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Por Marco Faustino
No dia 20 de janeiro desse ano a comunidade astronômica mundial se viu diante de um anúncio que com certeza foi um dos temas mais comentados daqule mês. Conseguem se lembrar qual era assunto? Acertou quem pensou sobre o "Planeta 9" ou como muitos estavam dizendo, o lendário "Planeta X". Naquela época Konstantin Batygin e Mike Brown publicaram a "descoberta" de um novo planeta em nosso Sistema Solar no periódico The Astronomical Journal (K. Batygin and M. E. Brown Astronom. J. 151, 22; 2016), baseando suas conclusões somente em relação a modelagem matemática e computacional que fizeram utilizando o supercomputador chamado CITerra, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, mais conhecido como Caltech.
Esse novo planeta seria um gigante gasoso tão grande quanto Netuno, e orbitaria a bilhões de quilômetros de distância da órbita do oitavo planeta: longe o bastante para levar entre 10.000 a 20.000 anos para dar uma volta completa em torno do sol. Com uma órbita dessas esse suposto planeta nunca iria chegar mais próximo do que cerca de 200 vezes a distância Terra-Sol, ou 200 unidades astronômicas (UA). Essa faixa iria colocá-lo muito além de Plutão, no reino de corpos gelados conhecido como o Cinturão de Kuiper, logo o Planeta "9" poderia vagar entre 600 a 1200 UA, muito além de Netuno, que está a cerca de "apenas" 30 UA. Além disso, o suposto planeta teria cerca de 10 vezes a massa da Terra ou 5.000 vezes a massa de Plutão. Caso você queira saber mais detalhes sobre o que estamos dizendo, acesse nossa notícia e assista ao vídeo que fizemos sobre esse assunto: Planeta X? Planeta Nove? Será Mesmo Que Astrônomos Descobriram um Novo Planeta em Nosso Sistema Solar?
Depois de muita euforia esse tema foi deixado um pouco de lado, e ressurgiu recentemente na mídia, no final do mês de março, com uma postagem de Mike Brown em sua conta no Twitter, onde o mesmo apontou a descoberta de uma nova órbita um tanto quanto excêntrica de um KBO (sigla para "Kuiper Belt Object", ou seja, "Objeto do Cinturão de Kuiper", em português). Aliás, segundo ele, essa órbita seria exatamente onde o "Planeta 9" deveria estar. Entretanto, uma outra teoria que já possui cerca de 30 anos também ressurgiu na mesma semana dizendo que o "Planeta X" poderia ser o responsável por extinções em massa na Terra, podendo ter, inclusive, levado os dinossauros a extinção. Uma vez que a mídia sempre misturou os termos "Planeta 9" e "Planeta 10", não demorou muito para ambos passassem a ser divulgados como se fossem o mesmo caso. Vamos saber mais sobre esses dois assuntos?
Desde a sua "descoberta" no início deste ano, o misterioso "Planeta 9" vem tirando o sono de muitos astrônomos que continuam buscando por sinais que possam confirmar a sua existência. No dia 24 de março, o astrônomo Mike Brown publicou em sua conta no Twitter, um gráfico contendo a órbita de diversos corpos celestes, porém um deles chamava muito a atenção justamente por ser bem maior que as demais. Junto ao gráfico ele escreveu: "Olá fãs do Planeta Nove, um novo KBO excêntrico foi encontrado. E está exatamente onde o Planeta Nove deveria estar".
O KBO em questão era o "uo3L91" e estava sendo mostrando através de uma linha azul contínua no gráfico. Sua descoberta foi feita a partir de um programa de pesquisa para a detecção e observação de objetos transnetunianos chamado "Outer Solar System Origins Survey" ("Pesquisa das Origens no Sistema Solar Exterior", em português), mais conhecido como OSSOS, no telescópio Canadá-França-Havaí.
Coincidentemente ou não, poucos dias depois da divulgação dessa "nova evidência" que poderia realmente indicar a existência do "Planeta 9", mais precisamente no dia 30 de março, foi publicada uma notícia um tanto quanto intrigante por parte da Universidade do Arkansas, em seu próprio site. A mesma dizia que um pesquisador da universidade havia relacionado o "Planeta X" aos eventos de extinções em massa que já ocorreram na Terra. Mais uma vez, como estamos cansados de ver quando se trata de "Planeta X", a notícia considerou que ambos pudessem se tratar do mesmo corpo celeste. Abaixo você pode conferir na íntegra o que foi publicado pela Universidade do Arkansas:
De acordo com a hipótese de Daniel Whitmire, tudo isso é um processo bastante simples. Basicamente, o "Planeta X" orbita o Sol, assim como todos os corpos celestes em nosso Sistema Solar. Entretanto, de acordo com o que Daniel disse, o mesmo passa pelo Cinturão de Kuiper, e desloca um grupo de cometas, que vêm "voando" em direção ao Sol e nesse processo, a Terra é atingida em meio ao "fogo cruzado", e então, temos uma extinção em massa.
Daniel Whitmire também apontou para o registro fóssil, onde o mesmo mostra algumas evidências de que chuvas de cometas na Terra acontecem regularmente a cada 26-27 milhões de anos aproximadamente. Esses cometas não apenas atingem a Terra, mas também "queimariam" conforme se aproximassem do Sol, reduzindo assim a quantidade de luz solar que receberíamos. Como? Simples, esse processo geraria "nuvens de detritos", que diminuiriam a intensidade da luz do sol, causando um evento de resfriamento global, e que aceleraria o desaparecimento da vida na Terra. Ainda segundo Daniel, o "Planeta X" foi a última hipótese que restou, visto que ao longo de 30 anos, as outras duas foram refutadas. Entenderam?
Em uma entrevista para o tabloide britânico Daily Mail, Mike Brown destacou que o "Planeta 9", o qual ele está procurando, provavelmente não é o "Planeta X", que Daniel Whitmire e Maltese esperam que seja.
"Whitmire tem especulado durante décadas sobre um planeta muito massivo e muito distante que esteja 'empurrando' os cometas ao ser redor. Precisa ter um período orbital de algo em torno de 27 milhões de anos", disse Mike Brown.
"Por mais que essa ideia possa ou não fazer sentido, definitivamente não tem nada a ver com o Planeta 9, que está muito mais próximo do Sol e, portanto, leva 'apenas' 15.000 anos para dar uma volta ao seu redor. A evidência em relação ao Planeta 9 não aponta se existe ou não um Planeta X mais distante", completou.
Entretanto, Daniel Whitmire disse, também em entrevista para o Daily Mail, que as novas descobertas não descartaram um planeta conforme ele descreveu em seu artigo original.
"Sinto-me bem otimista em relação as novas evidências por mais que as estimativas atuais não sejam totalmente consistentes com nosso modelo de Planeta X. Entretanto, pode ser possível que um planeta menor e mais próximo, também pudesse explicar as anomalias nas órbitas dos objetos do Cinturão de Kuiper, uma vez que existem incertezas em suas estimativas", disse Daniel Whitmire.
"O efeito de um planeta depende tanto de sua massa quanto de sua distância, de modo que um planeta menos massivo pode produzir efeitos gravitacionais semelhantes. Os autores do 'Planeta 9' reconhecem que outras combinações de massa e distância ainda não podem ser descartadas", completou.
"Duas das propriedades do 'Planeta 9', sua inclinação orbital, e a excentricidade de sua órbita, são muito consistentes com os nossos requisitos apresentados em relação ao Planeta X. Alternativamente, mesmo supondo que as estimativas deles estejam totalmente corretas, poderia haver dois planetas transnetunianos assim como outras pessoas já sugeriram", finalizou.
O site do Discovery News chegou a ressaltar que embora haja evidência de extinções em massa na Terra, que estejam relacionadas com períodos de "bombardeamento" de cometas/asteroides, o "gatilho" para que isso aconteça não é necessariamente a existência de um planeta massivo no Sistema Solar exterior. Estudos anteriores sugeriram que os eventos de "bombardeamento" de cometas coincidem com a passagem do Sistema Solar através do nosso plano galáctico. Na verdade seria uma banda densa de matéria escura que faz com que o "drama cometário" aconteça de forma cíclica e por volta de 26 a 27 milhões de anos.
Por fim, o site do Daily Mail chegou a ressaltar as cinco grandes extinções em massa que já ocorreram em nosso Planeta, ou seja, por cinco vezes, a maior parte da vida em nosso planeta foi extinta no que tem sido chamado de "extinções em massa", e muitas vezes associadas a impactos de meteoros gigantescos. Vamos citá-las rapidamente:
Até a próxima, Assombrados!
Criação/Tradução/Adaptação: Marco Faustino
Fontes:
http://news.discovery.com/space/could-planet-x-cause-comet-catastrophes-on-earth-160330.htm
http://phys.org/news/2016-03-links-mass-extinctions-planet.html
http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-3512652/Is-really-NINTH-planet-solar-Scientists-say-evidence-mysterious-world.html
http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-3515532/The-mystery-Planet-X-deepens-Expert-believes-mysterious-ninth-planet-blame-wiping-dinosaurs.html
http://www.sciencealert.com/this-researcher-thinks-planet-nine-could-cause-mass-extinctions-on-earth-every-27-million-years
http://www.valuewalk.com/2016/03/planet-x-cause-mass-extinctions-earth/
https://news.uark.edu/articles/34087/u-of-a-researcher-links-mass-extinctions-to-planet-x-
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Por Marco Faustino
No dia 20 de janeiro desse ano a comunidade astronômica mundial se viu diante de um anúncio que com certeza foi um dos temas mais comentados daqule mês. Conseguem se lembrar qual era assunto? Acertou quem pensou sobre o "Planeta 9" ou como muitos estavam dizendo, o lendário "Planeta X". Naquela época Konstantin Batygin e Mike Brown publicaram a "descoberta" de um novo planeta em nosso Sistema Solar no periódico The Astronomical Journal (K. Batygin and M. E. Brown Astronom. J. 151, 22; 2016), baseando suas conclusões somente em relação a modelagem matemática e computacional que fizeram utilizando o supercomputador chamado CITerra, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, mais conhecido como Caltech.
Esse novo planeta seria um gigante gasoso tão grande quanto Netuno, e orbitaria a bilhões de quilômetros de distância da órbita do oitavo planeta: longe o bastante para levar entre 10.000 a 20.000 anos para dar uma volta completa em torno do sol. Com uma órbita dessas esse suposto planeta nunca iria chegar mais próximo do que cerca de 200 vezes a distância Terra-Sol, ou 200 unidades astronômicas (UA). Essa faixa iria colocá-lo muito além de Plutão, no reino de corpos gelados conhecido como o Cinturão de Kuiper, logo o Planeta "9" poderia vagar entre 600 a 1200 UA, muito além de Netuno, que está a cerca de "apenas" 30 UA. Além disso, o suposto planeta teria cerca de 10 vezes a massa da Terra ou 5.000 vezes a massa de Plutão. Caso você queira saber mais detalhes sobre o que estamos dizendo, acesse nossa notícia e assista ao vídeo que fizemos sobre esse assunto: Planeta X? Planeta Nove? Será Mesmo Que Astrônomos Descobriram um Novo Planeta em Nosso Sistema Solar?
Depois de muita euforia esse tema foi deixado um pouco de lado, e ressurgiu recentemente na mídia, no final do mês de março, com uma postagem de Mike Brown em sua conta no Twitter, onde o mesmo apontou a descoberta de uma nova órbita um tanto quanto excêntrica de um KBO (sigla para "Kuiper Belt Object", ou seja, "Objeto do Cinturão de Kuiper", em português). Aliás, segundo ele, essa órbita seria exatamente onde o "Planeta 9" deveria estar. Entretanto, uma outra teoria que já possui cerca de 30 anos também ressurgiu na mesma semana dizendo que o "Planeta X" poderia ser o responsável por extinções em massa na Terra, podendo ter, inclusive, levado os dinossauros a extinção. Uma vez que a mídia sempre misturou os termos "Planeta 9" e "Planeta 10", não demorou muito para ambos passassem a ser divulgados como se fossem o mesmo caso. Vamos saber mais sobre esses dois assuntos?
Uma Nova "Excêntrica Órbita" de KBO é Descoberta por Mike Brown
Desde a sua "descoberta" no início deste ano, o misterioso "Planeta 9" vem tirando o sono de muitos astrônomos que continuam buscando por sinais que possam confirmar a sua existência. No dia 24 de março, o astrônomo Mike Brown publicou em sua conta no Twitter, um gráfico contendo a órbita de diversos corpos celestes, porém um deles chamava muito a atenção justamente por ser bem maior que as demais. Junto ao gráfico ele escreveu: "Olá fãs do Planeta Nove, um novo KBO excêntrico foi encontrado. E está exatamente onde o Planeta Nove deveria estar".
Tuíte de Mike Brown anunciando a "descoberta" de uma excêntrica órbita de um novo KBO |
Gráfico divulgado por Mike Brown em janeiro desse ano mostrando o que seria a possível órbita do hipotético "Planeta 9". Notem uma eventual semelhança com o gráfico divulgado em março. |
O "Planeta X" ou o "Planeta 9" Poderia Causar Extinções em Massa no Planeta Terra?
Coincidentemente ou não, poucos dias depois da divulgação dessa "nova evidência" que poderia realmente indicar a existência do "Planeta 9", mais precisamente no dia 30 de março, foi publicada uma notícia um tanto quanto intrigante por parte da Universidade do Arkansas, em seu próprio site. A mesma dizia que um pesquisador da universidade havia relacionado o "Planeta X" aos eventos de extinções em massa que já ocorreram na Terra. Mais uma vez, como estamos cansados de ver quando se trata de "Planeta X", a notícia considerou que ambos pudessem se tratar do mesmo corpo celeste. Abaixo você pode conferir na íntegra o que foi publicado pela Universidade do Arkansas:
Fayetteville, Ark. - De acordo com pesquisa publicada por um membro do corpo docente do Departamento de Ciências Matemáticas da Universidade do Arkansas, periódicas extinções em massa ocorridas na Terra, conforme indicadas no registro fóssil global, poderiam estar relacionadas a um possível nono planeta.Obviamente uma notícia como essa ganhou rapidamente a atenção da mídia, mas caso você não tenha entendido alguma coisa, vamos resumir e simplificar toda essa história para você, combinado?
Daniel Whitmire, professor aposentado de astrofísica, que atualmente trabalha como instrutor de matemática, publicou suas descobertas na edição de janeiro do "Monthly Notices" da Real Sociedade Astronômica, que o ainda não descoberto "Planeta X" desencadeia chuvas de cometas que estão relacionados a extinções em massa na Terra, em intervalos de tempo de aproximadamente 27 milhões de anos.
Embora os cientistas estejam procurando pelo "Planeta X" durante 100 anos, a possibilidade de que ele seja real ganhou um grande impulso recentemente, quando pesquisadores do Caltech deduziram a sua existência com base em anomalias orbitais observadas em objetos no Cinturão de Kuiper, uma região com o formato de disco, de cometas e outros corpos maiores, a partir de Netuno. Se os pesquisadores do Caltech estiverem corretos, o Planeta X possui cerca de 10 vezes a massa da Terra e poderia estar atualmente até 1.000 vezes mais distante do Sol.
Whitmire e seu colega, John Matese, publicaram pela primeira vez a pesquisa sobre a conexão entre o Planeta X e extinções em massa, na revista Nature em 1985, época na qual trabalhavam como astrofísicos da Universidade de Louisiana, em Lafayette. O trabalho de ambos ganhou destaque em 1985 ao aparecer na capa da revista Time com o seguinte título: "Será que os Cometas Mataram os Dinossauros? Uma Nova Teoria Audaciosa Sobre Extinções em Massa".
Naquela época havia três possíveis propostas para explicar as regulares chuvas de cometas: o "Planeta X", a existência de uma estrela-irmã relacionada ao nosso Sol, e oscilações verticais do Sol conforme ele orbita a galáxia. As duas últimas ideias foram posteriormente descartadas, uma vez que eram inconsistentes com o registro paleontológico. Somente o "Planeta X" manteve-se como uma teoria viável, e agora está ganhando uma atenção renovada.
A teoria de Whitmire e Matese é que, conforme o "Planeta X" orbita o Sol, sua órbita inclinada gira lentamente, e o "Planeta X" passa através dos cometas do Cinturão de Kuiper a cada 27 milhões de anos, fazendo com que cometas colidam pelo sistema solar interior. Os cometas, uma vez deslocados e fora de suas posições, não se chocam apenas contra a Terra, mas também se desintegram no interior do sistema solar à medida que ficam mais próximos do sol, reduzindo assim a quantidade de luz solar que atinge a Terra.
Em 1985, as informações do registro paleontológico apoiavam a ideia de chuvas de cometas, de modo regular, que remontavam a 250 milhões de anos. Pesquisas mais recentes mostram evidências de tais eventos, que datam de 500 milhões de anos.
Whitmire e Matese publicaram suas próprias estimativas em relação ao tamanho e órbita do Planeta X em seu estudo original. Eles acreditavam que o mesmo teria entre uma e cinco vezes a massa da Terra, e estaria a cerca de 100 vezes mais distante do Sol, números muito menores do que as estimativas do Caltech.
Desde então, Maltese se aposentou e não realizou mais nenhuma publicação. Whitmire se aposentou pela Universidade de Louisiana, em Lafayette, em 2012, e começou a lecionar na Universidade de Arkansas em 2013. Whitmire disse que o mais empolgante é a possibilidade de que um planeta distante pode ter tido uma influência significativa sobre a evolução da vida na Terra.
'Tenho sido parte desta história há 30 anos. Se houver uma resposta definitiva, eu gostaria de escrever um livro sobre isso", disse Daniel Whitmire.
De acordo com a hipótese de Daniel Whitmire, tudo isso é um processo bastante simples. Basicamente, o "Planeta X" orbita o Sol, assim como todos os corpos celestes em nosso Sistema Solar. Entretanto, de acordo com o que Daniel disse, o mesmo passa pelo Cinturão de Kuiper, e desloca um grupo de cometas, que vêm "voando" em direção ao Sol e nesse processo, a Terra é atingida em meio ao "fogo cruzado", e então, temos uma extinção em massa.
Daniel Whitmire também apontou para o registro fóssil, onde o mesmo mostra algumas evidências de que chuvas de cometas na Terra acontecem regularmente a cada 26-27 milhões de anos aproximadamente. Esses cometas não apenas atingem a Terra, mas também "queimariam" conforme se aproximassem do Sol, reduzindo assim a quantidade de luz solar que receberíamos. Como? Simples, esse processo geraria "nuvens de detritos", que diminuiriam a intensidade da luz do sol, causando um evento de resfriamento global, e que aceleraria o desaparecimento da vida na Terra. Ainda segundo Daniel, o "Planeta X" foi a última hipótese que restou, visto que ao longo de 30 anos, as outras duas foram refutadas. Entenderam?
Em uma entrevista para o tabloide britânico Daily Mail, Mike Brown destacou que o "Planeta 9", o qual ele está procurando, provavelmente não é o "Planeta X", que Daniel Whitmire e Maltese esperam que seja.
"Whitmire tem especulado durante décadas sobre um planeta muito massivo e muito distante que esteja 'empurrando' os cometas ao ser redor. Precisa ter um período orbital de algo em torno de 27 milhões de anos", disse Mike Brown.
"Por mais que essa ideia possa ou não fazer sentido, definitivamente não tem nada a ver com o Planeta 9, que está muito mais próximo do Sol e, portanto, leva 'apenas' 15.000 anos para dar uma volta ao seu redor. A evidência em relação ao Planeta 9 não aponta se existe ou não um Planeta X mais distante", completou.
Mike Brown destacou que o "Planeta 9", o qual ele está procurando, provavelmente não é o "Planeta X", que Daniel Whitmire e Maltese esperam que seja. |
"Sinto-me bem otimista em relação as novas evidências por mais que as estimativas atuais não sejam totalmente consistentes com nosso modelo de Planeta X. Entretanto, pode ser possível que um planeta menor e mais próximo, também pudesse explicar as anomalias nas órbitas dos objetos do Cinturão de Kuiper, uma vez que existem incertezas em suas estimativas", disse Daniel Whitmire.
"O efeito de um planeta depende tanto de sua massa quanto de sua distância, de modo que um planeta menos massivo pode produzir efeitos gravitacionais semelhantes. Os autores do 'Planeta 9' reconhecem que outras combinações de massa e distância ainda não podem ser descartadas", completou.
"Duas das propriedades do 'Planeta 9', sua inclinação orbital, e a excentricidade de sua órbita, são muito consistentes com os nossos requisitos apresentados em relação ao Planeta X. Alternativamente, mesmo supondo que as estimativas deles estejam totalmente corretas, poderia haver dois planetas transnetunianos assim como outras pessoas já sugeriram", finalizou.
O site do Discovery News chegou a ressaltar que embora haja evidência de extinções em massa na Terra, que estejam relacionadas com períodos de "bombardeamento" de cometas/asteroides, o "gatilho" para que isso aconteça não é necessariamente a existência de um planeta massivo no Sistema Solar exterior. Estudos anteriores sugeriram que os eventos de "bombardeamento" de cometas coincidem com a passagem do Sistema Solar através do nosso plano galáctico. Na verdade seria uma banda densa de matéria escura que faz com que o "drama cometário" aconteça de forma cíclica e por volta de 26 a 27 milhões de anos.
Conheça um Pouco Sobre os Cinco Grandes Eventos de Extinção em Massa que Aconteceram no Planeta Terra
Por fim, o site do Daily Mail chegou a ressaltar as cinco grandes extinções em massa que já ocorreram em nosso Planeta, ou seja, por cinco vezes, a maior parte da vida em nosso planeta foi extinta no que tem sido chamado de "extinções em massa", e muitas vezes associadas a impactos de meteoros gigantescos. Vamos citá-las rapidamente:
- Extinção em Massa no Período Ordoviciano: O primeiro dos grandes e tradicionais eventos de extinção em massa do Planeta Terra, que aconteceu por volta de 440 milhões de anos atrás, e provavelmente o segundo mais grave. Praticamente toda a vida estava no mar naquele período, e cerca de 85% dessas espécies simplesmente desapareceram.
- Extinção em Massa no Período Devoniano Superior: Entre 359 e 375 milhões de anos atrás, grandes mudanças ambientais geraram um evento de extinção prolongado, que destruiu grandes grupos de peixes e interrompeu a formação de novos recifes de coral por cerca de 100 milhões de anos.
- Extinção em Massa no Período Permiano-Triássico: Também conhecida como "A Grande Agonia", esse é o maior evento de extinção em massa, e aquele que afetou mais profundamente toda ecologia da Terra, sendo que ocorreu há 252 milhões de anos. Cerca 96% de todas as espécies desapareceram do planeta, e toda vida que temos hoje na Terra descende de apenas 4% das que sobreviveram. Acredita-se que o motivo tenha sido uma erupção vulcânica gigantesca na Sibéria, que causou aumento na temperatura do planeta, e teria liberado grandes quantidades de dióxido de carbono, aumentando o efeito estufa em 5 graus extras na temperatura da Terra. Por consequência disso, ocorreu a sublimação de uma grande quantidade de metano congelado no fundo dos oceanos. A liberação deste metano para a atmosfera causou o aumento em mais 5 graus na temperatura do efeito estufa, somando 10 graus extras a temperatura de todo o planeta Terra. Assim sendo, os únicos lugares onde a vida poderia sobreviver seriam próximos aos polos geográficos da Terra. Para os biólogos esta explicação é mais plausível, pois esta mudança rápida de temperatura não poderia ser acompanhada pelo processo evolucionário de adaptação.
- Extinção em Massa no Período Triássico-Jurássico: Os dinossauros apareceram pela primeira vez no período chamado Triássico Inferior, mas grandes anfíbios e répteis semelhantes a mamíferos eram os animais terrestres dominantes. A rápida extinção em massa, que ocorreu por volta de 200 milhões de anos atrás, mudou toda essa situação.
- Extinção do Cretáceo-Paleogeno: Essa foi a extinção em massa mais recente e acredita-se que tenha ocorrido há cerca de 66 milhões de anos. No evento, não apenas os dinossauros, mas grande parte dos seres vivos foram dizimados. A teoria mais aceita para essa extinção em massa foi a colisão de um meteoro com a Terra.
Até a próxima, Assombrados!
Criação/Tradução/Adaptação: Marco Faustino
Fontes:
http://news.discovery.com/space/could-planet-x-cause-comet-catastrophes-on-earth-160330.htm
http://phys.org/news/2016-03-links-mass-extinctions-planet.html
http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-3512652/Is-really-NINTH-planet-solar-Scientists-say-evidence-mysterious-world.html
http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-3515532/The-mystery-Planet-X-deepens-Expert-believes-mysterious-ninth-planet-blame-wiping-dinosaurs.html
http://www.sciencealert.com/this-researcher-thinks-planet-nine-could-cause-mass-extinctions-on-earth-every-27-million-years
http://www.valuewalk.com/2016/03/planet-x-cause-mass-extinctions-earth/
https://news.uark.edu/articles/34087/u-of-a-researcher-links-mass-extinctions-to-planet-x-