Além disso, é preciso estar alerta para a possibilidade de que se nós realmente encontrarmos um sinal de uma civilização avançada, que eles também estejam transmitindo em outras freqüências do que aquela em que primeiramente foi detectada. É por isso que é tão importante para se preparar em relação as observações de acompanhamento do SETI, em frequências de rádio e ópticas, que serão iniciadas assim que se detectar um sinal candidato credível em qualquer frequência."

Diga-se de passagem, Vakoch esteve envolvido em observações de acompanhamento da estrela KIC 8462852 no ano passado, e ele também pretende manter um olhar atento em relação a "Proxima Centauri".

Posteriormente, Seth Shostak, astrônomo sênior do Instituto SETI em Mountain View, na Califórnia, nos Estados Unidos, também enviou um email com suas considerações sobre a estrela HD 164595.

Seth Shostak, astrônomo sênior do Instituto SETI em Mountain View, na Califórnia, nos Estados Unidos
"Essa história é um tanto quanto intrigante. Como que os russos encontraram este sinal há mais ou menos um ano, e simplesmente não permitiram que outras pessoas soubessem? Essa não é uma boa política, uma vez que você queira a confirmação num outro telescópio, mas... Isso é verdadeiro? O sinal pode ser verdadeiro, mas suspeito que não seja extraterrestre. Existem outras possibilidades para um sinal de banda larga como este, e são causados por fontes naturais (ou até mesmo interferência terrestre).

Fiz um rápido cálculo de quanta potência eles precisariam para enviar esse sinal a uma distância de 94 anos-luz (acho que é essa distância), com o objetivo de produzir o sinal aparentemente recebido, e a 'conta de luz' seria bem alta, ainda que fosse uma transmissão para uma determinada direção (ao invés de transmitir igualmente em todas as direções). Também temos que considerar que existe um único planeta conhecido, que gira em torno dessa estrela, e está em uma órbita muito curta, o que significa que é provavelmente um lugar muito mais quente do que o melhor restaurante de Seattle. Bem, pode haver outros planetas por lá, é claro...

Então, não há muito a ser dito por enquanto. Entretanto, estamos monitorando a estrela HD 164595 com o "Conjunto de Telescopios Allen" no exato instante em que estamos em contato com vocês."

Em declaração para o site New Scientist, Seth Shostak mencionou que uma "eventual civilização extraterrestre" necessitaria de 10^20 (10 elevado a vigésima potência) watts de energia para poder transmitir tais ondas de rádios em todas as direções. Isso é centenas de vezes mais do que toda a energia que incide sobre a Terra proveniente dos raios solares. Se fosse somente em direção a Terra esse número cairia para 10^13 (10 elevado a décima-terceira potência), que é mais ou menos a quantidade total de energia utilizada pela humanidade - todos os carros, todos os aviões, todos os dispositivos eletrônicos, tudo o que você imaginar. Sem dúvida alguma, isso não seria um um projeto de ciências do Ensino Médio.

O site "Ars Technica", por sua vez, entrou em contato com Nick Suntzeff, astrônomo da Universidade Texas A&M, nos Estados Unidos, para saber o que este sinal, que seria de 11GHz, poderia ser se não fosse de origem extraterrestre. Segundo Nick Suntzeff, se o sinal fosse realmente de origem astronômica, seria bem estranho. Embora haja um misterioso fenômeno astrofísico de alta energia chamado de "fast radio bursts" ("rajadas rápidas de rádio", em português), em que são observados alguns gigahertz, os mesmo duram apenas 10 milissegundos ou menos (sendo este evento durou muito mais tempo).

Nick Suntzeff, astrônomo da Universidade Texas A&M, nos Estados Unidos
Suntzeff acrescentou que ele não ficaria surpreso se o sinal estivesse relacionado a uma origem terrestre, porque foi observado numa parte do espectro de rádio utilizada pelos militares.

"Sabe Deus quem ou o que transmite a 11GHz, e não seria fora de cogitação que fosse algum tipo de comunicação sendo realizada entre estações terrestres e satélites. Se eu fosse os astrônomos, acompanharia isso de perto, mas eu não faria nenhum alarde, uma vez que existe uma chance significativa de ser algo militar", disse Nick Suntzeff.

O site "Gizmodo" ressaltou a declaração de Eric Korpela, um dos diretores do SETI, em uma publicação realizada no site SETI@home. Confira abaixo o que ele escreveu sobre o caso envolvendo a estrela HD 164595.

"Fui uma das muitas pessoas que receberam o e-mail com o assunto: 'SINAL CANDIDATO ao SETI DETECTADO por Russos a partir da estrela HD 164595 pelo radiotelescópio RATAN-600'. Uma vez que o email veio de pesquisadores conhecidos do SETI, resolvi dar uma olhada na apresentação. Fiquei impressionado. Em uma de 39 varreduras que fizeram da estrela, foi apontado um sinal de cerca de 4,5 vezes a potência média de um perfil semelhante a de um feixe. Evidentemente, o SETI@home tem visto milhões de potenciais sinais com características semelhantes, mas é preciso mais do que isso para termos um bom candidato. Múltiplas detecções é um critério fundamental.

Eric Korpela, um dos diretores do SETI
Uma vez que os receptores utilizados realizaram medições de banda larga, não há realmente nada sobre este "sinal" que possa distinguí-lo de fontes naturais (flare estelar, núcleo galático ativo, microlente de uma fonte de fundo etc...). Também não há nada que pudesse distinguí-lo de um satélite que estivesse passando pelo campo de visão do telescópio. Tudo isso somado, é relativamente desinteressante do ponto de vista do SETI."

Resumindo, não há maiores informações sobre esse suposto sinal que poderia ter origem extraterrestre, e que teria vindo da direção da estrela HD 164595. Provavelmente teremos maiores informações no decorrer das semanas ou então durante o 67º Congresso Internacional de Astronáutica (IAC), em Guadalajara, no México, que será realizado no fim do mês que vem.

Segundo o blog Mensageiro Sideral, o pessoal do SETI criou a escala "Rio". Ela seria destinada a ajudar a comunicar à imprensa potenciais descobertas, sendo que ela vai de zero (algo desprezível) a dez (algo extraordinário), e teria recebido esse nome por ter sido anunciada pela astrofísica "Jill Tarter" durante o Congresso Internacional de Astronáutica realizado no Rio de Janeiro, em 2000. Pois bem. O sinal da HD 164595 marcaria no máximo "2" na escala Rio, o que significaria "interesse baixo", e mais provavelmente atingiria apenas 1 (algo "insignificante"), ou seja, nada tão interessante, na verdade. Contudo, ficaremos atentos as eventuais novidades que surgirem no decorrer do tempo.


Para terminar essa postagem, vamos conhecer rapidamente um pouco sobre a "Escala Kardashev".

Entenda a Escala Kardashev


A escala Kardashev foi criada em 1964 pelo astrofísico russo Nikolai Kardashev como uma forma de categorizar o avanço tecnológico de uma civilização. Ela é baseada na quantidade de energia que uma civilização é capaz de explorar e utilizar. Assim sendo, a escala hipotética possui três níveis:
  • Tipo I: A civilização usa todos os recursos disponíveis em seu planeta natal e dominou a utilização da fusão nuclear.
  • Tipo II: A civilização aproveita toda a energia proveniente da sua estrela.
  • Tipo III: A civilização aproveita toda a energia existente na galáxia que habita.
A escala Kardashev foi criada em 1964 pelo astrofísico russo Nikolai Kardashev
como uma forma de categorizar o avanço tecnológico de uma civilização
Para que vocês tenham uma noção, a Terra nem mesmo chegou no Tipo I, visto que a civilização humana seria considerada "Tipo 0". Ao longo do tempo mais níveis foram sido propostos em relação a escala original. Por exemplo, alguns propuseram uma civilização do Tipo IV, que seria capaz de aproveitar a energia através de um universo inteiro.

Enfim, AssombradOs, conforme dissemos anteriormente, ficaremos de olho nesse caso relacionado a estrela HD 164595, e manteremos vocês informados assim que novas informações forem divulgadas seja através dessa mesma postagem ou através de um "Minuto AssombradO"!

Até a próxima, AssombradOs!

Criação/Tradução/Adaptação: Marco Faustino

Fontes:
http://arstechnica.com/science/2016/08/seti-has-observed-a-strong-signal-that-may-originate-from-a-sun-like-star/
http://www.assombrado.com.br/2015/09/astronomo-tenta-procurar-por.html
http://www.assombrado.com.br/2016/01/o-misterioso-sinal-wow-pode-ter-vindo.html
http://gizmodo.com/alien-hunters-spot-freaky-radio-signal-coming-from-near-1785889615
http://observer.com/2016/08/not-a-drill-seti-is-investigating-a-possible-extraterrestrial-signal-from-deep-space/
http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-3763416/Is-Earth-contacted-ALIENS-Mystery-radio-signals-coming-sun-like-star-baffle-scientists.html
http://www.popularmechanics.com/space/a22597/seti-signal-nearby-star/

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